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Presidente da Embratur, Marcelo Freixo falou que assassinato de Marielle é, também, a morte da democracia no Rio 26 de março de 2024 | 09:45

‘Crime, polícia e política não se separam’, diz Marcelo Freixo sobre o Rio de Janeiro

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Amigo da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, e atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo deu declarações fortes, nesta terça-feira (26), sobre a relação do Rio de Janeiro com as milícias.

“O problema é o arranjo político, para onde caminhou  a política do Rio, porque, no Rio de Janeiro, crime, polícia e política não se separam. A política hegemônica do Rio é uma política feita para o interesse do crime. E é isso que leva a polícia ser  o que é no Rio de Janeiro. Tem saída e a saída está na política, não em outro lugar”, disse, em entrevista à Rádio Metropole.

Antes, na mesma ocasião, Freixo comentou que a milícia não é ”só” uma ação criminosa, mas algo “funcional” no Rio de Janeiro: “Qualquer índice de violência tem pelo Brasil inteiro. Mas a milícia é algo que tem muito a ver com o Rio de Janeiro. A milícia como funcional, eu arrisco dizer, não tem em outro lugar, só tem no Rio. E isso não tem a ver com o tipo de polícia, isso tem a ver com o tipo de política que a gente tem”.

Para ele, o assassinato de Marielle é, também, “a morte da democracia no Rio de Janeiro”. Ela foi a quinta vereadora mais votada na capital fluminense em 2016.

“A natureza da política é a formação da correlação de forças para ter maioria, mas isso só existe na existência da diferença. […] Quando você mata uma pessoa, quando a política se utiliza do método da violência para matar uma pessoa, para eliminar a diferença, você está matando a democracia. Então a morte da Marielle representava a morte da democracia no Rio de Janeiro. Então foi um crime contra o Rio de Janeiro, contra a natureza da política. Por isso que ele é tão sério”, avaliou Freixo, que destacou, ainda, o envolvimento de agentes do poder público no crime.

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