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Daniel Kahneman, fala durante palestra no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, em 2013 27 de março de 2024 | 14:58

Morre Daniel Kahneman, prêmio Nobel e pai da economia comportamental, aos 90 anos

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O psicólogo Daniel Kahneman, vencedor do prêmio Nobel de ciências econômicas em 2002, morreu nesta quarta-feira (27). Ele tinha 90 anos.

A informação foi divulgada pelo jornal americano The New York Times, que confirmou a morte com a companheira de Kahneman, Barbara Tversk.

Daniel Kahneman era professor emérito da Universidade de Princenton (EUA) e ficou conhecido por ter revolucionado as ciências econômicas ao propor uma abordagem psicológica, escola de pensamento que ganharia o nome de economia comportamental.

Ao contrário da economia tradicional, que pressupõe que os seres humanos agem de maneira racional e que quaisquer exceções tendem a desaparecer à medida que os riscos aumentam, a escola comportamental baseia-se na exposição de vieses mentais arraigados que podem distorcer o julgamento, muitas vezes com resultados contra-intuitivos.

Com formação e carreira em psicologia, Daniel Kahneman apontou a existência também de “torções cerebrais universais”. A mais importante delas é a aversão à perda.

De acordo com a tese, a perda de um valor em dinheiro como R$ 100 incomoda cerca de duas vezes mais do que um eventual ganho de R$ 100.

Entre as inúmeras implicações, a teoria da aversão à perda sugere que verificar frequentemente uma carteira de ações, por exemplo, seria uma estratégia ruim, uma vez que a predominância da dor sentida levará provavelmente a uma cautela excessiva.

Em 2011, o professor lançou o best-seller “Rápido e Devagar”, que aponta a existência de dois sistemas na mente humana, cada um com um funcionamento próprio.

Folhapress
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