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Presidente da CMS também afirmou que não vê interesse do governo estadual em administrar Salvador 07 de março de 2024 | 12:33

Muniz diz que Bruno é ‘mais do povo’ que Neto e afirma que ao governo não interessa eleger Geraldo Jr.

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O presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), falou que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) é um grande articulador e “uma pessoa mais do povo”, em comparação ao antigo gestor da capital baiana, ACM Neto. “Não dizendo que Neto não sabe fazer política, mas, às vezes, a gente diz que Bruno precisa do ‘Bruno que era pra Neto'”, afirmou Muniz, em entrevista à Rádio Metrópole.

“Neto, quando prefeito, tinha Bruno para fazer todas as articulações políticas nos bastidores, para ele ter o sucesso que teve, e Bruno não tem essa pessoa. Bruno é um articulador nato e tem feito isso com maestria”, acrescentou, explicando que quem está fora da política não conseguiria perceber essa articulação.

Na ocasião, Muniz também lembrou da eleição de 2022, na qual Jerônimo Rodrigues (PT) foi eleito governador da Bahia, citando “erros conceptivos” da campanha de ACM Neto, “de achar que não precisa de um grupo político e que, dozinho, pode fazer o que quiser”.

“Não existe eleição ‘difícil de perder’. Vimos, num passado próximo, uma ‘eleição ganha de ACM Neto’, e ele foi derrotado porque achava que a eleição estava ganha”, afirmou o presidente da Câmara. “Não podemos só acreditar em pesquisas. Sabemos que o grupo político que nos acompanha é essencial para que a gente tenha êxito no que estamos fazendo. Não posso achar que, sozinho, sem o apoio das pessoas que me acompanham, vou ganhar uma eleição. Se eu colocar isso na cabeça, pode ter certeza que eu vou ser derrotado. O que entendia de ACM Neto era isso, que sozinho seria o governador da Bahia. Muitas vezes, na política, voce tem que fazer compromisso”, concluiu.

Eleições

Apesar de Bruno Reis ainda não ter oficializado candidatura para disputar a prefeitura de Salvador na eleição deste ano, a escolha da vice do atual prefeito em uma chapa para concorrer à reeleição também foi abordada na entrevista. Questionado sobre sua preferência para a posição, Muniz admitiu que gostaria de um nome do PSDB, mas citou um ‘empecilho’.

“Queria que fosse alguém lá do partido. Tem vários nomes, [como] Tiago Correia, a própria Cris Correia, que é vereadora, é um excelente nome… Mas nenhum deles demonstra interesse em ser candidato a vice, então a gente não tem essa preferência”, avaliou. Sobre o deputado Léo Prates (PDT) – nome que vem despontando nos bastidores -, o presidente da Câmara afirmou que caso haja interesse em ocupar a vice na chapa, isso ainda não foi conversado com ele.

Geraldo Júnior

Já quando perguntado sobre Geraldo Júnior (MDB), vice-governador da Bahia e nome do governo estadual à Prefeitura, Muniz disse: “É meu irmão, mas não posso apoiar. […] Ele não reuniu – tenho certeza que não irá reunir – as forças políticas que Jerônimo reuniu na sua candidatura e isso influencia muito na política”.

Em seguida, o presidente pontuou outra questão que considera um problema para o pré-candidato emedebista: “Não vejo interesse do governo do Estado em administrar Salvador”.

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