Eduardo Salles

Setor Produtivo

Eduardo Salles é engenheiro agrônomo com mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Está no seu terceiro mandato de deputado estadual e preside a Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, além da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo. É ex-secretário estadual de Agricultura e ex-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (CONSEAGRI). Foi presidente da Associação de Produtores de Café da Bahia e da Câmara de Comércio Brasil/Portugal. Há 20 anos é diretor da Associação Comercial da Bahia. Ele escreve neste Política Livre mensalmente.

A importância de conhecer as demandas de perto

A cada sessão da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa da Bahia, tenho a certeza que há muito por fazer para melhorar a vida dos baianos nestas três áreas. Seja como secretário estadual de Agricultura ou deputado estadual, sempre tive a chance de rodar o interior e entender suas carências, que muitas vezes o poder público na capital não percebe.

Quando estive à frente da Secretaria Estadual de Agricultura, eu e minha equipe criamos o Programa Secretaria Itinerante, que levou a mais de 300 dos 417 municípios baianos toda a estrutura do órgão para conhecer e propor soluções a quem está a milhares de quilômetros do poder público.

Um bom exemplo do sucesso da Secretaria Itinerante foi a criação do Programa de Venda Balcão, que comercializou milho a preços abaixo do mercado e permitiu a segurança alimentar ao rebanho de milhares de pecuaristas que sofriam com uma das piores secas da história da Bahia.

Foi “dona Lia”, em Macururé, com dedo em riste, quem mostrou que era urgente o socorro aos pequenos pecuaristas. Na semana seguinte, em Brasília, como presidente do CONSEAGRI (Conselho dos Secretários Estaduais de Agricultura), apresentei a então presidente da República o Programa de Venda de Milho a R$ 18 a saca, ao invés de R$ 100 como era praticado pelo mercado.

A venda de milhões de toneladas de milho subsidiado foi um sucesso, mas só foi possível porque o poder público saiu do ar condicionado e foi ouvir as demandas da população.

E como presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa da Bahia, propus nas primeiras reuniões do colegiado e foi aprovado por unanimidade que pegássemos a estrada e fôssemos ouvir as demandas da população.

Agora em junho teremos a primeira sessão itinerante, que será em Mucugê. E vai ocorrer de forma conjunta com a Comissão de Agricultura e Política Rural. Pela primeira vez na história da Chapada Diamantina, mais de uma dúzia de deputados estaduais estarão na região para ouvir as demandas de infraestrutura, agricultura, turismo e, consequentemente, do desenvolvimento econômico.

A ideia é que as comissões levem as demandas que atrapalham o desenvolvimento econômico com sustentabilidade na Chapada Diamantina e possa construir com o Executivo estadual soluções para melhorar o ambiente de negócios na região, gerando emprego e renda. Também em junho as duas comissões farão a sessão itinerante em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, durante a Bahia Farm Show.

Em nossa programação ainda temos sessões itinerantes nas regiões da Costa da Baleia, Litoral Norte, Costa do Cacau, Salvador, Recôncavo, Costa do Descobrimento, Costa do Dendê e Bom Jesus da Lapa.

As sessões itinerantes não têm na sua essência o interesse de promoção política dos atores A, B ou C ou qualquer protagonista. A ideia é unir esforços, independentemente de bandeira partidária, para aproximar as esferas do poder público de quem realmente precisa.

As necessidades da população são proporcionais ao tamanho da Bahia, por isso, acredito, até pela experiência acumulado da época de secretário, que as sessões itinerantes da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo em conjunto com a Comissão de Agricultura e Política Rural serão importantes ferramentas para oferecer respostas à população.

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