13 dezembro 2024
Curtidor do PT
Presidente do PL baiano, João Roma abriu diversas frentes de batalha ao acolher processo de expulsão contra deputados da sigla, visto internamente como perseguição para seguir no comando do partido. Com isso, se tornou também alvo de retaliações. Já há na sigla quem defenda também a punição do presidente da legenda em Salvador, João Neto, um dos principais assessores de Roma e que, nas eleições deste ano, teria apoiada a candidata do PT em Ourolândia, Yhonara Rocha. Ele, inclusive, curtia todas as publicações da petista nas redes sociais.
Pesos desiguais
Vale lembrar que o principal argumento do pedido de expulsão do deputado federal Jonga Bacelar e dos estaduais Vitor Azevedo, Raimundinho da JR e Diego Castro, movido por um filiado que até outro dia era aliado do PT (Comandante Rangel, de Barreiras), é a infidelidade partidária. Os três primeiros são acusados de caminhar com o petismo, e o último de ficar contra o PL nas eleições da maior cidade do oeste baiano. Sendo assim, José Neto também deveria estar na mesma lista.
Acolhida de Loyola
Adolpho Loyola (PT), chefe de Gabinete do governador Jerônimo Rodrigues (PT), acompanha o desenrolar da “caça às bruxas” no PL baiano. Em conversa com a coluna, ele prestou solidariedade a Vitor e a Raimundinho, que integram a base do Executivo estadual na Assembleia, e disse que pretende conversar com os dois sobre o futuro e a reforma administrativa. “No caso deles, há uma dificuldade de ocupação de espaço por conta do partido, mas eles são aliados nossos e vamos conversar”, pontuou.
A que fura poço
Por falar em acolhida, a “bancada” do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil) na Assembleia já teria uma pedida para aderir a Jerônimo e migrar para um partido governista, aproveitando o ensejo da reforma administrativa: o controle da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). A ideia seria transformar a estrutura estadual numa espécie de Codevasf, que se tornou um poderoso instrumento do grupo fazer política e angariar votos, principalmente por meio da distribuição de tratores e maquinários agrícolas.
Pedida alta
O desejo dos liderados de Elmar de desembarcar da oposição foi noticiado esta semana pelo Política Livre (clique aqui para ler), mas ainda não existem conversas concretas com o governo. Fontes do Palácio de Ondina ouvidas ontem (26) pela coluna disseram que o governador tem interesse no movimento, visto como um duro golpe em ACM Neto (União), mas seria impossível ceder a CAR, hoje comandada por Jeandro Ribeiro, técnico qualificado e homem da confiança de Jerônimo e dos demais cardeais petistas.
Entusiasta petista
Após um passado de conflitos, Jerônimo e o PT se aproximaram de Elmar e vice-versa. Outro fator de sintonia é a defesa do deputado para que o União Brasil apoie a reeleição do presidente Lula. Um dos entusiastas do avanço da parceria é o comandante do PT da Bahia, Éden Valadares, que trabalhou para dirimir arestas da legenda à candidatura do parlamentar à presidência da Câmara. Com essa articulação, Éden chegou a obter o apoio dos petistas baianos na Casa ao outrora adversário, que, sem o aval do presidente Arthur Lira (PP-AL), acabou tendo que desistir da candidatura.
Segurar a Codevasf
A coluna apurou, no entanto, que Elmar não encontraria mais obstáculos no PT da Bahia caso seja convocado por Lula para assumir uma cadeira na Esplanada dos Ministérios, como ocorreu no início da montagem do governo. Na época, o deputado chegou a ser contato para a pasta da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional. Entretanto, a prioridade dele é manter o controle sobre a Codevasf no plano nacional e na Bahia.
Bancada dividida
Vale lembrar que parte da “bancada” de Elmar já tem votado com o governo, sobretudo o deputado Marcinho Oliveira (União). Também seriam a favor da adesão os deputados Júnior Nascimento (União) e Pancadinha (Solidariedade). Prefeririam ficar na oposição os deputados Robinho (União), Manuel Rocha (União) e Emerson Penalva (PDT), que também têm relações próximas com ACM Neto e com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União).
Contas de Carletto
Presidente do Avante na Bahia, Ronaldo Carletto garantiu à coluna que o partido terá, no início de 2025, 70 prefeitos, quantitativo superior aos 60 eleitos em outubro. “Para nós, seria o ideal, até porque 70 é o número do partido”, brincou. Na segunda (25), a maior parte dos eleitos em outubro pela agremiação se reuniu em um evento organizado pela sigla em Salvador, com a presença de Jerônimo. Na ocasião, a legenda declarou apoio à candidatura de Wilson Andrade (PSB), prefeito de Andaraí, à presidência da UPB.
Voto a voto
O Avante tinha uma candidata à presidência da UPB: Kitty Guimarães, de Taperoá, que abriu mão em favor de Wilson, presente no encontro. Apesar disso, um grupo de 26 prefeitos do partido fechou com Phellipe Brito (PSD), de Ituaçu, que também apareceu no evento e está na disputa há mais tempo pelo comando da entidade municipalista. Integram a “dissidência” os dois principais prefeitos eleitos pelo Avante: Fabrício Abrantes, de Brumado, e Nal Azevedo, de Guanambi.
Encontro casual
Depois de participarem do evento do Avante, Wilson e Phellipe se esbarraram ainda na sede do PP da Bahia, também na segunda (25), onde foram visitar o presidente do partido na Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior. O dirigente pepista afirmou aos dois que a Executiva estadual irá se reunir para tratar exclusivamente da UPB. Apesar de o principal fiador da candidatura do prefeito de Andaraí ser da legenda – o prefeito reeleito de Jequié, Zé Cocá – não está descartado o apoio ao postulante do PSD.
Pé quente
Jerônimo Rodrigues virou sinônimo de pé quente em Castro Alves, depois da vitória do time da cidade sobre o Crisópolis pela final do Intermunicipal, em partida à qual o governador fez questão de assistir. O time foi campeão com 17 vitórias e um empate, terminando invicto, performance que chamou a atenção do petista. Quem também saiu prestigiado na vitória do Castro Alves foi o prefeito Thiancle Araújo (PSD).
Desvio do Ônix
Hábito que sempre irritou os petistas e foi abertamente criticado durante a fracassada campanha do grupo à Prefeitura de Salvador, a “tara” do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) por proteção policial para ele e toda a família continua à toda. Ele acaba de deslocar um veículo Ônix preto novinho, emprestado para a Assistência Militar da Vice-Governadoria, para dar apoio ao filho, o deputado estadual Matheus Ferreira (MDB). Pelo visto, a Casa Militar do governador não está sabendo do desvio de finalidade do automóvel ou anda fazendo vistas grossas. O problema é que se continuar comendo mosca assim vai acabar trazendo problemas para Jerônimo. No caso de precisar, o Política Livre fornece a placa policial do Ônix.
Disputa tucana
Bruno Reis ainda nem decidiu criar a Secretaria do Esporte e Lazer, que seria desmembrada da pasta ligada à promoção social, mas a estrutura já é alvo da disputa de dois tucanos: Téo Senna, reeleito em outubro, e Felipe Lucas, que ficou na primeira suplência pelo partido. Felipe já disse que prefere ser secretário a assumir a cadeira de Téo, caso o correligionário vá para o Executivo. A reforma administrativa de Bruno segue em marcha lenta.
Pitacos
*Depois da acirrada campanha eleitoral, Jerônimo, ACM Neto e Bruno Reis se encontraram no maior clima de paz, ontem (27), no lançamento do Aliança Star, nova rede de saúde do Hospital Aliança. Dizem até que o encontro fez chover em Salvador.
* Presidente da UPB, Quinho Tigre (PSD), prefeito de Belo Campo, já decidiu qual será a data da eleição para o comando da entidade no biênio 2025/2026: dia 28 de janeiro.
* Nos meios políticos, ninguém leva a sério a candidatura do prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), à presidência da UPB. No evento do Avante, na segunda, Ronaldo Carletto ironizou em conversa com aliados: “Nem sabia que estava no páreo”.
* Não anda boa a relação entre os deputados Angelo Coronel Filho e Ivana Braga, do PSD. Ela ficou constrangida ao testemunhar, no aniversário do colega, a candidatura dele à presidência da Assembleia ser abertamente lançada. E o time dele não cansa, nos bastidores, de criticá-la. Agora, é chamada de ‘identitária’.
* Aliás, esse movimento tem ganhado força, inclusive na oposição, embora ainda de forma reservada, e como uma alternativa caso o atual presidente, Adolfo Menezes (PSD), desista de concorrer à reeleição ou seja inviabilizado por conta da jurisprudência do STF.
* Por falar em Adolfo, nesta terça-feira (26) ele se reuniu com Geraldo Júnior, que o visitou na Assembleia. O deputado garante que a pauta com o vice-governador foi pessoal. Em se tratando do personagem em questão, tinha como ser diferente, Adolfo?
* Presidente do MDB da Bahia, Jayme Vieira Lima Filho não quer falar em candidatura a deputado federal tão cedo. Avisou aos mais próximos que não quer este assunto sendo tratado no encontro do partido com os prefeitos eleitos, nesta sexta (29), em Salvador.
* Quem já confirmou presença no encontro do MDB foram os ministros do Transporte, Renan Filho, que é do partido, e da Casa Civil, o Rui Costa (PT), além de Jerônimo e o senador Jaques Wagner (PT).
* O Solidariedade pretende reunir com Jerônimo, ainda em dezembro, os quatro prefeitos eleitos pelo partido em outubro. Presidente da sigla na Bahia, o deputado estadual Luciano Araújo aposta que esse número vai dobrar até o pleito de 2026.
* A Câmara Municipal de Salvador deve entrar em recesso no dia 17 de dezembro, um dia antes da diplomação dos edis eleitos e reeleitos pela Justiça Eleitoral e depois de votar o orçamento da Prefeitura e mais uma leva de projetos apresentados por vereadores.
* O vereador Carlos Muniz (PSD), que preside o Legislativo em Salvador, só quer tratar da composição das comissões técnicas da Casa após o dia 2 de janeiro, quando será reeleito ao cargo. Quer evitar atritos neste momento com os colegas.
Coronel na chapa
Prefeitos da base do Executivo estadual, de diversas regiões da Bahia, planejam iniciar um movimento para defender a permanência do senador Angelo Coronel (PSD) na chapa encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em 2026. A ideia surgiu entre gestores do próprio PSD, partido do senador que comanda o maior número de prefeituras na Bahia, mas já se ampliou para outras siglas. Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) em vias de bater em retirada, o prefeito de Belo Campo, Quinho (PSD), apoia a ideia.
Senador municipalista
Coronel tem a simpatia dos prefeitos por ser um senador municipalista. Além disso, ele é atualmente o relator do Orçamento Geral da União (OGU). O pleito de 2024 mostrou que as chamadas emendas PIX garantiram a reeleição de muitos gestores. Resta saber se a mobilização vai convencer o PT, que enxerga Coronel como provável vice de Jerônimo, enquanto as duas vagas ao Senado seriam disputadas pelo senador Jaques Wagner e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, caciques petistas. “Não tem como impedir a formação de uma chapa com três governadores. É imbatível”, avalia um influente deputado do PT.
Campanha em Brasília
Candidatos à presidência da UPB se encontram nos dias 18 e 19 de novembro, em Brasília, no evento organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) para prefeitos eleitos e reeleitos do Nordeste do país. Será o momento em que estarão em campanha aberta para o comando da entidade. Na disputa, os prefeitos de Ituaçu, Phellipe Brito (PSD), de Andaraí, Wilson Andrade (PSB), e de Medeiros Neto, Beto Pinto (MDB), já confirmaram presença.
Pé na estrada
Candidato de Lucas Reis (PT), chefe de Gabinete do senador Jaques Wagner (PT), Phellipe tem percorrido a Bahia inteira em busca de apoios na eleição para a UPB. No final de semana, esteve no extremo-sul com o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), e outros gestores municipais da região. Garante já contar com o aval de quase 170 colegas eleitos ou reeleitos em outubro e deve receber o apoio de Quinho, atual prefeito da entidade, que está em viagem com a família na Europa.
Poder absoluto
Aliás, deputados e outros políticos do grupo governista puderam sentir o poder decisório e de influência de Lucas Reis, que é candidato a deputado federal em 2026, no segundo turno da campanha de Luiz Caetano (PT) à Prefeitura de Camaçari. Tudo, absolutamente tudo, passou por ele, disse à coluna um empresário que tentou se aproximar, sem sucesso, do prefeito eleito na segunda etapa do processo eleitoral.
Escudo para Adolfo
Há duas teses engraçadas na Assembleia Legislativa sobre o vice ideal na chapa à reeleição do comandante da Casa, Adolfo Menezes (PSD). A primeira: o melhor nome é o do deputado Tiago Correia (PSDB) – assim, Jerônimo e os caciques governistas iriam atuar fortemente para evitar uma eventual queda do presidente pelo STF para impedir que a oposição assuma o posto. A segunda: o escolhido deve ser o deputado petista Rosemberg Pinto – assim, a oposição e até mesmo as siglas da base tentariam evitar a todo custo que o PT controlasse a Casa.
De praxe, mas…
Vale lembrar que é de praxe na Assembleia que o primeiro vice-presidente que assumir o comando da Casa por qualquer impedimento do titular convoque uma nova eleição para o cargo em até 30 dias. Mas isso não está escrito em lugar algum. Em 1986, o deputado Filemon Matos assumiu a presidência com a ida de Faustino Lima para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e não convocou nova eleição, permanecendo no posto até o início de 1987. O que ninguém tira é que o primeiro vice pode concorrer ao comando do Legislativo já com a caneta na mão.
Paulo Jackson
O PT estuda oferecer à oposição o comando da Fundação Paulo Jackson, que controla a TV Assembleia, para que a bancada apoie Rosemberg ao cargo de primeiro vice-presidente. A entidade já foi controlada pela minoria. Recentemente, já foram presidentes o advogado Igor Dominguez, atual assessor especial do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), e o jornalista Pacheco Maia, ex-secretário de Comunicação do antecessor ACM Neto (União). Quem está no posto hoje é Michele Gramacho, filha da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT).
Gabinete dividido
Suplente, a deputada estadual Jusmari Oliveira (PSD) teria decidido não assumir o mandato após a eleição do colega Eures Ribeiro (PSD) como prefeito de Bom Jesus da Lapa. Segundo apurou a coluna, ela já teria negociado a divisão dos cargos do gabinete com o segundo suplente, Marcone Amaral, ex-prefeito de Itajuípe, ficando com 70%. Caso Jusmari assumisse, Marcone seria nomeado para uma assessoria na própria Sedur. Ontem (05), Eures confirmou ao Política Livre que vai assumir a prefeitura (veja aqui).
Contraofensiva de Roma
A decisão do presidente do PL da Bahia, João Roma, de abrir processo disciplinar que pode resultar na expulsão dos deputados estaduais do partido – Diego Castro, Vitor Azevedo e Raimundinho da JR – foi mais uma retaliação do ex-ministro às críticas de que foi alvo em Brasília junto ao comandante nacional da legenda, Valdemar Costa Neto. Lideranças da sigla no Estado, com e sem mandato, ideológicas e pragmáticas, pediram a cabeça do ex-ministro por conta do pífio desempenho nas eleições municipais.
Solução Aleluia
A Valdemar Costa Neto, foi sugerido, inclusive, que o partido na Bahia passasse a ser capitaneado por José Carlos Aleluia. Pai do vereador de Salvador Alexandre Aleluia, outro que não gosta de Roma, o ex-deputado federal apoiou Jair Bolsonaro (PL) e é conservador, porém visto também como um político com experiência e habilidade para tirar o PL baiano do buraco pela ala do partido que é próxima ao governo. Ele hoje é filiado ao União Brasil.
Balaio de gato
João Roma, que buscou a ajuda do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para minimizar o risco de perder o controle da legenda na Bahia, aceitou abrir processo disciplinar porque os três deputados estariam desrespeitando normas partidárias. No caso de Vitor e Raimundinho, isso é bem evidente, pois eles são da base de Jerônimo. A mesma postura não foi adotada, porém, em relação ao deputado federal Jonga Bacelar (PL), que apoia o presidente Lula (PT). Ou até mesmo contra a esposa do dirigente, a deputada federal Roberta Roma (PL), eleita em 2022 “casando” votos com petistas pelo interior. No caso de Jonga, o que se diz é que Roma sabe onde o boi arromba a cerca.
Prêmio por apoio
A ex-deputada estadual Mirela Macedo (União) deve ser a secretária de Saúde de Lauro de Freitas na gestão da prefeita eleita Débora Régis (União), conforme acordo firmado para que o empresário Teobaldo Costa (União) retirasse a candidatura no pleito deste ano. Como já mostrou a coluna, Mirela pretende tentar retornar à Assembleia em 2026. Ela espera contar com o apoio de Débora, assim como o deputado Pedro Tavares (União) e o prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo (União), que estarão na disputa.
Pela culatra
A possibilidade de o prefeito de Luis Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP), ser candidato a deputado federal em 2026 desagradou o jovem Luiz Eduardo Guinle, sobrinho do empresário Luis Eduardo Magalhães, que pretende concorrer ao mesmo posto. Guinle esperava contar com o apoio de Marabá, tanto que já se reuniu com o prefeito em diversas ocasiões. Reeleito este ano, o pepista tem dito a aliados que são fortes as chances de concorrer.
Líder fortalecido
Candidato a deputado federal em 2026, o líder da oposição na Assembleia, Alan Sanches (União), saiu fortalecido das eleições municipais. Além da reeleição do filho Duda Sanches (União) como vereador de Salvador, o parlamentar manteve ou emplacou aliados em oito municípios, incluindo Santo Antônio de Jesus. Na capital, também apoiou para a Câmara Municipal o vereador Marcelo Maia (DC), o ex-vereador Demétrio Oliveira (União) e as lideranças Alex Mine (União) e Sônia Bievenido (União), que, no entanto, não tiveram êxito.
Pitacos
* Os deputados da federação formada por PT, PCdoB e PV se reúnem na próxima terça (12) para formalizar apoio à reeleição do deputado Adolfo Menezes (PSD) à presidência da Assembleia e tratar dos demais cargos da Mesa Diretora.
* Caso o deputado Rosemberg Pinto seja candidato a primeiro vice-presidente da Assembleia, o favorito para assumir a liderança da base do governo é o deputado Robinson Almeida (PT), o que a oposição, em privado, diz que será ‘uma delícia’.
* Por falar em Adolfo, que fez aniversário esta semana e contou com a presença, em festa surpresa, até do governador, ele tem demonstrado que dialoga com todas as forças políticas da Bahia. Esta semana, por exemplo, esteve reunido com João Roma.
* O deputado estadual Roberto Carlos (PV) tem feito as contas para decidir se será candidato a federal em 2026 ou se vai disputar a reeleição. Prefeito eleito de Juazeiro, Andrei Gonçalves (MDB) quer que o “verde” concorra a uma cadeira na Câmara.
* O deputado estadual Pedro Tavares (União) garante que não ficou com ciúmes do encontro entre o colega Diego Castro (PL) e o prefeito eleito de Ilhéus, Valderico Júnior (União). Tem convicção na fidelidade do aliado para 2026.
* A vereadora de Salvador Débora Santana (PDT) tem se oferecido para ser a secretária de Saúde no segundo governo de Bruno Reis. Como diz o ditado, “quem não chora, não mama”.
* No Halloween, o vereador eleito Omar Gordilho (PDT) compareceu a evento fantasiado dele mesmo, ou seja, do personagem Buzz Lightyear, da animação Toy Story, da Disney.
* Prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB) descartou assumir uma secretaria no governo do sucessor José Ronaldo (União). Ele admitiu, no entanto, que vai colaborar com indicações para a gestão.
* Na campanha, José Ronaldo fez de tudo para esconder Colbert, diante do desgaste do emedebista. Passada a eleição, no entanto, o prefeito eleito tem defendido até o nome do aliado para deputado federal.
* Presidente de honra do MDB, Lúcio Vieira Lima convidou o prefeito de Itacaré, Antonio de Anízio (PT), a se filiar ao ninho emedebista. O petista elegeu o sucessor no pleito deste ano e pretende concorrer a deputado estadual em 2026.
Aval de ACM Neto
A decisão da oposição de apoiar a reeleição de Adolfo Menezes (PSD) na Assembleia foi referendada por ACM Neto (União). Antes do anúncio, no final do dia de ontem (29), o líder da bancada, Alan Sanches (União), consultou por telefone o ex-prefeito de Salvador, de quem recebeu sinal verde. Adolfo é amigo pessoal do atual ocupante do Palácio Thomé de Souza, Bruno Reis (União), e de seu irmão, o advogado Michel Reis.
Bancada de Elmar
Com o voto dele próprio, Adolfo já arrematou o apoio de 62 dos 63 deputados da Assembleia. Apenas Hilton Coelho (Psol) se colocou contra. Até mesmo a “bancada” do deputado federal Elmar Nascimento (União), adversário do presidente da Assembleia em Campo Formoso, não criou resistência, diante do clima de quase unanimidade na Casa. Pesou também a sintonia de momento entre Elmar e o deputado federal Antonio Brito, que é do PSD, mesmo partido de Adolfo. Os dois têm um acordo sobre a sucessão na Câmara.
Excesso de poder
Sobre a disputa pela 1ª vice-presidência da Assembleia, o PT, que almeja o posto, enfrenta forte resistência nas bancadas dos demais partidos. Até porque, em caso de impedimento futuro de Adolfo, por conta da jurisprudência do STF, os petistas poderiam ficar com o comando do Executivo e do Legislativo. Nos bastidores, esse argumento é utilizado até pelo deputado Vitor Bonfim (PV), que deseja o cargo e é da federação. Adolfo deve apoiar o colega que reunir o maior número de apoios, evitando polêmicas.
Política hereditária
A avaliação de deputados sobre Victor Bonfim é a de que ele enfrenta forte rejeição para ocupar a função de substituto imediato de Adolfo. Além das questões de relacionamento, um fator histórico pesa contra o “verde”, mesmo entre os novatos. Em 2014, o pai dele, João Bonfim, então deputado estadual, foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) prometendo distribuir os votos que tinha entre os pares após a aposentadoria da Assembleia, mas acabou escolhendo o filho como único herdeiro do espólio eleitoral.
Questão de proporcionalidade
Em conversa com a coluna sobre a sucessão na Assembleia, o deputado Ângelo Coronel Filho (PSD) não descartou disputar a 1ª vice-presidência. Na avaliação dele, não há obstáculos para que o mesmo partido de Adolfo ocupe o posto. “A eleição pode ocorrer entre todos os cargos da Mesa Diretora. Quem vencer, leva. A proporcionalidade é garantida nos outros cargos”, disse. Em resumo: na avaliação do deputado, o PT poderia ficar com a 2 ª vice. Além da presidência, o colegiado que dirige a Assembleia tem oito vagas titulares.
Manobra do vice
Durante a eleição municipal, a coluna já havia cantado a pedra com exclusividade: eleito vice-prefeito em Feira, o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) não estaria disposto a tomar posse no cargo. Para não perder o mandato na Assembleia, a estratégia é se licenciar e assumir uma secretaria de peso no governo José Ronaldo (União). Depois de negar veementemente a manobra, o tucano assumiu pela primeira vez a possibilidade em entrevista esta semana a uma rádio feirense.
PEC Pablo Roberto
O plano de Pablo Roberto só dará certo, como também já mostrou a coluna, se a Assembleia aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do deputado Manuel Rocha (União), que permite a parlamentares se licenciarem para assumir funções no primeiro escalão de prefeituras do interior. Atualmente, isso só é permitido na capital. Ao tirar apenas uma licença, Pablo ainda deve negociar com o suplente Paulo Câmera (PSDB) visando ficar com, ao menos, metade dos cargos do gabinete. Aliás, a proposta de Manuel já foi apelidada de PEC Pablo Roberto.
Apego ao Legislativo?
Quem também pode renunciar ao mandato conquistado nas urnas é o prefeito eleito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro (PSD). Ele, que já foi gestor da cidade, teria sinalizado ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) o desejo de permanecer deputado. Neste caso, o vice eleito, Miguel Leles (PP), comandaria o Executivo municipal. A prática não é novidade e já foi adotada por políticos como Jânio Natal (PL) e Adolfo Menezes, quando foram eleitos, respectivamente, prefeitos em Belmonte e Campo Formoso, e não tomaram posse para seguirem deputados.
Caldeirão do bruxo
O senador Jaques Wagner (PT) terá que administrar uma questão pessoal e dentro do próprio gabinete se o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), de quem é amigo próximo, for de fato candidato à presidência da UPB, como articula o colega Zé Cocá (PP), de Jequié. Isso porque o principal assessor do parlamentar, Lucas Reis (PT), pré-candidato a deputado federal em 2026, trabalha abertamente em favor da candidatura do prefeito de Ituaçu, Phelippe Brito (PSD).
De carlista a amigo
Antes da movimentação de Lucas em favor de Phellipe, Wagner consultou Wilson sobre a disposição do amigo em concorrer à presidência da UPB. Como o socialista relutou, o “bruxo” deu sinal verde para as articulações do assessor em favor do prefeito de Ituaçu. Uma curiosidade: em 2013, Wilson perdeu a disputa pelo comando da UPB para a então prefeita Maria Quitéria, de Cardeal da Silva, porque era visto por Wagner como carlista, mesmo estando no PSB. Isso porque o sogro dele, o falecido Bernardo Spector, sempre foi muito próximo de ACM. Mas o tempo consolidou a amizade e a confiança entre eles, a ponto de Wilson ter ajudado pessoalmente o senador na compra de uma fazenda paradisíaca em Andaraí.
Sem pai
Os problemas do deputado Ricardo Maia (MDB) com o pai, conhecido em Ribeira do Pombal como Zelitão Maia, são considerados irremediáveis. Tanto que no portal da Câmara Federal, o parlamentar baiano faz referência apenas ao nome da mãe, Arileide Chaves de Souza, no item “filiação”. Na semana passada, o Política Livre mostrou que Zelitão conseguiu uma medida protetiva contra Ricardo em função de uma disputa por terras e cobrança de dívidas (LINK).
Caçador de coronéis
Por sinal, Ricardo Maia ainda não engoliu a derrota do irmão, Zelito Maia (MDB), na disputa pela Prefeitura de Araci, na região sisaleira. Ele culpa o ex-prefeito da cidade Silva Neto (PDT), primeiro suplente de deputado estadual e antecessor da prefeita reeleita Keinha Jesus (PDT), pelo resultado. Já Silva ganhou, na cidade, o apelido de “caçador de coronéis”, numa referência ao deputado, que, após uma rápida ascensão política, tentou ampliar os domínios políticos na região no pleito deste ano.
Futuro político
Sem conseguir fazer o sucessor em Camaçari, após a vitória de Luiz Caetano (PT) e a derrota de Flávio Matos (União), o prefeito da cidade, Antonio Elinaldo, começa a se dedicar ao próprio futuro político. Ele está decidido a disputar uma cadeira na Assembleia em 2026 e tem buscado votos não apenas na Região Metropolitana de Salvador, como também no Oeste do Estado, em dobradinha com Manuel Rocha, pré-candidato a deputado federal.
Lauro fora da conta
Elinaldo não deve contar com o apoio da prefeita eleita de Lauro de Freitas, Débora Régis (União), a quem ajudou bastante durante a campanha – tanto do ponto de vista político quanto jurídico e até na comunicação. Embora o prefeito de Camaçari seja o candidato do coração de Debinha, ela firmou um acordo com Teobaldo Costa (União) para apoiar a candidatura de Mirela Macedo (União), ex-esposa do empresário, a deputada estadual. Mas Elinaldo espera ao menos uma “lembrancinha” da aliada.
Investigação em Porto Seguro
A Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu retomar as investigações sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais de Porto Seguro. O esquema, conforme denúncias, envolveria magistrados, advogados, promotor, empresários e até membros do Poder Executivo municipal. A medida tem sido especialmente elogiada neste momento em que Porto Seguro e região sofrem com violência e invasões de terras sem que as autoridades locais reajam à altura.
Fadiga de material
Um dos principais articuladores da candidatura de Ana Patrícia à presidência da OAB-BA, o advogado Fabiano Mota Santana está convencido de que ela leva a disputa – e com ampla margem de votos. Ex-candidato ao comando da Ordem, Fabiano acredita não apenas que o grupo que comanda a entidade entrou na chamada “fadiga de material” por causa dos 10 anos em que a dirige, como também no fato de que Ana Patrícia tem conseguido vocalizar de forma precisa o anseio por mudança da classe.
Pitacos
* Nos discursos e entrevistas após a vitória de Luiz Caetano em Camaçari, quando fez menção aos principais parceiros políticos, o governador Jerônimo Rodrigues não citou em nenhum momento o nome do senador Ângelo Coronel (PL).
* Para os observadores da base governista, foi mais um sinal de que o governador não enxerga Coronel na chapa em 2026. Mas aliados do senador garantem que não farão com ele o que fizeram com a deputada Lídice da Mata (PSB), em 2018.
* Vibrando com a vitória de Caetano, o deputado Júnior Muniz (PT) provocou adversários em um grupo de WhatsApp. Disse, por exemplo, que iria indicar o ex-deputado Heraldo Rocha (União) para um cargo na regulação da saúde.
* Heraldo passa o dia criticando o PT no aplicativo de mensagem e garantia que Flávio Matos venceria a eleição. Outro que tirou sarro da concorrência foi o vereador petista Tagner Cerqueira, o mais bem votado em Camaçari.
* Além das articulações políticas para ser reeleito presidente da Assembleia em fevereiro de 2025, Adolfo Menezes também tem procurado manter a forma para vestir um número menor no paletó na posse.
* Líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, Kiki Bispo (União) mostrou nas redes sociais que não é nada modesto. Publicou uma arte concedendo a si mesmo o prêmio de “bola de ouro” por ter marcado “inúmeros golaços” como vereador. Mas como Kiki é considerado o maior ‘gente boa’, a iniciativa acabou sendo curtida por todos.
* Prefeito eleito de Juazeiro, Andrei Gonçalves se reuniu esta semana com a cúpula do MDB, partido ao qual é filiado. Tratou de projetos para a cidade com os presidentes de fato e de honra da sigla, Jayme Vieira Lima Filho e Lúcio Vieira Lima, respectivamente.
* Quem se deu bem nas eleições deste ano foi o deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB). Apesar da derrota em Vitória da Conquista, onde tem reduto eleitoral, o número de prefeitos que o apoia subiu de oito para 12.
* Por falar em Vitória da Conquista, desde 1996 que o PT não tinha abaixo de 45% dos votos válidos numa eleição na Suíça baiana. No pleito deste ano, o deputado federal petista Waldenor Pereira ficou com apenas 26,74%
* A médica bolsonarista Raissa Soares (PL) se mudou para Curitiba (PR) no segundo turno para apoiar a candidatura da conservadora Cristina Graeml (PMB), que foi derrotada. Lá, a “doutora cloroquina” ficou contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Destino incerto
Depois da derrota humilhante de domingo (06) em Salvador, qual será o destino do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que segue desaparecido? A avaliação entre lideranças da base governista e do ninho emedebista é que o “Rolando Lero” da política baiana será candidato a uma cadeira na Assembleia, impedindo que o próprio filho, o deputado Matheus Ferreira (MDB), dispute a reeleição. A avaliação é que o vice não ganhou musculatura para concorrer à Câmara Federal, como seria o projeto original.
Patinho feio
Geraldo Júnior não conseguiu sequer eleger um vereador para chamar de seu em Salvador e perdeu todo o espólio político que conquistou quando era do grupo do prefeito Bruno Reis (União) e chegou à presidência da Câmara. O único eleito pelo MDB foi David Rios, outrora ligado a Bruno. E mais: como nunca fez política no interior, se decidir concorrer ao Legislativo federal vai enfrentar a concorrência de outros emedebistas de peso, a exemplo do deputado Ricardo Maia e do advogado Jayme Vieira Lima, candidato dos irmãos Geddel e Lúcio.
Vice descartada
A hipótese de permanecer na chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT) arrodeado de seguranças é algo totalmente descartado para o futuro de Geraldo. Além do pífio desempenho em Salvador, a briga por espaço na majoritária é intensa, sobretudo porque o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), deseja concorrer ao Senado. E se a vice seguir com o MDB, que cresceu nas eleições de 2024 e teve a maior vitória entre os aliados no primeiro turno (em Juazeiro), os Vieira Lima pretendem indicar outro quadro.
Vexame acumulado
A derrota acachapante de Geraldo Júnior em Salvador não foi a única que caiu na conta de Jerônimo. O governador sofreu outro revés com o resultado da eleição para vereador. Além de ter perdido três das quatro cadeiras que tem atualmente, o PT não conseguiu fazer da irmã do governador e única reeleita, Marta Rodrigues, a mais votada da oposição ao prefeito, como era esperado. Ela foi ultrapassada por André Fraga (PV), que, por sinal, é aliado de Bruno Reis. Outro vexame!
Liderança emergente
Segundo colocado na disputa em Salvador, Kleber Rosa também foi o segundo mais bem votado candidato do PSOL a uma Prefeitura de capital, ficando atrás apenas de Guilherme Boulos, que vai ao segundo turno em São Paulo. Enfrentando dificuldades relacionadas à dimensão do partido, à baixa disponibilidade de recursos e à concorrência das máquinas estadual e municipal, Kleber saiu da disputa não só na condição de player respeitável no campo municipal, mas também como uma liderança nacional de esquerda com poder de influência sobre um partido em franco crescimento.
Operação de guerra
ACM Neto (União) montou uma verdadeira operação de guerra para que Flávio Matos (União) vença a eleição em Camaçari no segundo turno, derrotando o petista Luiz Caetano. Neto já fez uma reunião na segunda (07) com aliados e marcou uma outra para esta quinta (09), convocando parlamentares, prefeitos e eleitos da oposição, sobretudo na Região Metropolitana de Salvador. A ideia é alinhar estratégias e ações que possam se transformar em votos.
Joia da coroa
A vitória em Camaçari, se ocorrer, vai coroar a estratégia de ACM Neto de implementar o chamado “cinturão 44” em Salvador e Região Metropolitana, impondo mais uma derrota a Jerônimo. Além da capital, o União Brasil venceu em Lauro de Freitas, Simões Filho e Mata de São João. E mais: outros prefeitos de oposição ligados a Neto venceram em Candeias e Dias D’Ávila. Uma verdadeira “lapada”.
Petista arrependido
Ainda sobre Camaçari, Luiz Caetano deve estar profundamente arrependido de não ter trabalhado para obter, no primeiro turno, o apoio do candidato do MDB, o comunicador Oswaldinho. O petista só não venceu no domingo (06) por 0,48% dos votos e o emedebista recebeu 0,71%. Caetano queria que Oswaldinho o apoiasse apenas na base da fé, sem negociar espaços em uma eventual gestão. Agora, o dote subiu. E Flávio Matos também está de olho na “noiva” do pedaço.
Adolfo fortalecido
Apesar da derrota calculada em Campo Formoso, o presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD), ficou mais forte após a abertura das urnas no domingo (06). Prefeitos aliados do parlamentar venceram a disputa em cidades importantes, com destaque para Paulo Afonso, Bom Jesus da Lapa e Rio Real. Adolfo, por sinal, deve iniciar na próxima semana as sondagens sobre a sucessão no Legislativo estadual. Jerônimo já sinalizou à base que deseja ver o aliado seguir na presidência.
Voos mais altos
Outro que saiu fortalecido foi o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), reeleito com o maior percentual de votos do país: 91,97%, O resultado o credencia a pensar em voos mais altos a partir de 2026, ou seja, concorrer a uma cadeira de vice-governador ou senador como ativo do PP. Em 2022, Cocá apoiou ACM Neto e, embora tenha como vice um quadro do União Brasil (o sobrinho Flávio Santana), não descarta dialogar com Jerônimo, que em Jequié apoiou timidamente Alexandre da Saúde (PSD), candidato derrotado ligado ao deputado Antonio Brito (PSD).
Decepções do líder
Líder do governo na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) passou por decepções nas eleições deste ano, mas também teve vitórias importantes. A maior derrota foi em Ilhéus, com Adélia Pinheiro (PT). Mas perdeu também em Itapetinga, com Cida Moura (PSD), e na terra natal, Itororó, com Luciana Pedreira (PT) – esta tinha até o o apoio do União Brasil. Rosemberg venceu, no entanto, em São Francisco do Conde, com Antonio Calmon (PP), e em Coaraci, onde ficou contra o próprio partido e ao lado de Miltinho do Axé (PSD).
Duelo no sertão
No duelo particular travado nas eleições deste ano entre os deputados federais Ricardo Maia (MDB) e Gabriel Nunes (PSD), ambos da região nordeste do Estado, o segundo levou a melhor. Nunes ganhou quatro prefeitos novos em Andorinha, Queimadas, Rio Real e Ribeirão do Largo e os aliados que disputaram a reeleição ou indicaram sucessor venceram, com exceção de Inhambupe. O deputado do PSD, no entanto, não conseguiu acabar com a hegemonia do grupo do prefeito Luciano Pinheiro (PDT) em Euclides da Cunha, terra natal.
Apostas na “banda b”
Já Ricardo Maia, que investiu alto nos candidatos da chamada “band b” do governo, sofreu derrotas em quase todos os municípios nos quais ficou contra os nomes de Jerônimo, a exemplo de Cícero Dantas, Banzaê e Araci – nesta última cidade, lançou na disputa o próprio irmão, Zelito Maia (MDB), que nunca morou lá e perdeu para a prefeita Keinha Jesus (PDT). Entretanto, Maia emplacou a nova prefeita de Ribeira do Amparo e manteve os dois principais município que tem sob seu domínio: Ribeira do Pombal e Tucano – neste último, o filho homônimo do parlamentar foi reeleito.
Grupo encerrado
Após a suplente de deputada estadual do PL Kátia Bacelar detonar o presidente do partido na Bahia, João Roma, em entrevista a este Politica Livre, o comando da sigla decidiu encerrar, na tarde desta terça (08), o grupo de WhatsApp formado por parlamentares, lideranças e membros da direção da agremiação. Kátia, que é irmã do deputado federal Jonga Bacelar, outro filiado, havia detonado Roma no mesmo grupo. Tudo por conta do desempenho eleitoral pífio do PL baiano.
Meu cercado
Procurado pela coluna, Jonga evitou polemizar sobre a posição da irmã. “Deixa eu ficar no meu cercado”, brincou. O deputado frisou, no entanto, que o único prefeito do PL que venceu as eleições domingo (06) é ligado a ele: Jânio Natal, reeleito. “Outro que eu esperava que tivesse um desempenho melhor no partido era o deputado (estadual) Raimundinho da JR (candidato derrotado em Dias ‘Ávila), mas acabou não acontecendo”. Raimundinho é aliado do PT no plano estadual, enquanto Jonga, que diálogo com todos os campos, o é em nível federal.
Remodelagem bolsonarista
Os candidatos a vereador da chamada ala ideológica do PL que conseguiram se eleger em Salvador e até mesmo no interior foram aqueles que, em geral, fizeram uma remodelagem no discurso e nas redes sociais, deixando de lado a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro. É só observar, por exemplo, o Instagram dos dois eleitos do partido em Salvador, Alexandre Aleluia e Cézar Leite, que optaram por “colar” em Bruno Reis. Aleluia, por sinal, mudou de estratégia bem antes de a campanha começar para poder ter acesso a bairros periféricos da cidade onde o bolsonarismo não é bem visto.
Pitacos
* Candidato do senador Jaques Wagner (PT) a deputado federal em 2026, Lucas Reis (PT), chefe de Gabinete do parlamentar, sofreu derrotas importantes nas eleições. Não conseguiu eleger os candidatos a prefeito aliados em Bom Jesus da Lapa e Barreiras.
* Lucas, por sinal, tenta agora “tirar uma lasquinha” da vitória de Andrei Gonçalves (MDB), prefeito eleito de Juazeiro, mesmo tendo trabalhado o tempo inteiro para viabilizar a candidatura do inelegível Isaac Carvalho (PT).
* Quem também não foi bem na eleição foi o PSB da deputada federal Lídice da Mata. Viu o número de prefeitos reduzir de 30 para 24. E não conseguiu eleger Rodrigo Hita, vice-presidente da sigla na Bahia, como vereador de Salvador.
* Um dos maiores derrotados na eleição foi o deputado estadual Vitor Bonfim (PV), que dava como certa a vitória do irmão, Guilherme Bonfim (PT), na disputa pela Prefeitura de Brumado. O vencedor foi Fabrício Abrantes (Avante).
* Já um dos maiores vencedores foi o prefeito de Muritiba, Danilo de Babão (PSD). Fez a sucessora (Rose Reis, do PSD) e ainda todos os 11 vereadores da Câmara Municipal. Ou seja, o próximo governo não terá nem oposição.
* O deputado estadual Raimundinho da JR (PL) sofreu uma derrota dupla nessas eleições. Não conseguiu se eleger prefeito de Dias D’Ávila e ainda viu a mulher, Norma Queiroz (MDB), derrotada na disputa majoritária em Itapebi.
* Em Buerarema, uma das duas cidades baianas em que Jair Bolsonaro venceu a eleição de 2022, o PL não elegeu sequer um vereador. Em Luiz Eduardo Magalhães, onde Bolsonaro também foi vencedor, emplacou uma cadeira.
* O deputado federal Elmar Nascimento (União) comemorou nas redes sociais a reeleição do prefeito de Alcobaça, Zico de Baiato, que é do PT. O parlamentar participou da campanha do petista, de quem é aliado.
* Quem se deu bem com a vitória de Valderico Júnior (União) em Ilhéus foi o deputado estadual Pedro Tavares (União), que ganhou um aliado de peso para renovar o mandato em 2026.
* Dos oito candidatos do PDT que venceram as eleições para prefeito no domingo (06), apenas a prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo, que foi reeleita, não integra oficialmente a base de Jerônimo.
Furou o teto
Em Porto Seguro, o prefeito Jânio Natal (PL), que tenta a reeleição, já torrou na campanha R$ 360.728,59 a mais do que o limite de gastos permitido pela Justiça Eleitoral para o município. Ele, que já contratou três escritórios de advocacia, declarou despesas de R$ 745.535,50, mas o teto lá é de R$ 384.806,91.
O crime compensa
Vale lembrar que Jânio enfrentou, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), um pedido de impugnação da candidatura porque, segundo a acusação da chapa da principal adversária, a deputada estadual Cláudia Oliveira (PSD), poderá ser diplomado prefeito pela 3ª vez consecutiva. Antes, em 2016, concorreu ao Executivo em Belmonte, venceu, foi diplomado, mas não tomou posse para dar lugar ao vice, que era seu irmão, Janival Borges. Valeu o investimento nos advogados de defesa, pois a tese não prosperou.
Exemplo seguido
O curioso em Porto Seguro é que Cláudia Oliveira também já gastou na campanha acima do teto. No caso dela, as despesas declaradas já somam R$ 473.326,00. Os dois candidatos contaram principalmente com verbas públicas para bancar as candidaturas, por meio do fundo eleitoral. Com acesso à maior fatia do bolo destinado aos partidos, o PL doou R$ 720 mil para Jânio, único prefeito da legenda no Estado. Já o PSD enviou R$ 380 mil para Cláudia.
Os dois enrascados
Mas o que pode acontecer com Jânio Natal e com Cláudia Oliveira ao desrespeitarem a regra do limite de gastos? Segundo advogados da área eleitoral consultados pela coluna, os dois podem pagar multa de 100% da quantia que ultrapassa o teto fixado, além de poderem ser alvos de ações por abuso de poder econômico, o que, vez ou outra, resulta em cassação e inelegibilidade pelo prazo de oito anos. Uma verdadeira enrascada.
Cinturão 44
O grupo de Jerônimo saiu na frente da oposição no que se refere a investimentos em candidatos na Região Metropolitana de Salvador, apesar da estratégia de ACM Neto (União) de criar o chamado “Cinturão 44” em volta da capital. Apenas em Camaçari e Mata de São João, candidatos do União Brasil receberam mais recursos do fundo eleitoral de partidos do que os concorrentes do PT ou legendas ligadas ao Palácio de Ondina. Em Lauro de Freitas, Simões Filho e Madre de Deus, receberam menos.
Menor fatia
Por falar em União Brasil, o deputado estadual da sigla que recebeu menos recursos para distribuir entre os candidatos foi Marcinho Oliveira, braço direito do deputado federal Elmar Nascimento. Isso porque ACM Neto não aceitou o envio de verbas para concorrentes próximos do PT, como foi o caso da maioria da lista de Marcinho, que assegurou menos de R$ 50 mil até segunda (30). Os colegas abocanharam entre R$ 350 e R$ 600 mil. Já os federais do União Brasil tiveram direito a distribuir R$ 4 milhões cada.
Longe do vermelho
Em pelo menos cinco cidades da Bahia, Jerônimo está contra o PT local nas eleições de domingo (06): Ituaçu, Muritiba, Jeremoabo, Lajedão e Coaraci. Nas quatro primeiras, o partido tem candidato próprio, mas o governador optou por caminhar com nomes de outras siglas, sobretudo por conta das articulações de Lucas Reis, chefe de gabinete do senador Jaques Wagner, mirando a eleição para deputado federal em 2026. Em Coaraci, as lideranças locais do PT é que ficaram contra o candidato petista apoiado por Jerônimo.
Conselho político
Em Ituaçu, o PT estadual cumpriu o prometido de só enviar R$ 10 mil para a campanha do candidato do partido, professor Diego Machado. A estratégia, como já revelou o Política Livre (Clique aqui para ler), foi sufocar o filiado, tentando fazê-lo desistir, uma vez que Lucas Reis decidiu apoiar a reeleição do prefeito Phellipe Brito (PSD). Aliás, durante a campanha foi formado o novo conselho político de Jerônimo, composto pelo assessor de Wagner, pelo chefe de Gabinete do governador, Adolpho Loyola, e pelo presidente do PT baiano, Éden Valadares.
Óleo de peroba
Pegou mal entre os aliados a participação do governador em eventos da campanha de Zé Neto (PT) em Feira de Santana ao lado do deputado estadual Binho Galinha, acusado pela Polícia Federal de liderar uma milícia. Recentemente, em uma carreata, o parlamentar estava no mesmo veículo de Jerônimo, com total desenvoltura. “Isso pode até virar notícia nacional”, comentou um político próximo do chefe do Executivo estadual à coluna.
Ataque amigo
O blogueiro e ex-vereador Val Cabral, membro do staff do prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), enviou um áudio em um grupo de WhatsApp no qual ataca o coordenador da campanha, Aldo Rebouças (ouça abaixo). Val chamou a coordenação de “aquela merda” por apostar que a presença do governador na cidade seria positiva para Augusto. “Jerônimo tira é voto, é do PT”, disse, exaltado, antes de se desculpar. Jerônimo esteve em Itabuna na semana passada e deve retornar na sexta (04) para uma carreata ao lado do prefeito.
Ecos de Brasília
Após confirmar presença, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), faltou a um comício da candidata Denise Menezes (PSD) em Campo Formoso, no domingo (29). Rui também havia prometido participar da convenção e não foi. Jerônimo, por sua vez, esteve nos dois atos. A ausência repetida do ministro decepcionou o esposo de Denise, o aliado e presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), e satisfez Elmar Nascimento (União), cujo irmão, o prefeito Elmo Nascimento (União), concorre à reeleição. Ecos de Brasília!
Futuro secretário
Cotado para ser um dos mais votados do União Brasil em Salvador no domingo (06), o vereador Duda Sanches deve ser lembrado por Bruno Reis para a equipe de primeiro escalão da Prefeitura, segundo fontes do próprio Palácio Thomé de Souza. O edil não esconde o desejo de ter uma função no Executivo. Caso isso ocorra, ao menos um dos suplentes da legenda, que pode ficar com até oito cadeiras na Câmara, poderá assumir o mandato. Duda já foi cogitado para a pasta da Cultura e Turismo em 2023.
Duelo da juventude
Ao menos no quesito investimento partidário, Lucas Moreno, aposta jovem do União Brasil para a Câmara de Salvador, saiu na frente do concorrente da juventude do PSDB, Dudu Magalhães. O primeiro recebeu R$ 200 mil da campanha de Bruno Reis, enquanto o segundo ficou com R$ 90 mil do tucanato. Os dois têm padrinhos fortes: Lucas é ligado a ACM Neto, ao deputado estadual Manuel Rocha (União) e ao prefeito de Camaçari, Antonio Elinado (União). Duda é sobrinho do ex-deputado federal Jutahy Magalhães (PSDB) e tem o respaldo do deputado federal Adolfo Viana (PSDB).
Sem fogo na Bahia
Enquanto no resto do país o ministério do Meio Ambiente queima literalmente as pestanas no enfrentamento às queimadas que devastam áreas imensas, com prejuízos incalculáveis, em solo baiano, diferentemente do que já ocorreu no passado, o tema não deverá fazer parte do noticiário. Isso graças a um programa pioneiro intitulado Bahia Sem Fogo, que, além de ter intensificado as ações de prevenção, vem consolidando estratégias de educação ambiental.
População sensibilizada
A iniciativa também sensibiliza a população sobre o impacto das queimadas, por meio da articulação de vários órgãos, inclusive o Corpo de Bombeiros. Quem está por trás do Bahia sem Fogo é o secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Sodré, que, apesar de muito discreto, já mostrou que não é do tipo que fica vendo a banda passar, granjeando respeito até na oposição.
Pitaco
* O ministro do Trabalho, Renan Filho (MDB), desmarcou a agenda em Juazeiro nesta quinta (03). Ao lado do candidato Andrei Gonçalves (MDB), ele iria reafirmar o compromisso do governo federal de concluir a duplicação da “ponte picolé”.
* A ponte, oficialmente chamada de Presidente Dutra, virou alvo de disputa eleitoral. A prefeita Suzana Ramos (PSDB), candidata à reeleição, tem dito que a iniciativa é fruto da atuação dela com o apoio de lideranças como o deputado Adolfo Viana (PSDB).
* Por outro lado, quem deve desembarcar na campanha de Andrei em Juazeiro na sexta (04) é Rui Costa. Jerônimo já esteve lá três vezes, a última esta semana. Na base do governador, o sentimento é de “virada”.
* Mais animado, Elmar Nascimento marcou presença, no final de semana, na Helvécia Fest, que acontece em Nova Viçosa, cidade que tem como prefeita Luciana Machado (União), esposa do deputado estadual Robinho (União). Marcinho também foi.
* Depois de criticar duramente Jerônimo por ter abandonado a candidatura à reeleição do prefeito de Jacobina, Tiago Dias (PCdoB), o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) ficou um doce ao lado do governador numa solenidade em Várzea do Poço.
* Em Muritiba, o Republicanos, partido da Igreja Universal, tem como candidata à Prefeitura a ialorixá Mãe Maria. Ela é aliada do deputado federal e pastor Márcio Marinho. Na cidade, o comentário é que a política também faz milagres.
* Ainda sobre Muritiba, a cidade é a única com cinco candidaturas femininas à Prefeitura. É considerada favorita Rose Reis (PSD), que tem o apoio do prefeito Danilo de Babão (PSD) e do governador.
* Em Araci, enquanto o ex-prefeito Silva Neto (PDT) costuma se referir ao deputado federal Ricardo Maia (MDB) como “Dick Vigarista”, o emedebista frequentemente chama o pedetista de “Al Capone”. Os dois são adversários políticos.
* Aliás, Silva Neto anda muito mais “amigo” de Jerônimo do que do que Ricardo Maia. Além de receber o governador em Araci, no domingo (29), em ato de campanha da prefeita Keinha Jesus (PDT), esteve com o petista no mesmo dia na vizinha Teofilândia.
* Tentando retornar à Câmara Municipal de Salvador, Pedro Godinho (União) recebeu o apoio oficial do presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota. Agora é ficar na torcida para que o rubro-negro não chegue no dia da eleição na zona de rebaixamento.
Queixas do Avante
A coluna foi procurada por dois candidatos a prefeito do Avante queixosos de que não receberam qualquer doação do partido nas eleições na Bahia. Apuramos junto ao site Divulgacand, do TSE, e descobrimos que, dos 132 concorrentes da legenda, apenas 46 receberam até esta terça (17) recursos do fundo eleitoral da sigla comandada pelo ex-deputado Ronaldo Carletto. Não pingou nada nem mesmo na conta do postulante na terceira maior cidade do Estado, Vitória da Conquista, onde há propaganda de TV.
Risco calculado
O Avante possui apenas sete deputados federais, e, por isso, ocupa apenas a posição de número 14 entre os 29 partidos na distribuição do fundo eleitoral. Conta com R$72,5 milhões para ratear no Brasil inteiro. Ou seja, ao optarem por se filiar à sigla, que saltou de quatro prefeitos eleitos em 2020 na Bahia para 61, numa articulação que mira 2026 e que envolveu Carletto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o governador Jerônimo Rodrigues (PT), esses candidatos sabiam do risco da escassez.
Esmola de doação
Para se ter uma ideia, o Avante destinou até agora pouco mais de R$5,2 milhões a candidatos a prefeito na Bahia, enquanto o União Brasil, que tem acesso a um fundo nacional de R$536,6 milhões, garantiu R$14 milhões somente para a campanha do prefeito de Salvador, Bruno Reis. Houve postulantes na majoritária do partido de Carletto, em cidades com limite de gasto superior a R$150 mil, que receberam apenas R$20 mil ou R$30 mil, como foi o caso de Pintadas e Jucuruçu, respectivamente. Verdadeiras esmolas.
Mistério eleitoral
Entre os “prefeituráveis” do Avante sem recursos do fundo, 17 disputam a reeleição. Muitos estão com a conta zerada e é um mistério como estão fazendo campanha. Já os mais privilegiados concorrem em Gandu (R$487 mil) e Eunápolis (R$300 mil), e não é coincidência que apoiam o deputado federal Neto Carletto, sobrinho de Ronaldo, que pretende trocar o PP pelo Avante antes da eleição de 2026. Em média, os 46 postulantes que tiveram doações da sigla receberam entre R$100 e R$150 mil.
Mágoas esquecidas
Mas houve candidatos do Avante beneficiados com doações de outros partidos, mesmo de siglas desfalcadas no número de prefeitos por assédio de Carletto. São os casos do PP e até o União Brasil de ACM Neto. Numa articulação feita por deputados, de olho no pleito legislativo de 2026, o primeiro doou para dez “prefeituráveis” do Avante. Já o segundo, para 15. O fato de ter deixado o União não impediu, por exemplo, que o gestor de Guanambi, Nal Azevedo, que tenta a reeleição, recebesse R$625,9 mil da sigla comandada por Neto.
Almoço de graça?
Como não existe almoço grátis na política, aliados de Jerônimo desconfiam desse suporte financeiro do União Brasil. Buscando sair grande da eleição, Carletto prometeu que atrairia prefeitos da oposição para fortalecer Jerônimo. Com isso, o ex-deputado tem a esperança de galgar um espaço na chapa majoritária em 2026. Mas seria ao lado do governador ou, como em 2022, do ex-prefeito de Salvador? E o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), se filiaria a uma sigla com essa digital com o mesmo objetivo?
Sentindo-se em casa
Presidente de honra do MDB baiano, Lúcio Vieira Lima ficou bem à vontade ao lado do deputado federal Elmar Nascimento (União) e do deputado estadual Marcinho Oliveira (União) em um ato de campanha do deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) em Itabuna, no final de semana. “Aqui não somos adversários. Eu até andaria ao lado de ACM Neto sem problema algum. Não estamos tratando de 2026, mas sim de derrotar o prefeito Augusto Castro (PSD)”, afirmou o cacique emedebista à coluna. O ex-prefeito Geraldo Simões (PT) também estava junto.
Augusto fujão
Por falar em Itabuna, Augusto Castro faltou ao debate promovido pela TVI, na segunda (16), e foi chamado de “fujão” e “covarde” por Pancadinha e pelos outros candidatos presentes: Isaac Nery (PDT), Chico França (PL) e Cleonice Monteiro (Rede). Hoje, há outro confronto promovido pela Rádio Boa FM, a partir das 19h. Liderando as pesquisas, o prefeito também não deve participar, já que o compromisso não aparece na agenda de campanha.
Colbert do PT
O deputado estadual Rosemberg Pinto, do PT, admite que a candidata do partido em Ilhéus, Adélia Pinheiro, pode enfrentar um dilema semelhante ao do ex-prefeito José Ronaldo (União) em Feira de Santana se receber o apoio do concorrente Bento Lima (PSD), cuja rejeição é altíssima. “Eu respeito o prefeito Mário Alexandre (PSD), que indicou Bento e é nosso aliado, mas a situação pode se repetir. Zé Ronaldo quer o bônus do apoio do prefeito Colbert Martins (MDB), que é mal avaliado, mas não o ônus”. Rosemberg diz que é preciso avaliar o impacto do apoio.
Thiago “Caíres”
De tanto extrapolar na dose para reeleger a vereadora Roberta Caíres (PDT), a preferida de ACM Neto, o secretário da Educação em Salvador, Thiago Dantas, estaria promovendo assédio eleitoral na pasta e nas escolas da capital. A denúncia foi feita à coluna por aliados de peso de Bruno Reis. Além disso, o secretário, que passou a ser chamado na Câmara Municipal de “Thiago Caíres”, andou distribuindo centenas de cargos da pasta a indicados da pedetista. Alguns estavam na cota de outros vereadores.
Promessa de vingança
Existem indícios de que as movimentações de Thiago Dantas já tenham sido denunciadas por profissionais da educação ao Ministério Público. Vereadores governistas prometem dar o troco no secretário assim que houver oportunidade. Eles apontam que o titular da pasta da Promoção Social, Júnior Magalhães, que também apoia abertamente Roberta Caíres a pedido de Neto e de Bruno, atua de forma completamente diferente. “Júnior respeita o espaço dos outros vereadores”, comentou um deles à coluna.
Reforço de caixa
O União Brasil assumiu o compromisso de doar R$200 mil para os vereadores de Salvador candidatos à reeleição. Quem receber mais do que isso, como aconteceu com Duda Sanches, conforme mostrou a coluna passada, é por articulação de deputados estaduais e federais, que também tiveram uma cota para indicar. No caso de Duda, o reforço partiu do pai do edil, o deputado estadual Alan Sanches (União). Binho de Ganso, que mesmo sem mandato assegurou R$293,4 mil da sigla, foi ajudado pelo deputado federal Dal Barreto (União).
Amizades ocultas
Vice-governador e candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior (MDB) não anda respeitando nem os velhos amigos na colagem de cartazes com propaganda eleitoral nas ruas da cidade. Esta semana, na Avenida Cardeal da Silva, a equipe do emedebista fixou cartazes de propaganda em espaços antes ocupados pelo presidente de Câmara Municipal, Carlos Muniz (PSDB), a quem trata como melhor amigo. Imagina se não fosse!
Pioneirismo no Brasil
Autor do livro “Atividade do juiz eleitoral e fake news: uma revisão da literatura e percepção sobre a prática”, que será lançado hoje, às 17h, na universidade corporativa do Tribunal de Justiça (Unicorp), o desembargador Jatahy Fonseca teve a iniciativa pioneira no país de lançar por meio da entidade, da qual é diretor-geral, o Fórum de Comunicação e Justiça, com o objetivo de cultivar o diálogo entre o jornalismo e Judiciário, dois pilares da democracia alvos de ataques constantes nos últimos anos.
Comunicar direito
O Fórum de Comunicação foi lançado nesta terça-feira (17) com o curso “Comunicar direito – mídia e Justiça em busca do diálogo”, ministrado pelo jornalista Flávio Novaes, mestre por Coimbra com tese sobre o tema, e a presença do escritor e professor da universidade portuguesa João Figueira, que discorreu de forma simples e brilhante sobre o assunto.
Pitacos
* Jerônimo fez um périplo pelo sul da Bahia no final de semana em agenda eleitoral. Passou por pelo menos 11 municípios, inclusive Itororó, onde a candidata do PT, Luciana Rocha, tem o apoio informal do União Brasil, como já revelou o site (Leia aqui).
* Para evitar polêmica, o presidente do União Brasil em Itororó, Jonatas Lisboa, aliado de Luciana, não subiu no palanque de Jerônimo, embora tenha acompanhado a visita do governador. A situação lá incomoda o presidente do PT baiano, Éden Valadares.
* Numa carreata em Ibicuí, parecia até que Jerônimo estava num evento de campanha de Bruno Reis, pois a cor usada pelo candidato Salomão Cerqueira (PSD), que tem o apoio do governador, é azul.
* Rui Costa desagradou Rosemberg Pinto ao gravar um vídeo em apoio ao candidato do PT em Coaraci, Célio do Asfalto. O deputado apoia o outro concorrente, Miltinho do Axé (PSD). Esta semana, inclusive, Rosemberg acusou Célio de crime eleitoral (Leia aqui).
* Por falar em Rui Costa, ele disse, durante uma agenda de campanha em Ilhéus, ao lado de Adélia Pinheiro, que via participar das eleições em mais de 20 municípios da Bahia. Salvador, por enquanto, não aparece na lista.
* Ainda desolado pela traição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), o deputado Elmar Nascimento (União), agora com remotas chances de suceder o ex-amigo, foi consolado na terça (17) pelos deputados estaduais Robinho (União) e Penalva (PDT).
* Principal prefeito do PP na Bahia, Zé Cocá, de Jequié, ainda não registrou doação do partido na reeleição. Mas o candidato pepista em Paulo Afonso, Marcondes Francisco, ligado ao presidente da sigla, deputado Mário Negromonte Júnior, recebeu R$423 mil.
* Candidatos a vereador da federação PSDB/Cidadania em Salvador se queixam da demora da chapa majoritária em enviar material de campanha da proporcional. Com os atrasos, o grupo tem produzido parte das peças gráficas para alguns concorrentes.
* Jerônimo terá que ter muito jogo de cintura se quiser, de fato, fazer o próximo conselheiro do TCE na vaga do falecido Pedro Lino. A Associação Nacional de Auditores está disposta a influir na substituição. Em tese, a vaga é da categoria.
* Em conversa sobre a substituição de Pedro Lino com a coluna, o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), afirmou que o tema só será tratado após as eleições municipais. “Os deputados hoje estão com a cabeça voltada para as eleições”.
Saiu da toca
Diante do desespero de ver o “doce” escapulir das mãos, o deputado Elmar Nascimento (União) foi obrigado a mudar totalmente de estratégia na disputa pela presidência da Câmara. Ao perder o apoio do atual ocupante do cargo, o ex-amigo Arthur Lira (PP-AL), Elmar, que antes atuava em silêncio nas articulações, apesar das festas de arromba, agora divulga os movimentos nas redes sociais e na imprensa. A estratégia é para mostrar, inclusive a Lira, que está vivo na briga, dialogando com as diversas forças.
Mesma legenda
Entre segunda (09) e terça (10), Elmar publicou três fotos no Instagram para revelar reuniões com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com lideranças nacionais do PSDB, do Cidadania, do PDT e do Avante e com o deputado Antonio Brito (PSD), outro postulante à presidência da Câmara. Aliás, para mostrar a “união pelo Brasil” entre os baianos – será candidato quem se mostrar o mais competitivo – os dois publicaram exatamente a mesma legenda sobre o encontro de segunda.
Proposta antiga
Justiça seja feita, no dia 25 de março deste ano, em entrevista exclusiva ao Política Livre, Elmar, que deve se reunir nesta quarta (11) com o presidente Lula (PT) para tratar da sucessão na Câmara, já defendia o mesmo pacto com Brito (clique aqui para ler). “Eu acho que, no momento certo, podemos sentar com Antonio Brito e discutir que deve ser candidato aquele que reunir o maior número de apoiadores. Quem tiver melhor colocado apoia o outro. Vamos tratar disso mais adiante”, afirmou, na ocasião.
Champagne na Vitória
Líder do MDB baiano, Geddel Vieira Lima não deixou de provocar Elmar Nascimento pela reviravolta na sucessão da Câmara. Ele insinuou que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, estaria, no fundo, comemorando a derrocada do aliado. “Hoje é dia de muito Champagne no Corredor da Vitória”, escreveu o cacique emedebista nas redes sociais. Geddel também já descartou, no cenário atual, depois da candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), o apoio do MDB a Elmar.
Má vontade ministerial
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), sempre disse que não teria tempo de participar presencialmente da campanha de Geraldo Júnior (MDB) em Salvador, por conta da agenda em Brasília. Porém, encontrou uma brecha para “correr trecho” no interior. Na semana passada, esteve em atos de aliados em Camaçari, com Luiz Caetano (PT), e Valença, com Marcos Medrado (PV). Ao menos, para animar o “azarão” emedebista, o PT doou mais de R$1 milhão à sua campanha, o que não estava previsto.
Fila da regulação
Quem também participou do mesmo ato de campanha em Valença foi a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, que foi criticada até por parlamentares da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia. “Enquanto a secretária só pensa agora em eleição, a fila da regulação aumenta e as demandas dos deputados não são atendidas”, afirmou à coluna um indignado aliado do Palácio de Ondina.
Matar a saudade
Por falar em Geraldo Júnior, chegou à coluna a informação de que o vice-governador anda telefonando para antigos aliados em Salvador tentando forçar encontros cordiais para colocar a conversa em dia. Em alguns casos, o emedebista tem até insistido, apesar das negativas. Um desses ex-aliados do emedebista, que apoia a reeleição do prefeito Bruno Reis (União), afirmou que até topa “matar a saudade”, mas, claro, depois da eleição, para não confundir as coisas.
Encanto de Fabya
Quanto mais a campanha municipal em Salvador avança, mais o marketing se encanta com a candidata a vice-prefeita Fabya Reis (PT) e desencanta com o cabeça da chapa, Geraldo Júnior. Preparada, autêntica e, acima de tudo, disciplinada, a petista tem prestado apoio inestimável à equipe encarregada de fazer os programas, levando a um questionamento simples: por que ela não foi escolhida prefeiturável?
Cadê o fundo?
Dos seis vereadores do União Brasil na Câmara Municipal, até agora apenas dois – Duda Sanches e Kiki Bispo – haviam recebido recursos do partido para a campanha, o que é motivo de queixa na sigla. Duda, que é apontado como possível campeão de votos da legenda, foi contemplado com generosos R$ 371,6 mil, enquanto Kiki, líder de Bruno Reis na Câmara, com apenas R$ 48,9 mil. Por outro lado, há candidatos sem mandato que já foram beneficiados, a exemplo de Binho de Ganso, que abocanhou R$ 293,4 mil.
Rápido no gatilho
Por falar em fundo eleitoral, o PSD superou todos os demais partidos na Bahia quando o assunto foi a rápida distribuição dos recursos para os candidatos. Até dirigentes de outras agremiações reconhecem o mérito da legenda comandada no Estado pelo senador Otto Alencar. Reside aí, inclusive, parte do sucesso eleitoral do PSD, hoje a maior sigla da Bahia. E Otto ainda se gaba de que o diretório estadual não deve uma multa à Justiça Eleitoral, nem por descumprimento de cotas.
Sob medida
Foi feita sob medida para o deputado Pablo Roberto (PSDB) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentado pelo deputado Manoel Rocha (União) na Assembleia que permite aos parlamentares tirarem licença para assumir secretarias em municípios do interior. Hoje, isso é permitido apenas no Estado e na capital. Assim, o tucano não precisaria tomar posse como vice-prefeito de Feira caso seja eleito na chapa de José Ronaldo (União). O plano é cogitado, conforme revelou a coluna na semana passada (clique aqui para entender).
Planos municipais
Outros dois deputados estaduais podem ser beneficiados com a PEC de Manoel Rocha, que será aprovada após as eleições municipais: Tiago Correia (PSDB) e Jordáveio Ramos (PSDB). O primeiro cogita ser o sucessor da prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União), que disputa a reeleição. O outro teria interesse em ajudar mais de perto a gestão da mãe, Suzana Ramos (PSDB), em Juazeiro. Assim, ambos estariam liberados para serem secretários municipais sem perder o mandato.
Estranha e grosseira
Quem tem levado estresse ao ambiente do Tribunal de Justiça da Bahia, desagradando os próprios colegas e servidores, os quais invariavelmente destrata, é uma juíza escolhida para substituir desembargadores. O clima está tão ruim que servidores e até magistrados já pensam em fazer um apelo para que a juíza saia da lista de substituições, uma vez que queixas contra ela não faltam, indo da grosseria até a prática de procedimentos considerados esdrúxulos em suas decisões.
Tapar o nariz
Depois de ter traído Luiz Viana na eleição passada da OAB, o advogado André Godinho, cuja vitória num processo milionário contra a Petrobras ainda repercute nacionalmente, volta a se aproximar do grupo do ex-presidente, oferecendo apoio à chapa à reeleição de Daniela Borges. No time de Viana, a ordem é tapar o nariz e acolhê-lo, porque, afinal, apoio não se rejeita.
Traição no sangue
Nos meios jurídicos, o que se conta é que Godinho rompeu com Viana, de quem sempre fora aliado, e se engajou na campanha da chapa adversária na sucessão passada com o único objetivo de obter apoio para concorrer a uma vaga no STJ dos segmentos da OAB nacional que pretendiam destruir politicamente o ex-presidente local. No dia seguinte à eleição na Bahia, com a traição no sangue, seu grupo já abria oposição à candidatura que apoiou.
Pitaco
* O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, que fez diversas doações a candidatos e partidos nas eleições na Bahia, como mostrou a coluna na semana passada, contribuiu com R$100 mil para a direção nacional do MDB.
* Ao doar R$200 mil para a campanha do vereador de Salvador André Fraga, a direção nacional do PV deixou claro que a reeleição do edil, aliado de Bruno Reis, é mais importante do que a vitória de qualquer um dos sete candidatos a prefeito do partido.
* Para comparar, o PV nacional doou R$ 50 mil para a candidatura do velho conhecido Marcos Medrado à Prefeitura de Valença. O presidente da sigla na Bahia, Ivanilson Gomes, já havia revelado à coluna que este seria o valor para os “prefeituráveis”.
* O PCdoB também tem prioridades em Salvador. Ao mesmo tempo em que colocou R$ 500 mil para a candidata Aladilce, que tenta retornar à Câmara, destinou, individualmente, R$ 370 mil para os vereadores Augusto Vasconcelos e Hélio Ferreira.
* Vale lembrar que Aladilce tem uma madrinha federal forte no PCdoB: a deputada Alice Portugal.
* No MDB, o mandato também não parece importante para a distribuição do fundo eleitoral em Salvador. O vereador Joceval Rodrigues só ganhou, até aqui, R$ 15 mil, enquanto a candidata e ex-vereadora Ana Rita Tavares ficou com o dobro.
* A direção nacional do PL começou a liberar recursos do fundo eleitoral para seus candidatos na Bahia. Garantiu R$ 403 mil para Coronel França, em Teixeira de Freitas, e R$ 345 mil para o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal, que tenta a reeleição.
* Entretanto, o PL foi muito mais generoso com outro candidato que não é do partido: Flávio Matos, candidato a prefeito de Camaçari pelo União Brasil. Ele recebeu R$ 900 mil da legenda capitaneada na Bahia por João Roma.
* Por falar em Camaçari, o deputado estadual Júnior Muniz (PT) anda apostando que o aliado Luiz Caetano (PT) vence a eleição com 15 a 20 mil votos de frente em relação a vereador Flávio Matos (União).
* Otto Alencar esteve em Juazeiro nesta terça (10) para um ato de campanha do candidato do PSD, Celso Carvalho, filho do ex-prefeito Isaac Carvalho. O senador reafirmou que a divisão local na base de Jerônimo não afeta a aliança estadual.
Volta do banqueiro
O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, do extinto Banco Econômico, ensaia um retorno aos holofotes da política por meio de doações a candidatos na Bahia. Ele já destinou R$ 320 mil para campanhas no Estado, distribuídos entre concorrentes aos cargos de prefeito e vereador e para o diretório municipal de um partido, o DC de Salvador, comandado por Igor Domingues, assessor do Palácio Thomé de Souza, que recebeu R$100 mil. Tudo de forma legal.
Rico e generoso
Calmon de Sá contribuiu ainda com generosos R$ 100 mil para a candidatura à reeleição do prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Deu uma forcinha também para as campanhas das prefeitas Sheila Lemos (União), em Vitória da Conquista, e Suzana Ramos (PSDB), em Juazeiro, com R$40 mil para cada uma. Elas disputam o segundo mandato consecutivo.
Forcinha à delegada
Outra beneficiada com doação do ex-banqueiro foi a delegada, ex-secretária de Segurança Pública da Bahia e ex-vereadora Kátia Alves (União), que tenta retornar à Câmara Municipal de Salvador. Ela recebeu um valor mais modesto: R$ 20 mil. Vale lembrar que Ângelo Calmon de Sá, que não curte político de esquerda, foi ministro da Indústria e Comércio no governo de Ernesto Geisel, na ditadura militar, e secretário de Desenvolvimento Regional durante a presidência de Fernando Collor.
Competitividade e “QI”
O PSD do senador Otto Alencar investe alto nos candidatos a prefeito do partido, levando em conta a competitividade e o “QI”, ou seja, “Quem Indicou”. Em Campo Formoso, apostou R$ 820 mil em Denise Menezes, esposa de Adolfo Menezes, liderança da sigla e presidente da Assembleia Legislativa. Em Itabuna, garantiu R$ 760 mil para a reeleição do prefeito Augusto Castro, favorito. Na vizinha Ilhéus, o prefeito Mário Alexandre (PSD) convenceu Otto a viabilizar R$ 360 mil para o sucessor Bento Lima, tido como “azarão”.
Espera do milagre
Otto, no entanto, tem sido mais duro com os postulantes do PSD tidos como virtuais derrotados nas urnas em outubro. Em Jequié, por exemplo, nada foi destinado para a campanha de Alexandre Iosseff, que tem a tarefa hercúlea de tentar derrotar o prefeito Zé Cocá (PP), que briga pela reeleição. Em Juazeiro, nenhum real do fundo eleitoral do PSD foi depositado até aqui na conta de campanha de Celso Carvalho, mesmo o sendo sobrinho do ex-prefeito Isaac Carvalho (sem partido), o mais novo “melhor amigo” do senador.
O sapo e a língua
Por falar em Juazeiro, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) estará ao lado candidato do MDB, o empresário Andrei Gonçalves, pela segunda vez, em duas semanas. O petista confirmou que vai participar do tradicional desfile da Independência, no sábado (07), na cidade. No dia 24 de agosto, Jerônimo foi a uma caminhada eleitoral com Andrei. Não é à toa que Isaac Carvalho tem falado mal do governador em todo canto. Já disse a aliados que o único compromisso que tem em 2026 é com o presidente Lula (PT).
Carta na manga
Diante do crescimento da prefeita Sheila Lemos nas pesquisas e a possibilidade de vitória no primeiro turno, Jerônimo planeja tirar uma última carta da manga ainda em setembro na disputa eleitoral em Vitória da Conquista, terceiro maior colégio eleitoral da Bahia. Caso o cenário atual se mantenha, ele pretende convencer o deputado federal Waldenor Pereira (PT) a abrir mão da candidatura para apoiar a vereadora Lúcia Rocha (MDB), também da base aliada.
Fato novo
A avaliação de correligionários de Jerônimo é que somente este movimento, ou o inverso – Lúcia sair do páreo para apoiar Waldenor, caso o petista passe ao segundo lugar nas pesquisas -, poderia criar um fato novo forte o suficiente para virar a eleição na Suíça baiana, considerada estratégica pelo Palácio de Ondina. O governador já avisou que enquanto não houver uma candidatura única em Conquista, seja no primeiro ou num eventual segundo turno, ele não pisa os pés na cidade durante o pleito.
Poder de barganha
Crescem os rumores de que o deputado Pablo Roberto (PSDB), companheiro de chapa de José Ronaldo (União) em Feira de Santana não pretende renunciar ao mandato na Assembleia para ser vice, em caso de vitória. A estratégia do tucano seria assumir uma secretaria na gestão, mantendo o mandato parlamentar. Assim, teria maior poder de barganha para negociar a “divisão” do gabinete com o suplente Paulo Câmara (PSDB). Vale lembrar que, se tomar posse como vice, Pablo não pode retomar o mandato de deputado. Como secretário, sim.
Sorte grande
Em 2020, Ricardo Maia Filho (MDB) foi eleito em Tucano, então como o mais jovem prefeito da Bahia. Na época, declarou à Justiça Eleitoral não ter patrimônio. Agora, como candidato à reeleição, informou possuir bens móveis e imóveis que chegam a quase R$ 780 mil. O enriquecimento do emedebista, que é filho do deputado federal Ricardo Maia (MDB), virou resenha na cidade. Dizem até que ele ganhou na loteria, pois a Prefeitura deu sorte. Entre os bens está uma fazenda de R$ 240 mil.
Ciúme eleitoral
Aliados do governador andam irritados com as manobras judiciais do PT para retirar Jerônimo e Lula da propaganda de candidatos a prefeito de partidos da base onde há bate-chapa. Em Lamarão, na região sisaleira, a prefeita petista Pró Ninha, que disputa a reeleição, conseguiu impedir na Justiça Eleitoral que o adversário Dival de Memel (PSD) usasse na campanha as imagens das duas estrelas do 13. Dival, que apoiou o governador em 2022, chegou a pedir autorização ao próprio Jerônimo, mas foi negada.
Convite pelo X
Com o bom humor de sempre, o deputado Samuel Júnior (Republicanos) não perdeu a piada quando o comandante da bancada de oposição na Assembleia, deputado Alan Sanches (União), disse em plenário, nesta terça (03), não saber da reunião de líderes em que foi definido que os parlamentares poderão votar remotamente durante o período eleitoral, notícia revelada em primeira mão pelo Política Livre. “É que o convite ao senhor deve ter sido enviado pelo X, o antigo Twitter”, disse Samuel. A rede social foi suspensa no Brasil por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.
O terror do TJ
O novo corregedor do Tribunal de Justiça da Bahia, Roberto Frank, está criando fama de terror contra os maus juízes baianos. Sob sua gestão, tem detonado vários casos que estavam encobertos, apesar de provas de monta contra os magistrados. Corajoso, é do tipo que não se intimida nem diante de colegas desembargadores. Logo que começou no cargo, enfrentou a presidente Cyntia Resende, eleita em sua mesma chapa, num episódio que teria servido para marcar posição no TJ. Não é preciso dizer que advogados queixosos de juízes problemáticos estão adorando a atuação de Frank.
Estreia de Rui
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), estreou, na noite desta terça (03), na propaganda eleitoral em bloco do candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior. No comercial, o petista destaca as obras que realizou na cidade quando foi governador. Ele garantiu que o emedebista, se eleito, poderá fazer muito tendo Jerônimo e Lula ao lado. Na semana passada, em Brasília, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) cobrou a presença física de Rui na campanha na capital.
Pesadelo soteropolitano
Já na última propaganda em bloco do atual ocupante do Palácio Thomé de Souza, Bruno Reis (União), que concorre à reeleição, Geraldo Júnior foi comparado ao ex-prefeito João Henrique. Com imagens de uma capital sofrida, o recado foi que o 15, número do MDB, virou o “pesadelo” que Salvador não quer viver mais. O detalhe é que João Henrique já deixou o MDB há muito tempo e hoje é candidato a vereador pelo PL, partido da base de Bruno – que, por sinal, também já foi 15.
Pauta rubro-negra
Com pouco trabalho no plenário da Câmara Municipal de Salvador, por conta das eleições, o tema da rápida sessão de segunda (02) entre os vereadores foi a vexatória situação do Esporte Clube Vitória no Campeonato Brasileiro. O vereador Átila do Congo (PMB) responsabilizou o presidente rubro-negro, Fábio Mota, chamado de “arrogante” pelo “rebaixamento inevitável”. Outro torcedor ilustre, Carlos Muniz, emendou: “De luto ainda não estou, mas triste”.
Pitacos
* A vereadora de Salvador Marcelle Moraes aparece no topo da lista dos candidatos na Bahia que mais gastaram com impulsionamento nas redes sociais durante a campanha. Ela já gastou R$ 45 mil para aumentar o próprio engajamento.
* A segunda da lista é Suzana Ramos, prefeita de Juazeiro e candidata à reeleição, que gastou R$ 20 mil com impulsionamento.
* Líder do PSDB na Câmara Municipal de Salvador, o vereador Daniel Alves foi o primeiro beneficiado com recursos do fundo eleitoral do partido. Pingou na conta da campanha R$ 140 mil. Nem o presidente da Casa, o tucano Carlos Muniz, recebeu ainda.
* Já no PDT, a vereadora Roberta Caíres, candidata de ACM Neto (União), foi a que recebeu até aqui a maior fatia entre os que concorrem à reeleição: R$150 mil. Logo depois, aparece Débora Santana, com R$ 100 mil. Anderson Ninho só teve R$50 mil.
* Aliás, Ninho, que é ligado ao deputado Elmar Nascimento (União), recebeu doação menor do que pedetistas sem mandato. Omar Gordilho e Zilton Netto, preferidos dos deputados Félix Mendonça (PDT) e Leo Prates (PDT), ficaram com R$ 100 mil cada.
* O PV vai destinar, em média, R$ 50 mil do fundo eleitoral para os sete candidatos a prefeito do partido na Bahia.
* O vereador Tiago Ferreira (PT), que já foi um crítico da escolha de Geraldo Júnior como candidato do governo em Salvador, abraçou o emedebista no sábado (31), em evento de lançamento de sua campanha, no Subúrbio. Dizem que foi obrigado a convidar o candidato a prefeito.
* Na falta de coisa mais importante a fazer, o deputado estadual Marquinho Viana (PV) apresentou um projeto de lei propondo que o prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), passe a se chamar Palácio Todos os Santos.
* A deputada Lucinha do MST (PT), empossada na Assembleia após a licença médica da titular da cadeira, deputada Maria Del Carmen, pediu ao presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), a criação da Comissão Especial da Promoção da Igualdade.
* Por outro lado, tem comissão já criada e instalada na Assembleia que segue sem funcionar. É o caso do Conselho de Ética. Adolfo admitiu que, se o colegiado já não andava, pior ainda em período eleitoral.
Marasmo de Geraldinho
O marasmo da campanha de rua do candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, incomoda os aliados. O emedebista só participou, por exemplo, de três eventos de vereadores dos partidos da coligação, enquanto o prefeito Bruno Reis (União), que tenta a reeleição, já esteve em 34. Mas Geraldo Júnior não é o único culpado, visto que há concorrentes à Câmara Municipal do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT) acreditando que o emedebista tira votos e, por este motivo, querem ficar a boa distância dele.
Tamanho dos “exércitos”
Entre os poucos candidatos proporcionais que convidaram Geraldo Júnior até aqui para um lançamento de campanha está a vereadora Marta Rodrigues (PT), que tenta renovar o mandato. Ela é irmã de Jerônimo. Já Bruno Reis tem participado diariamente de atos organizados pelo seu “exército”, inclusive de novatos nas eleições. Na semana passada, teve um dia que foi a nove eventos do tipo.
Agenda de rua
Quando a agenda é visita a bairros de Salvador, Bruno Reis leva uma pequena vantagem em relação a Geraldo Júnior. Desde o dia 16 de agosto, quando começou oficialmente a campanha, o prefeito já esteve em nove localidades. O vice-governador, por sua vez, participou de atos de rua em sete. Segundo pessoas próximas ao emedebista, a estratégia é focar na campanha de TV, que começa nesta sexta (30).
Ajuda de custo
A coluna descobriu, junto a fontes próximas do Palácio de Ondina, que Geraldo Júnior será contemplado com R$ 2 milhões do fundo eleitoral, recursos que deve ser encaminhado nos próximos dias pelo diretório nacional do MDB. O valor é bem inferior ao que a direção do União Brasil já encaminhou a Bruno Reis: R$ 10 milhões. O MDB também vai ajudar os postulantes do partido em Vitória da Conquista, a vereadora Lúcia Rocha, e em Juazeiro, o empresário Andrei da Caixa. Ambos devem receber R$ 500 mil.
Prioridades petistas
Levando em conta apenas os dez maiores colégios eleitorais da Bahia, os primeiros candidatos a prefeito do PT que receberam recursos do fundo eleitoral por parte da direção nacional legenda foram Zé Neto (Feira de Santana) e Tito (Barreiras). O primeiro já arrecadou pouco mais de R$ 1,3 milhão, enquanto o segundo foi contemplado até aqui com quase R$ 260 mil. Isso demonstra o quanto vencer em Feira, maior município do interior baiano, é uma prioridade absoluta para a cúpula petista.
Saldo devedor
Em Vitória da Conquista, segundo maior município do interior do Estado, não pingou ainda recursos do fundo eleitoral para o candidato petista, o deputado federal Waldenor Pereira. O parlamentar, por sinal, fez a primeira doação à campanha, no valor de R$ 10 mil, mas já acumula gastos de campanha de quase R$ 900 mil. Em Camaçari e Ilhéus, os postulantes do PT, Luiz Caetano e Adélia Pinheiro, respectivamente, contribuíram do próprio bolso, o primeiro, com R$20 mil, e ela, com R$ 5 mil.
Tombo no líder
Ou o ex-vereador de Salvador Gilberto José tem um irmão gêmeo e ninguém sabia ou anda, como diz o ditado, vendendo gato por lebre. Num intervalo de cinco dias, ele apareceu em fotografias declarando apoio a dois candidatos diferentes ao Legislativo municipal e que concorrem à reeleição. Primeiro, com Kiki Bispo (União). Depois, com Alexandre Aleluia (PL). Será que Aleluia, que tem agido com agressividade na busca pelo apoio de lideranças, deu um “tombo” no líder de Bruno Reis?
Síndico queimado
O vereador de Salvador Sabá (DC) pode ter dado um tiro no pé ao fazer uma parceria política com o síndico de um condomínio com 800 apartamentos na Estrada Velha do Aeroporto. O cabo eleitoral pode perder o cargo a qualquer momento por decisão judicial, em ação movida por moradores. O síndico enfrenta acusações de irregularidades na prestação de contas e vive tentando aumentar a taxa condominial, mas sem sucesso. A mais nova dele é limitar a fala dos moradores na próxima assembleia.
Aposta de Leo
Correligionários de Bruno Reis detectaram o crescimento do candidato a vereador Zilton Netto (PDT), que tem como padrinho político o deputado federal Leo Prates (PDT). Antes visto com poucas chances, até por disputar a primeira eleição, Zilton, que foi coordenador da Codecon, passou a figurar na lista dos três que devem ser eleitos no ninho pedetista. “Leo, que quer ser prefeito e teve quase 90 mil votos em Salvador, não iria dar um tiro no escuro”, disse uma importante fonte do Paço municipal.
Matando a saudade
O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) confirmou a realização, no feriado de 7 de setembro, de mais um ato “patriótico” que promete unir a direita de Salvador. O evento, marcado para começar às 9h, no Farol da Barra, deve juntar uma turma conservadora que não se “bica”, sobretudo em ano eleitoral. Candidatos do PL à Câmara Municipal confirmaram presença, a exemplo de Alexandre Aleluia, que tenta a reeleição, e o ex-vereador Cézar Leite, querido por poucos na sigla bolsonarista.
Elmar fortalecido
O deputado Elmar Nascimento (União) acredita que pode receber ainda essa semana apoio formal do presidente da Câmara , Arthur Lira (PP-AL), na disputa pelo comando da Casa, na eleição que acontece em fevereiro de 2025. Segundo aliados do parlamentar na Bahia, a posição do presidente Lula (PT) na reunião com líderes, na segunda (26), favoreceu Elmar, enfraquecendo o outro baiano na disputa, Antônio Brito. Na ocasião, Lula disse que não vai interferir no processo.
Gesto de lealdade
Titular da Secretaria Municipal de Promoção Social de Salvador, Júnior Magalhães chegou a colocar o cargo à disposição quando informou a Bruno Reis e ao antecessor ACM Neto (União) que a mãe, Tonha Magalhães (Avante), iria compor a chapa da candidata do PT em Candeias, Marivalda da Silva. O gesto de lealdade de Júnior pesou a favor dele e a demissão sequer foi cogitada. O entendimento de Bruno é que quem aproximou Tonha do PT foi o atual prefeito de Candeias, Pitágoras Ibiapina (PP).
Planos adiados
O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), assegurou a aliados próximos que, se reeleito em outubro, vai concluir inteiramente o segundo mandato. Com isso, descarta ser candidato a deputado estadual ou federal em 2026. Existe a especulação de que Cocá almeja uma cadeira na Câmara Federal, mas os planos podem ser adiados para 2030. Por isso, ele escolheu como companheiro de chapa o sobrinho Flávio Santana (União), visando prepará-lo como sucessor natural.
Viabilidade eleitoral
Líder do governo estadual na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) acredita que Jerônimo vai anunciar em breve o apoio à candidatura de Adélia Pinheiro em Ilhéus, mesmo contrariando o prefeito Mário Alexandre (PSD), que é da base, mas lançou como sucessor Bento Lima (PSD). Segundo Rosemberg, o governador vai esperar até o próximo dia 31 por uma pesquisa que aponte a viabilidade eleitoral de Bento. Caso isso não fique demonstrado, fará a declaração pública em favor de Adélia.
Prefeito caloteiro
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e outros órgãos de controle estão recebendo inúmeras denúncias contra um prefeito baiano acusado de não pagar a ninguém e que gosta de viver, como se diz no interior, entre Rios. O cidadão está repleto de dívidas, inclusive com um conhecido empreiteiro baiano que realizou obras no município do gestor. A suspeita é que o tal prefeito busca extrair dividendos eleitorais de obras que não são pagas.
Pitaco
* O PSD decidiu destinar R$100 mil de fundo eleitoral para os vereadores que são candidatos à reeleição em Salvador. Os que são postulantes e não têm mandato vão receber entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, a depender do potencial.
* Candidato a vereador pela Rede, Humberto Neto, ex-chefe de Gabinete da Conder, decidiu adotar o roxo na campanha. O problema é que a cor também é a mesma utilizada pela vereadora Roberta Caires (PDT), o que tem confundido lideranças.
* “Quando chega a turma das bandeiras de roxo, a gente primeiro pergunta se é do homem ou da mulher, porque a gente nunca sabe. Isso tem confundido os apoiadores dos dois”, contou um líder comunitário ligado a Humberto.
* Presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça ironizou a ação movida por Henrique Carballal, que é pedetista, embora aliado de Jerônimo, contra o comandante do PV baiano, Ivanilson Gomes, acusado de cometer difamação (clique aqui para entender).
* “Se depender da campanha de Geraldo Júnior, não vai ter bate-chapa em Salvador, mas sim bate-cabeça”, afirmou Félix à coluna. Tanto Henrique quanto Ivanilson são coordenadores da campanha do emedebista. O “verde” acusou o pedetista de racismo.
* Em Juazeiro, o ex-prefeito Isaac Carvalho (PT) disse que o sobrinho, Celso Carvalho (PSD), candidato a prefeito, pode desistir da disputa e apoiar o empresário Andrei da Caixa (MDB) se houver um pacto baseado em quem aparece melhor nas pesquisas.
* Por falar em Juazeiro, o deputado estadual Roberto Carlos (PV) admitiu que estava disposto a apoiar a esposa de Isaac, Ellen Carvalho, se a mesma fosse viabilizada candidata no PT. “Mas essa tese não prevaleceu na federação e nem na base”, disse.
* O candidato do União Brasil à Prefeitura de Alagoinhas, Paulo Cezar, denunciou ao Ministério Público Eleitoral que foi alvo de ameaças de morte veiculadas em grupos de WhatsApp.
* O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) apresentou um projeto de lei que torna dispensável o registro no Conselho Regional de Educação Física para o exercício da docência na Bahia
* Outro projeto que passou a tramitar na Assembleia, enviado por Jerônimo, é o que cria o Fundo Permanente para a Defesa Civil.