15 setembro 2024
Saiu da toca
Diante do desespero de ver o “doce” escapulir das mãos, o deputado Elmar Nascimento (União) foi obrigado a mudar totalmente de estratégia na disputa pela presidência da Câmara. Ao perder o apoio do atual ocupante do cargo, o ex-amigo Arthur Lira (PP-AL), Elmar, que antes atuava em silêncio nas articulações, apesar das festas de arromba, agora divulga os movimentos nas redes sociais e na imprensa. A estratégia é para mostrar, inclusive a Lira, que está vivo na briga, dialogando com as diversas forças.
Mesma legenda
Entre segunda (09) e terça (10), Elmar publicou três fotos no Instagram para revelar reuniões com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com lideranças nacionais do PSDB, do Cidadania, do PDT e do Avante e com o deputado Antonio Brito (PSD), outro postulante à presidência da Câmara. Aliás, para mostrar a “união pelo Brasil” entre os baianos – será candidato quem se mostrar o mais competitivo – os dois publicaram exatamente a mesma legenda sobre o encontro de segunda.
Proposta antiga
Justiça seja feita, no dia 25 de março deste ano, em entrevista exclusiva ao Política Livre, Elmar, que deve se reunir nesta quarta (11) com o presidente Lula (PT) para tratar da sucessão na Câmara, já defendia o mesmo pacto com Brito (clique aqui para ler). “Eu acho que, no momento certo, podemos sentar com Antonio Brito e discutir que deve ser candidato aquele que reunir o maior número de apoiadores. Quem tiver melhor colocado apoia o outro. Vamos tratar disso mais adiante”, afirmou, na ocasião.
Champagne na Vitória
Líder do MDB baiano, Geddel Vieira Lima não deixou de provocar Elmar Nascimento pela reviravolta na sucessão da Câmara. Ele insinuou que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, estaria, no fundo, comemorando a derrocada do aliado. “Hoje é dia de muito Champagne no Corredor da Vitória”, escreveu o cacique emedebista nas redes sociais. Geddel também já descartou, no cenário atual, depois da candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), o apoio do MDB a Elmar.
Má vontade ministerial
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), sempre disse que não teria tempo de participar presencialmente da campanha de Geraldo Júnior (MDB) em Salvador, por conta da agenda em Brasília. Porém, encontrou uma brecha para “correr trecho” no interior. Na semana passada, esteve em atos de aliados em Camaçari, com Luiz Caetano (PT), e Valença, com Marcos Medrado (PV). Ao menos, para animar o “azarão” emedebista, o PT doou mais de R$1 milhão à sua campanha, o que não estava previsto.
Fila da regulação
Quem também participou do mesmo ato de campanha em Valença foi a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, que foi criticada até por parlamentares da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia. “Enquanto a secretária só pensa agora em eleição, a fila da regulação aumenta e as demandas dos deputados não são atendidas”, afirmou à coluna um indignado aliado do Palácio de Ondina.
Matar a saudade
Por falar em Geraldo Júnior, chegou à coluna a informação de que o vice-governador anda telefonando para antigos aliados em Salvador tentando forçar encontros cordiais para colocar a conversa em dia. Em alguns casos, o emedebista tem até insistido, apesar das negativas. Um desses ex-aliados do emedebista, que apoia a reeleição do prefeito Bruno Reis (União), afirmou que até topa “matar a saudade”, mas, claro, depois da eleição, para não confundir as coisas.
Encanto de Fabya
Quanto mais a campanha municipal em Salvador avança, mais o marketing se encanta com a candidata a vice-prefeita Fabya Reis (PT) e desencanta com o cabeça da chapa, Geraldo Júnior. Preparada, autêntica e, acima de tudo, disciplinada, a petista tem prestado apoio inestimável à equipe encarregada de fazer os programas, levando a um questionamento simples: por que ela não foi escolhida prefeiturável?
Cadê o fundo?
Dos seis vereadores do União Brasil na Câmara Municipal, até agora apenas dois – Duda Sanches e Kiki Bispo – haviam recebido recursos do partido para a campanha, o que é motivo de queixa na sigla. Duda, que é apontado como possível campeão de votos da legenda, foi contemplado com generosos R$ 371,6 mil, enquanto Kiki, líder de Bruno Reis na Câmara, com apenas R$ 48,9 mil. Por outro lado, há candidatos sem mandato que já foram beneficiados, a exemplo de Binho de Ganso, que abocanhou R$ 293,4 mil.
Rápido no gatilho
Por falar em fundo eleitoral, o PSD superou todos os demais partidos na Bahia quando o assunto foi a rápida distribuição dos recursos para os candidatos. Até dirigentes de outras agremiações reconhecem o mérito da legenda comandada no Estado pelo senador Otto Alencar. Reside aí, inclusive, parte do sucesso eleitoral do PSD, hoje a maior sigla da Bahia. E Otto ainda se gaba de que o diretório estadual não deve uma multa à Justiça Eleitoral, nem por descumprimento de cotas.
Sob medida
Foi feita sob medida para o deputado Pablo Roberto (PSDB) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentado pelo deputado Manoel Rocha (União) na Assembleia que permite aos parlamentares tirarem licença para assumir secretarias em municípios do interior. Hoje, isso é permitido apenas no Estado e na capital. Assim, o tucano não precisaria tomar posse como vice-prefeito de Feira caso seja eleito na chapa de José Ronaldo (União). O plano é cogitado, conforme revelou a coluna na semana passada (clique aqui para entender).
Planos municipais
Outros dois deputados estaduais podem ser beneficiados com a PEC de Manoel Rocha, que será aprovada após as eleições municipais: Tiago Correia (PSDB) e Jordáveio Ramos (PSDB). O primeiro cogita ser o sucessor da prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União), que disputa a reeleição. O outro teria interesse em ajudar mais de perto a gestão da mãe, Suzana Ramos (PSDB), em Juazeiro. Assim, ambos estariam liberados para serem secretários municipais sem perder o mandato.
Estranha e grosseira
Quem tem levado estresse ao ambiente do Tribunal de Justiça da Bahia, desagradando os próprios colegas e servidores, os quais invariavelmente destrata, é uma juíza escolhida para substituir desembargadores. O clima está tão ruim que servidores e até magistrados já pensam em fazer um apelo para que a juíza saia da lista de substituições, uma vez que queixas contra ela não faltam, indo da grosseria até a prática de procedimentos considerados esdrúxulos em suas decisões.
Tapar o nariz
Depois de ter traído Luiz Viana na eleição passada da OAB, o advogado André Godinho, cuja vitória num processo milionário contra a Petrobras ainda repercute nacionalmente, volta a se aproximar do grupo do ex-presidente, oferecendo apoio à chapa à reeleição de Daniela Borges. No time de Viana, a ordem é tapar o nariz e acolhê-lo, porque, afinal, apoio não se rejeita.
Traição no sangue
Nos meios jurídicos, o que se conta é que Godinho rompeu com Viana, de quem sempre fora aliado, e se engajou na campanha da chapa adversária na sucessão passada com o único objetivo de obter apoio para concorrer a uma vaga no STJ dos segmentos da OAB nacional que pretendiam destruir politicamente o ex-presidente local. No dia seguinte à eleição na Bahia, com a traição no sangue, seu grupo já abria oposição à candidatura que apoiou.
Pitaco
* O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, que fez diversas doações a candidatos e partidos nas eleições na Bahia, como mostrou a coluna na semana passada, contribuiu com R$100 mil para a direção nacional do MDB.
* Ao doar R$200 mil para a campanha do vereador de Salvador André Fraga, a direção nacional do PV deixou claro que a reeleição do edil, aliado de Bruno Reis, é mais importante do que a vitória de qualquer um dos sete candidatos a prefeito do partido.
* Para comparar, o PV nacional doou R$ 50 mil para a candidatura do velho conhecido Marcos Medrado à Prefeitura de Valença. O presidente da sigla na Bahia, Ivanilson Gomes, já havia revelado à coluna que este seria o valor para os “prefeituráveis”.
* O PCdoB também tem prioridades em Salvador. Ao mesmo tempo em que colocou R$ 500 mil para a candidata Aladilce, que tenta retornar à Câmara, destinou, individualmente, R$ 370 mil para os vereadores Augusto Vasconcelos e Hélio Ferreira.
* Vale lembrar que Aladilce tem uma madrinha federal forte no PCdoB: a deputada Alice Portugal.
* No MDB, o mandato também não parece importante para a distribuição do fundo eleitoral em Salvador. O vereador Joceval Rodrigues só ganhou, até aqui, R$ 15 mil, enquanto a candidata e ex-vereadora Ana Rita Tavares ficou com o dobro.
* A direção nacional do PL começou a liberar recursos do fundo eleitoral para seus candidatos na Bahia. Garantiu R$ 403 mil para Coronel França, em Teixeira de Freitas, e R$ 345 mil para o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal, que tenta a reeleição.
* Entretanto, o PL foi muito mais generoso com outro candidato que não é do partido: Flávio Matos, candidato a prefeito de Camaçari pelo União Brasil. Ele recebeu R$ 900 mil da legenda capitaneada na Bahia por João Roma.
* Por falar em Camaçari, o deputado estadual Júnior Muniz (PT) anda apostando que o aliado Luiz Caetano (PT) vence a eleição com 15 a 20 mil votos de frente em relação a vereador Flávio Matos (União).
* Otto Alencar esteve em Juazeiro nesta terça (10) para um ato de campanha do candidato do PSD, Celso Carvalho, filho do ex-prefeito Isaac Carvalho. O senador reafirmou que a divisão local na base de Jerônimo não afeta a aliança estadual.
Volta do banqueiro
O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, do extinto Banco Econômico, ensaia um retorno aos holofotes da política por meio de doações a candidatos na Bahia. Ele já destinou R$ 320 mil para campanhas no Estado, distribuídos entre concorrentes aos cargos de prefeito e vereador e para o diretório municipal de um partido, o DC de Salvador, comandado por Igor Domingues, assessor do Palácio Thomé de Souza, que recebeu R$100 mil. Tudo de forma legal.
Rico e generoso
Calmon de Sá contribuiu ainda com generosos R$ 100 mil para a candidatura à reeleição do prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Deu uma forcinha também para as campanhas das prefeitas Sheila Lemos (União), em Vitória da Conquista, e Suzana Ramos (PSDB), em Juazeiro, com R$40 mil para cada uma. Elas disputam o segundo mandato consecutivo.
Forcinha à delegada
Outra beneficiada com doação do ex-banqueiro foi a delegada, ex-secretária de Segurança Pública da Bahia e ex-vereadora Kátia Alves (União), que tenta retornar à Câmara Municipal de Salvador. Ela recebeu um valor mais modesto: R$ 20 mil. Vale lembrar que Ângelo Calmon de Sá, que não curte político de esquerda, foi ministro da Indústria e Comércio no governo de Ernesto Geisel, na ditadura militar, e secretário de Desenvolvimento Regional durante a presidência de Fernando Collor.
Competitividade e “QI”
O PSD do senador Otto Alencar investe alto nos candidatos a prefeito do partido, levando em conta a competitividade e o “QI”, ou seja, “Quem Indicou”. Em Campo Formoso, apostou R$ 820 mil em Denise Menezes, esposa de Adolfo Menezes, liderança da sigla e presidente da Assembleia Legislativa. Em Itabuna, garantiu R$ 760 mil para a reeleição do prefeito Augusto Castro, favorito. Na vizinha Ilhéus, o prefeito Mário Alexandre (PSD) convenceu Otto a viabilizar R$ 360 mil para o sucessor Bento Lima, tido como “azarão”.
Espera do milagre
Otto, no entanto, tem sido mais duro com os postulantes do PSD tidos como virtuais derrotados nas urnas em outubro. Em Jequié, por exemplo, nada foi destinado para a campanha de Alexandre Iosseff, que tem a tarefa hercúlea de tentar derrotar o prefeito Zé Cocá (PP), que briga pela reeleição. Em Juazeiro, nenhum real do fundo eleitoral do PSD foi depositado até aqui na conta de campanha de Celso Carvalho, mesmo o sendo sobrinho do ex-prefeito Isaac Carvalho (sem partido), o mais novo “melhor amigo” do senador.
O sapo e a língua
Por falar em Juazeiro, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) estará ao lado candidato do MDB, o empresário Andrei Gonçalves, pela segunda vez, em duas semanas. O petista confirmou que vai participar do tradicional desfile da Independência, no sábado (07), na cidade. No dia 24 de agosto, Jerônimo foi a uma caminhada eleitoral com Andrei. Não é à toa que Isaac Carvalho tem falado mal do governador em todo canto. Já disse a aliados que o único compromisso que tem em 2026 é com o presidente Lula (PT).
Carta na manga
Diante do crescimento da prefeita Sheila Lemos nas pesquisas e a possibilidade de vitória no primeiro turno, Jerônimo planeja tirar uma última carta da manga ainda em setembro na disputa eleitoral em Vitória da Conquista, terceiro maior colégio eleitoral da Bahia. Caso o cenário atual se mantenha, ele pretende convencer o deputado federal Waldenor Pereira (PT) a abrir mão da candidatura para apoiar a vereadora Lúcia Rocha (MDB), também da base aliada.
Fato novo
A avaliação de correligionários de Jerônimo é que somente este movimento, ou o inverso – Lúcia sair do páreo para apoiar Waldenor, caso o petista passe ao segundo lugar nas pesquisas -, poderia criar um fato novo forte o suficiente para virar a eleição na Suíça baiana, considerada estratégica pelo Palácio de Ondina. O governador já avisou que enquanto não houver uma candidatura única em Conquista, seja no primeiro ou num eventual segundo turno, ele não pisa os pés na cidade durante o pleito.
Poder de barganha
Crescem os rumores de que o deputado Pablo Roberto (PSDB), companheiro de chapa de José Ronaldo (União) em Feira de Santana não pretende renunciar ao mandato na Assembleia para ser vice, em caso de vitória. A estratégia do tucano seria assumir uma secretaria na gestão, mantendo o mandato parlamentar. Assim, teria maior poder de barganha para negociar a “divisão” do gabinete com o suplente Paulo Câmara (PSDB). Vale lembrar que, se tomar posse como vice, Pablo não pode retomar o mandato de deputado. Como secretário, sim.
Sorte grande
Em 2020, Ricardo Maia Filho (MDB) foi eleito em Tucano, então como o mais jovem prefeito da Bahia. Na época, declarou à Justiça Eleitoral não ter patrimônio. Agora, como candidato à reeleição, informou possuir bens móveis e imóveis que chegam a quase R$ 780 mil. O enriquecimento do emedebista, que é filho do deputado federal Ricardo Maia (MDB), virou resenha na cidade. Dizem até que ele ganhou na loteria, pois a Prefeitura deu sorte. Entre os bens está uma fazenda de R$ 240 mil.
Ciúme eleitoral
Aliados do governador andam irritados com as manobras judiciais do PT para retirar Jerônimo e Lula da propaganda de candidatos a prefeito de partidos da base onde há bate-chapa. Em Lamarão, na região sisaleira, a prefeita petista Pró Ninha, que disputa a reeleição, conseguiu impedir na Justiça Eleitoral que o adversário Dival de Memel (PSD) usasse na campanha as imagens das duas estrelas do 13. Dival, que apoiou o governador em 2022, chegou a pedir autorização ao próprio Jerônimo, mas foi negada.
Convite pelo X
Com o bom humor de sempre, o deputado Samuel Júnior (Republicanos) não perdeu a piada quando o comandante da bancada de oposição na Assembleia, deputado Alan Sanches (União), disse em plenário, nesta terça (03), não saber da reunião de líderes em que foi definido que os parlamentares poderão votar remotamente durante o período eleitoral, notícia revelada em primeira mão pelo Política Livre. “É que o convite ao senhor deve ter sido enviado pelo X, o antigo Twitter”, disse Samuel. A rede social foi suspensa no Brasil por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.
O terror do TJ
O novo corregedor do Tribunal de Justiça da Bahia, Roberto Frank, está criando fama de terror contra os maus juízes baianos. Sob sua gestão, tem detonado vários casos que estavam encobertos, apesar de provas de monta contra os magistrados. Corajoso, é do tipo que não se intimida nem diante de colegas desembargadores. Logo que começou no cargo, enfrentou a presidente Cyntia Resende, eleita em sua mesma chapa, num episódio que teria servido para marcar posição no TJ. Não é preciso dizer que advogados queixosos de juízes problemáticos estão adorando a atuação de Frank.
Estreia de Rui
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), estreou, na noite desta terça (03), na propaganda eleitoral em bloco do candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior. No comercial, o petista destaca as obras que realizou na cidade quando foi governador. Ele garantiu que o emedebista, se eleito, poderá fazer muito tendo Jerônimo e Lula ao lado. Na semana passada, em Brasília, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) cobrou a presença física de Rui na campanha na capital.
Pesadelo soteropolitano
Já na última propaganda em bloco do atual ocupante do Palácio Thomé de Souza, Bruno Reis (União), que concorre à reeleição, Geraldo Júnior foi comparado ao ex-prefeito João Henrique. Com imagens de uma capital sofrida, o recado foi que o 15, número do MDB, virou o “pesadelo” que Salvador não quer viver mais. O detalhe é que João Henrique já deixou o MDB há muito tempo e hoje é candidato a vereador pelo PL, partido da base de Bruno – que, por sinal, também já foi 15.
Pauta rubro-negra
Com pouco trabalho no plenário da Câmara Municipal de Salvador, por conta das eleições, o tema da rápida sessão de segunda (02) entre os vereadores foi a vexatória situação do Esporte Clube Vitória no Campeonato Brasileiro. O vereador Átila do Congo (PMB) responsabilizou o presidente rubro-negro, Fábio Mota, chamado de “arrogante” pelo “rebaixamento inevitável”. Outro torcedor ilustre, Carlos Muniz, emendou: “De luto ainda não estou, mas triste”.
Pitacos
* A vereadora de Salvador Marcelle Moraes aparece no topo da lista dos candidatos na Bahia que mais gastaram com impulsionamento nas redes sociais durante a campanha. Ela já gastou R$ 45 mil para aumentar o próprio engajamento.
* A segunda da lista é Suzana Ramos, prefeita de Juazeiro e candidata à reeleição, que gastou R$ 20 mil com impulsionamento.
* Líder do PSDB na Câmara Municipal de Salvador, o vereador Daniel Alves foi o primeiro beneficiado com recursos do fundo eleitoral do partido. Pingou na conta da campanha R$ 140 mil. Nem o presidente da Casa, o tucano Carlos Muniz, recebeu ainda.
* Já no PDT, a vereadora Roberta Caíres, candidata de ACM Neto (União), foi a que recebeu até aqui a maior fatia entre os que concorrem à reeleição: R$150 mil. Logo depois, aparece Débora Santana, com R$ 100 mil. Anderson Ninho só teve R$50 mil.
* Aliás, Ninho, que é ligado ao deputado Elmar Nascimento (União), recebeu doação menor do que pedetistas sem mandato. Omar Gordilho e Zilton Netto, preferidos dos deputados Félix Mendonça (PDT) e Leo Prates (PDT), ficaram com R$ 100 mil cada.
* O PV vai destinar, em média, R$ 50 mil do fundo eleitoral para os sete candidatos a prefeito do partido na Bahia.
* O vereador Tiago Ferreira (PT), que já foi um crítico da escolha de Geraldo Júnior como candidato do governo em Salvador, abraçou o emedebista no sábado (31), em evento de lançamento de sua campanha, no Subúrbio. Dizem que foi obrigado a convidar o candidato a prefeito.
* Na falta de coisa mais importante a fazer, o deputado estadual Marquinho Viana (PV) apresentou um projeto de lei propondo que o prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), passe a se chamar Palácio Todos os Santos.
* A deputada Lucinha do MST (PT), empossada na Assembleia após a licença médica da titular da cadeira, deputada Maria Del Carmen, pediu ao presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), a criação da Comissão Especial da Promoção da Igualdade.
* Por outro lado, tem comissão já criada e instalada na Assembleia que segue sem funcionar. É o caso do Conselho de Ética. Adolfo admitiu que, se o colegiado já não andava, pior ainda em período eleitoral.
Marasmo de Geraldinho
O marasmo da campanha de rua do candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, incomoda os aliados. O emedebista só participou, por exemplo, de três eventos de vereadores dos partidos da coligação, enquanto o prefeito Bruno Reis (União), que tenta a reeleição, já esteve em 34. Mas Geraldo Júnior não é o único culpado, visto que há concorrentes à Câmara Municipal do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT) acreditando que o emedebista tira votos e, por este motivo, querem ficar a boa distância dele.
Tamanho dos “exércitos”
Entre os poucos candidatos proporcionais que convidaram Geraldo Júnior até aqui para um lançamento de campanha está a vereadora Marta Rodrigues (PT), que tenta renovar o mandato. Ela é irmã de Jerônimo. Já Bruno Reis tem participado diariamente de atos organizados pelo seu “exército”, inclusive de novatos nas eleições. Na semana passada, teve um dia que foi a nove eventos do tipo.
Agenda de rua
Quando a agenda é visita a bairros de Salvador, Bruno Reis leva uma pequena vantagem em relação a Geraldo Júnior. Desde o dia 16 de agosto, quando começou oficialmente a campanha, o prefeito já esteve em nove localidades. O vice-governador, por sua vez, participou de atos de rua em sete. Segundo pessoas próximas ao emedebista, a estratégia é focar na campanha de TV, que começa nesta sexta (30).
Ajuda de custo
A coluna descobriu, junto a fontes próximas do Palácio de Ondina, que Geraldo Júnior será contemplado com R$ 2 milhões do fundo eleitoral, recursos que deve ser encaminhado nos próximos dias pelo diretório nacional do MDB. O valor é bem inferior ao que a direção do União Brasil já encaminhou a Bruno Reis: R$ 10 milhões. O MDB também vai ajudar os postulantes do partido em Vitória da Conquista, a vereadora Lúcia Rocha, e em Juazeiro, o empresário Andrei da Caixa. Ambos devem receber R$ 500 mil.
Prioridades petistas
Levando em conta apenas os dez maiores colégios eleitorais da Bahia, os primeiros candidatos a prefeito do PT que receberam recursos do fundo eleitoral por parte da direção nacional legenda foram Zé Neto (Feira de Santana) e Tito (Barreiras). O primeiro já arrecadou pouco mais de R$ 1,3 milhão, enquanto o segundo foi contemplado até aqui com quase R$ 260 mil. Isso demonstra o quanto vencer em Feira, maior município do interior baiano, é uma prioridade absoluta para a cúpula petista.
Saldo devedor
Em Vitória da Conquista, segundo maior município do interior do Estado, não pingou ainda recursos do fundo eleitoral para o candidato petista, o deputado federal Waldenor Pereira. O parlamentar, por sinal, fez a primeira doação à campanha, no valor de R$ 10 mil, mas já acumula gastos de campanha de quase R$ 900 mil. Em Camaçari e Ilhéus, os postulantes do PT, Luiz Caetano e Adélia Pinheiro, respectivamente, contribuíram do próprio bolso, o primeiro, com R$20 mil, e ela, com R$ 5 mil.
Tombo no líder
Ou o ex-vereador de Salvador Gilberto José tem um irmão gêmeo e ninguém sabia ou anda, como diz o ditado, vendendo gato por lebre. Num intervalo de cinco dias, ele apareceu em fotografias declarando apoio a dois candidatos diferentes ao Legislativo municipal e que concorrem à reeleição. Primeiro, com Kiki Bispo (União). Depois, com Alexandre Aleluia (PL). Será que Aleluia, que tem agido com agressividade na busca pelo apoio de lideranças, deu um “tombo” no líder de Bruno Reis?
Síndico queimado
O vereador de Salvador Sabá (DC) pode ter dado um tiro no pé ao fazer uma parceria política com o síndico de um condomínio com 800 apartamentos na Estrada Velha do Aeroporto. O cabo eleitoral pode perder o cargo a qualquer momento por decisão judicial, em ação movida por moradores. O síndico enfrenta acusações de irregularidades na prestação de contas e vive tentando aumentar a taxa condominial, mas sem sucesso. A mais nova dele é limitar a fala dos moradores na próxima assembleia.
Aposta de Leo
Correligionários de Bruno Reis detectaram o crescimento do candidato a vereador Zilton Netto (PDT), que tem como padrinho político o deputado federal Leo Prates (PDT). Antes visto com poucas chances, até por disputar a primeira eleição, Zilton, que foi coordenador da Codecon, passou a figurar na lista dos três que devem ser eleitos no ninho pedetista. “Leo, que quer ser prefeito e teve quase 90 mil votos em Salvador, não iria dar um tiro no escuro”, disse uma importante fonte do Paço municipal.
Matando a saudade
O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) confirmou a realização, no feriado de 7 de setembro, de mais um ato “patriótico” que promete unir a direita de Salvador. O evento, marcado para começar às 9h, no Farol da Barra, deve juntar uma turma conservadora que não se “bica”, sobretudo em ano eleitoral. Candidatos do PL à Câmara Municipal confirmaram presença, a exemplo de Alexandre Aleluia, que tenta a reeleição, e o ex-vereador Cézar Leite, querido por poucos na sigla bolsonarista.
Elmar fortalecido
O deputado Elmar Nascimento (União) acredita que pode receber ainda essa semana apoio formal do presidente da Câmara , Arthur Lira (PP-AL), na disputa pelo comando da Casa, na eleição que acontece em fevereiro de 2025. Segundo aliados do parlamentar na Bahia, a posição do presidente Lula (PT) na reunião com líderes, na segunda (26), favoreceu Elmar, enfraquecendo o outro baiano na disputa, Antônio Brito. Na ocasião, Lula disse que não vai interferir no processo.
Gesto de lealdade
Titular da Secretaria Municipal de Promoção Social de Salvador, Júnior Magalhães chegou a colocar o cargo à disposição quando informou a Bruno Reis e ao antecessor ACM Neto (União) que a mãe, Tonha Magalhães (Avante), iria compor a chapa da candidata do PT em Candeias, Marivalda da Silva. O gesto de lealdade de Júnior pesou a favor dele e a demissão sequer foi cogitada. O entendimento de Bruno é que quem aproximou Tonha do PT foi o atual prefeito de Candeias, Pitágoras Ibiapina (PP).
Planos adiados
O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), assegurou a aliados próximos que, se reeleito em outubro, vai concluir inteiramente o segundo mandato. Com isso, descarta ser candidato a deputado estadual ou federal em 2026. Existe a especulação de que Cocá almeja uma cadeira na Câmara Federal, mas os planos podem ser adiados para 2030. Por isso, ele escolheu como companheiro de chapa o sobrinho Flávio Santana (União), visando prepará-lo como sucessor natural.
Viabilidade eleitoral
Líder do governo estadual na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) acredita que Jerônimo vai anunciar em breve o apoio à candidatura de Adélia Pinheiro em Ilhéus, mesmo contrariando o prefeito Mário Alexandre (PSD), que é da base, mas lançou como sucessor Bento Lima (PSD). Segundo Rosemberg, o governador vai esperar até o próximo dia 31 por uma pesquisa que aponte a viabilidade eleitoral de Bento. Caso isso não fique demonstrado, fará a declaração pública em favor de Adélia.
Prefeito caloteiro
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e outros órgãos de controle estão recebendo inúmeras denúncias contra um prefeito baiano acusado de não pagar a ninguém e que gosta de viver, como se diz no interior, entre Rios. O cidadão está repleto de dívidas, inclusive com um conhecido empreiteiro baiano que realizou obras no município do gestor. A suspeita é que o tal prefeito busca extrair dividendos eleitorais de obras que não são pagas.
Pitaco
* O PSD decidiu destinar R$100 mil de fundo eleitoral para os vereadores que são candidatos à reeleição em Salvador. Os que são postulantes e não têm mandato vão receber entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, a depender do potencial.
* Candidato a vereador pela Rede, Humberto Neto, ex-chefe de Gabinete da Conder, decidiu adotar o roxo na campanha. O problema é que a cor também é a mesma utilizada pela vereadora Roberta Caires (PDT), o que tem confundido lideranças.
* “Quando chega a turma das bandeiras de roxo, a gente primeiro pergunta se é do homem ou da mulher, porque a gente nunca sabe. Isso tem confundido os apoiadores dos dois”, contou um líder comunitário ligado a Humberto.
* Presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça ironizou a ação movida por Henrique Carballal, que é pedetista, embora aliado de Jerônimo, contra o comandante do PV baiano, Ivanilson Gomes, acusado de cometer difamação (clique aqui para entender).
* “Se depender da campanha de Geraldo Júnior, não vai ter bate-chapa em Salvador, mas sim bate-cabeça”, afirmou Félix à coluna. Tanto Henrique quanto Ivanilson são coordenadores da campanha do emedebista. O “verde” acusou o pedetista de racismo.
* Em Juazeiro, o ex-prefeito Isaac Carvalho (PT) disse que o sobrinho, Celso Carvalho (PSD), candidato a prefeito, pode desistir da disputa e apoiar o empresário Andrei da Caixa (MDB) se houver um pacto baseado em quem aparece melhor nas pesquisas.
* Por falar em Juazeiro, o deputado estadual Roberto Carlos (PV) admitiu que estava disposto a apoiar a esposa de Isaac, Ellen Carvalho, se a mesma fosse viabilizada candidata no PT. “Mas essa tese não prevaleceu na federação e nem na base”, disse.
* O candidato do União Brasil à Prefeitura de Alagoinhas, Paulo Cezar, denunciou ao Ministério Público Eleitoral que foi alvo de ameaças de morte veiculadas em grupos de WhatsApp.
* O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) apresentou um projeto de lei que torna dispensável o registro no Conselho Regional de Educação Física para o exercício da docência na Bahia
* Outro projeto que passou a tramitar na Assembleia, enviado por Jerônimo, é o que cria o Fundo Permanente para a Defesa Civil.
Cheio da grana
Entre os deputados baianos que são candidatos a prefeito ou a vice nas eleições deste ano, sejam da Assembleia Legislativa ou da Câmara Federal, aquele que declarou maior patrimônio à Justiça Eleitoral foi o deputado estadual Raimundinho da JR (PL), que está na disputa em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Ele informou bens que somam mais de R$12,1 milhões, sendo a maior parte, cerca de R$7,1 milhões, oriundos de 95% das cotas da empresa JR Empreendimentos Ltda.
Segue a lista
A lista é seguida pelo deputado federal Zé Neto (PT), que é candidato em Feira de Santana e declarou mais de R$ 3,9 milhões, e pelo deputado estadual Eures Ribeiro (PSD), postulante em Bom Jesus da Lapa e que informou um montante superior a R$ 1,2 milhão. O quarto mais “rico” é o deputado federal Waldenor Pereira (PT), concorrente em Vitória da Conquista, com pouco mais de R$ 1 milhão em patrimônio.
Mais pobres
Entre os mais “pobres” está a deputada estadual Cláudia Oliveira (PSD), candidata em Porto Seguro, que declarou R$ 344 mil, curiosamente um valor pouco abaixo do que o prefeito do município, Jânio Natal (PL), postulante à reeleição, informou ter guardado em espécie. A lista é fechada pelos deputados estaduais Pablo Roberto (PSDB), candidato a vice-prefeito em Feira com declaração de R$ 281 mil arredondados, e Pancadinha (Solidariedade), que garantiu ter apenas R$ 21 mil numa conta-salário.
Prejuízo da vereança
No jogo de ilusões da declaração de bens à Justiça Eleitoral, dos 42 vereadores de Salvador que são candidatos à reeleição, 13 informaram ter ficado mais “pobres” entre o pleito de 2020 e o de outubro próximo. Outros 26 disseram ter elevado o patrimônio e outros e três repetiram não ter qualquer tipo de bem no próprio nome: Roberta Caíres (PDT), Átila do Congo (PMB) e Sandro Bahiense (PP).
Perde e ganha
Como já divulgou a imprensa, o vereador com mais bens declarados é Alfredo Mangueira (Republicanos). Só que, em números arredondados, o patrimônio dele caiu de R$ 7,3 milhões para R$ 5,1 milhões entre 2020 e 2024. Outros três edis registraram crescimento patrimonial partindo do R$0: Marcelo Maia (DC), hoje com R$ 906 mil; André Fraga (PV), agora com R$ 448 mil; e George Gordinho da Favela (PP), atualmente com R$ 42,2 mil.
Bateu o desespero
Preocupado com a reeleição da esposa, a vereadora Débora Santana (PDT), o comunicador Uziel Bueno anda atirando para todo lado. Esta semana, partiu para cima do presidente da Associação Comunitária do Marback e Imbuí, Ricardo Justo, que é candidato a uma cadeira na Câmara Municipal pelo mesmo partido de Débora. Em um programa de rádio, Uziel afirmou que Ricardo se comporta como “dono” da entidade. Gerou mal estar no ninho pedetista.
Bruxo em ação
O senador Jaques Wagner (PT) articula para atrair novamente o PP para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Wagner tem mantido conversas até com o secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão, uma das principais lideranças do partido no Estado e com influência junto ao presidente nacional da legenda, o senador Ciro Nogueira (PI). Embora esteja rompido com o pai do secretário, o deputado federal João Leão (PP), Wagner tem uma boa relação com Cacá.
Como nuvem
Apesar das especulações, ainda não há negociação concreta entre Jerônimo e o PP, que na Bahia é comandado pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior. As conversas objetivas só devem ocorrer depois das eleições de outubro. Embora Cacá hoje defenda que os pepistas sigam na oposição e ao lado do grupo do prefeito Bruno Reis (União) e do antecessor ACM Neto (União), Wagner sabe que isso pode mudar. Até porque o secretário de Governo da Prefeitura será candidato a deputado federal em 2026 no lugar do pai.
Fazendo conta
No final da semana passada, jantaram na Casa Vidal, restaurante português de Salvador, os deputados Antonio Brito, Gabriel Nunes e Diego Coronel, todos do PSD. A pauta do encontro foi a eleição à presidência da Câmara Federal. Nas contas do trio, o apoio dos evangélicos pode ser decisivo. Por isso, Brito deve se aproximar mais do presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), que também é candidato. Quem sair da disputa ou não avançar a um eventual segundo turno, apoiaria o outro.
Olho gordo
Os irmãos Vieira Lima estão decididos a lançar, em 2026, um candidato a deputado federal próximo da família. Geddel prefere o nome de Lúcio, mas a tendência é que o escolhido seja o primo Jayme Vieira Lima Filho, que assumiu o comando do MDB na Bahia e a chefia da Cerb. Os Vieira Lima tentam convencer Jayme, que é advogado, a aceitar o desafio. A candidatura é estratégica até para afastar o “olho gordo” do deputado federal Ricardo Maia, único representante do MDB na Câmara pela Bahia, sobre o comando da legenda.
Agressor de mulheres
Em discurso nesta terça (13), o líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), cobrou uma reação da sociedade contra os casos de violência às mulheres. Ele citou a morte da delegada Patrícia Aires e lamentou que existam candidatos a prefeito com histórico de agredir as companheiras, citando Coaraci, no sul. Indiretamente, ele se referiu ao empresário Célio Passos, que, embora seja do PT, é adversário de Rosemberg. “O que um cidadão como esse não vai fazer com outras pessoas da cidade?”, provocou.
Montando a equipe
Ligado ao deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), o ex-vereador de Paulo Afonso Mário Galinho (PSD), que é candidato a prefeito na cidade este ano, tem sido alvo de críticas, inclusive de aliados, porque teria deixado as decisões importantes da campanha a cargo do ex-prefeito Raimundo Caires, a quem se acusa de ter firmado parceria com um grupo empresarial “estrangeiro” com interesse em prestar serviços no município. O ex-prefeito, que foi responsável pela extinção da Ceasa e do Parque de Exposições de Paulo Afonso, já é apresentado por Galinho como seu futuro secretário da Fazenda.
Queda e coice
A decisão do TSE de impugnar nesta terça (13), por unanimidade, a candidatura do advogado Leandro Gesteira à vaga de desembargador do TRE baiano colocou a OAB-BA num impasse: abrir ou não uma investigação contra o profissional, acusado na ação que resultou na sua impugnação de inidoneidade. Teria, no entanto, a instituição peito para enfrentar o grupo de desembargadores que bancou a candidatura de Gesteira, ainda mais depois dos boatos de que estiveram por trás da artilharia contra o advogado setores da própria Ordem baiana?
Na mira
Na noite de ontem (13), juristas disseram à coluna que, mais do que uma lição pública sobre a importância da conduta pessoal de quadros que planejam concorrer à magistratura, a decisão do TSE contra Gesteira foi um duro recado ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) quanto à necessidade de observar os mesmos requisitos na hora de escolher novos membros para o Judiciário. Um deles, baiano radicado em Brasília, chegou a relatar perceber o crescimento, de novo, de um sentimento contra o tribunal baiano em órgãos federais.
“Ur Grace!”
Foi motivo de toda sorte de piadas, dentro e fora do TJ-BA, um decreto recente exigindo que desembargadores e juízes sejam tratados por “Sua Excelência”. O autor da ideia seria o novo secretário-geral da Presidência, Pedro Vieira da Silva Filho. Nos corredores do Tribunal, depois da iniciativa, ele passou a ser chamado de “Ur Grace”, deferência com que se referem aos Duques, segundo posto mais importante na nobreza depois do dos príncipes.
Pitacos
* A direção estadual da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) se reuniu nesta terça (13) em Salvador e mais uma vez não conseguiu chegar a um entendimento sobre qual será o candidato das três siglas em Juazeiro. Um novo encontro ocorre hoje.
* Houve, no entanto, uma mudança no PV, que decidiu agora retirar a candidatura do deputado estadual Roberto Carlos para apoiar o nome do MDB, Andrei Gonçalves. Pesou na posição do ex-deputado federal da legenda Edson Duarte, que é de Juazeiro.
* O deputado federal Ricardo Maia (MDB) deve romper, ao menos em Tucano, a parceria política com o deputado estadual Rogério Andrade (MDB). Maia avalia que a “dobradinha” favoreceu muito mais o aliado de partido e que ganhou pouco com isso.
* A vereadora de Salvador Laina Crisóstomo (PSOL) demonstrou toda ousadia numa publicação no Instagram com o objetivo de encorajar outras mulheres a “romper o que as prendem, as encarceram, as limitam”.
* Ex-secretária de Segurança da Bahia, Kátia Alves, candidata a vereadora pelo União Brasil, tem sido implacável nas críticas ao governo baiano por conta do aumento da violência na capital. Mas também não deixa de apresentar propostas ao setor.
* Para o presidente do PV em Candeias, Toni Gleidson, foi um “gol de placa” da candidata a prefeita Marivalda da Silva (PT) a escolha da ex-adversária e ex-prefeita Tonha Magalhães (Avante) como companheira de chapa. “Somam forças”, disse.
* Prefeito de Jequié e candidato à reeleição, Zé Cocá (PP) decidiu lançar uma enquete na internet para que os seguidores o ajudem a escolher a foto da urna. Uma das opções, a do “loiro pivete”, tem dado o que falar.
* Assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, Célio Machado foi agraciado na semana passada com o título de cidadão de Muritiba, em função dos serviços prestados ao município.
Alertas ao governador
Além das três ressalvas contidas no relatório, ao aprovar a contabilidade do primeiro ano de gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT), nesta terça (06), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também fez seis alertas ao petista, aos quais a coluna teve acesso. Um deles cita a existência de “despesas inelegíveis no cálculo do Índice de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), no montante de R$113,2 milhões”. Outro aborda problemas nos registros de execução dos processos de precatórios.
Distorções e subavaliação
Os auditores do TCE alertaram, ainda, para distorções causadas pelo uso indevido do registro de Despesas de Exercícios Anteriores (DEA); assunção de obrigações diretas superiores aos créditos orçamentários em quatro secretarias; e subavaliação dos restos a pagar, no valor de R$214 milhões. O Tribunal apontou também fragilidade nos procedimentos de planejamento, monitoramento e avaliação das ações de políticas públicas.
Matando a saudade
Parte do G10, bloco informal de dez parlamentares da Assembleia, se reuniu em um almoço nesta terça-feira (06), quando os trabalhos na Casa foram de fato iniciados após o período das convenções partidárias. Colocaram o papo em dia os deputados Ângelo Coronel Filho (PSD), Raimundinho da JR (PL), Luciano Araújo (Solidariedade), Vitor Azevedo (PL), Felipe Duarte (PP) e Hassan (PP). Ausentes os deputados Niltinho (PP), Laerte do Vando (Podemos), Nelson Leal (PP) e Antonio Henrique Júnior (PP).
Adesão do PP
Por falar em Felipe Duarte, ele não acredita numa adesão integral do PP ao governo Jerônimo Rodrigues logo depois das eleições municipais, como defende a maior parte da legenda. “Eu acho difícil que haja um caminho só ainda este ano, embora seja governista. Não tenho essa perspectiva de que haja uma harmonização com o grupo de João Leão (deputado federal) e Cacá Leão (secretário de Governo da Prefeitura de Salvador), que querem seguir na oposição”, declarou o parlamentar, que deve migrar para o Avante em 2026.
Abraço e dancinha
A convenção que confirmou a candidatura à reeleição do prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), no sábado (03), foi marcada pela reaproximação entre ACM Neto (União) e o ex-ministro João Roma (PL). Além de dividirem o palanque, os dois se abraçaram e Neto chegou a insinuar um convite para que Roma fizesse uma dancinha ao lado dele e de Ednaldo no palco. Apoiado pelo prefeito, o deputado estadual Niltinho (PP) não foi para não se misturar aos líderes oposicionistas.
Quem avisa…
A turma do marketing que perdeu a sugestão para que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) usasse um ponto eletrônico ao invés dos prompters (letreiros) que acabaram colocados no palco em que discursou na convenção do último domingo (04) comemorou discretamente os percalços do candidato do governo estadual à Prefeitura de Salvador durante o evento. Aos risos, alguns fizeram alusão ao ditado segundo o qual “quem avisa, amigo é”.
Sombra de Bruno
O principal temor daqueles que não queriam de jeito nenhum ver o candidato com um ponto eletrônico era de que os adversários usassem a imagem para alegar que se Geraldo não tem condição de discursar com espontaneidade num evento público sobre a cidade, apesar de anos na vida pública, não teria também capacidade para ser prefeito. O emedebista foi ao próprio evento sob a sombra do prefeito Bruno Reis (União Brasil), cuja performance na convenção do União Brasil havia sido elogiada pelos aliados.
Fugindo da polêmica
Parte dos vereadores de Salvador defendem que a Câmara não vote, durante o período eleitoral, projeto de autoria dos próprios edis. Com isso, esperam evitar polêmicas que gerem desgastes aos “representantes do povo” até o fechamento das urnas. A ideia é que sejam apreciadas apenas iniciativas de menor risco, como resoluções e indicações. Há, ainda, quem defenda que projetos polêmicos do Executivo também tenham a apreciação adiada, sobretudo na área ambiental.
Chá de sumiço
Vereadores da base de Bruno Reis se queixam da dificuldade em conseguir uma audiência com o chefe de Gabinete da Prefeitura, Francisco Elde. Um dos edis disse à coluna não acreditar que o “sumiço” se deva aos compromissos de Elde como presidente estadual do PRD, função que exerce desde fevereiro. Afinal, Igor Dominguez, outro assessor de Bruno e que preside o DC no Estado, segue recebendo normalmente os aliados do prefeito para tratar de obras demandadas pelos vereadores.
Briga de foice
A avaliação nos corredores da Câmara de Salvador é que o vereador Sidninho (PP) terá dificuldades para se reeleger. A concorrência é alta no ninho pepista, que deve ficar com até quatro vagas. É apontado como primeiro da fila o vereador Maurício Trindade, seguido do comunicador Jorge Araújo, que tenta o primeiro mandato e recebeu mais de 23 mil votos só na capital na eleição de 2022 para deputado federal. A briga de foice se dá entre os vereadores George Gordinho da Favela, Sandro Bahiense e Sidninho.
Custo André Fraga
Como mostrou o Política Livre (clique aqui para ler), dentro da Federação Brasil da Esperança em Salvador, ficou com o PV a tarefa de inscrever o maior número de candidatos a vereador (17, contra 16 do PT e 11 do PCdoB). Ou seja, coube aos “verdes”, que não têm candidaturas tão competitivas quanto os petistas, fazer a chamada “rabada” do grupo para ajudar os outros dois partidos a eleger representantes. A operação foi chamada de “custo André Fraga”, em referência ao vereador do PV, que apoia Bruno Reis (União Brasil).
Casa de apostas
Há quem aposte as fichas de que o ex-deputado e ex-vereador David Rios, que está no MDB, será o candidato mais bem votado na disputa por uma cadeira na Câmara de Salvador este ano. Em 2022, ele teve quase 50 mil votos apenas na capital na corrida malograda pela reeleição na Assembleia. Os contrários a essa tese argumentam, no entanto, que a eleição municipal é diferente, e mais: parte das lideranças que apoiavam David agora concorre contra ele no pleito.
Intervenção divina
Durante convenção do MDB em Araci, o deputado federal Ricardo Maia (MDB) afirmou, no palanque, que o grupo que lidera irá, em caso de vitória, demitir todos os nomeados pela Prefeitura e substituir os ocupantes dos cargos de confiança por aqueles presentes no evento e que apoiavam a candidatura do irmão dele, o emedebista Zelito Maia. A fala pegou tão mal que Zelito, acusado de ser um “estranho no ninho” no município, uma vez que sempre viveu em Ribeira do Pombal, se ajoelhou e pediu intervenção divina. Assista abaixo!
Drama infinito
Presidente do PV baiano, Ivanilson Gomes acredita que a definição sobre quem será o candidato da Federação Brasil da Esperança à Prefeitura de Juazeiro ficará a cargo da direção nacional. “Na estadual, vai acontecer a mesma coisa, cada partido defendendo sua posição. Então, isso será nacionalizado. Na nacional, posso adiantar que o PV vai manter a mesma posição em favor de que o candidato seja o deputado estadual Roberto Carlos, do partido”, avisou.
Pendenga do norte
Ainda sobre Juazeiro, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) revelou à coluna que conversou esta semana com o governador sobre a pendenga da base aliada no município. O emedebista afirmou que estava disposto a apoiar o candidato do PT, o ex-prefeito Isaac Carvalho, se o mesmo resolvesse as pendências na Justiça e se tornasse elegível, o que não ocorreu. Geddel declarou que é impossível para o MDB retirar do páreo o empresário Andrei Gonçalves, filiado à sigla e cuja candidatura ganha musculatura, para apoiar um competidor sub judice.
Pitacos
* Em entrevista a uma rádio esta semana, Geraldo Júnior disse que votou em Jair Bolsonaro (PL) em 2018 a mando de ACM Neto. O irônico é que uma das principais críticas do emedebista a Bruno Reis é de que o prefeito só faz o que Neto manda.
* Por falar em Geraldo Júnior, o vereador Duda Sanches (União) provocou o adversário em conversa com a coluna. “Não vejo a campanha do vice-governador nas ruas da cidade. Não sinto essa presença, o que não incomoda ninguém”.
* Já o vereador Tiago Ferreira (PT), que já foi um dos petistas mais críticos à escolha do nome de Geraldo Júnior como candidato do governo, rebateu. “A militância se engajou na campanha em Salvador e esse movimento vai crescer. As pesquisas já mostram”.
* Pai de Geraldo Júnior, o ex-vereador Super Geraldo insistiu até o último instante junto ao filho e aos Vieira Lima para ser candidato a uma cadeira na Câmara Municipal este ano pelo MDB. Para evitar ciumeiras e por motivos de saúde, o pedido foi negado.
* Seguem fortes as queixas entre os vereadores da base de Bruno Reis de que atores da Prefeitura priorizam eleger o ex-presidente da Limpub Omar Gordilho (PDT) e reeleger os edis Roberta Caires (PDT) e Kiki Bispo (União).
* Além de cuidar da organização da campanha da federação PSDB/Cidadania em Salvador e de ser o Ouvidor-geral do município, Jean Sacramento, homem da confiança do vereador tucano Carlos Muniz, ainda arruma tempo para cursar medicina.
* Aliás, dos 44 candidatos a vereador da federação encabeçada pelos tucanos, nove são do Cidadania. Do total geral, apenas três nomes nunca foram testados nas urnas. A expectativa mais realista é que o grupo eleja de cinco a seis representantes.
* Quem pode pagar o preço por ter apostado as fichas em montar o próprio partido para disputar a reeleição é o vereador Átila do Congo, presidente do PMB na Bahia. Colegas de Câmara avaliam que a sigla pode não eleger ninguém. E tem gente vibrando.
* Causou estranheza a ausência de ACM Neto na convenção que confirmou a candidatura do vereador Otoniel Teixeira (União) à Prefeitura de Barreiras, principal município do oeste do Estado. Neto participou de eventos do tipo em diversas cidades.
* Do União Brasil, o deputado estadual Marcinho Oliveira subiu no mesmo palanque de Jerônimo durante a convenção que confirmou a candidatura de Zé Filho (PSD) a prefeito de Riachão do Jacuípe. Mas isso não é mais novidade!
Roma e o tribunal
Presidente do PL na Bahia, João Roma não tem a menor intenção de levar adiante o pedido do deputado federal Capitão Alden de expulsar da legenda parlamentares aliados ao PT (clique aqui para ler). Em entrevista recente, Roma afirmou que, embora se apegue às bandeiras bolsonaristas, “partido não é tribunal”. E tem mais: o dirigente sabe que a expulsão agradaria os deputados estaduais Vitor Azevedo e Raimundinho da JR, que ficariam livres para entrar numa sigla mais próxima do governo.
Olho nos suplentes
Raimundinho da JR é pré-candidato visto como competitivo à Prefeitura de Dias D’Ávila. Caso vença, o PL se livra de um aliado do PT na Assembleia e pode emplacar mais um bolsonarista convicto na Casa, o suplente Coronel França. Só que o coronel é candidato a prefeito de Teixeira de Freitas. Caso vença, nada muda na Assembleia, uma vez que assumiria Kátia Bacelar (PL), irmã do deputado federal Jonga Bacelar (PL), que já aderiu ao governo Lula (PT) e não dá a mínima para as queixas de Capitão Alden.
Aumento da concorrência
Aliás, o que se diz nos corredores da Assembleia é que, para os representantes legítimos do bolsonarismo, Diego Castro (PL) e Leandro de Jesus (PL), a pior hipótese é que Coronel França assuma a cadeira de deputado. Isso aumentaria a vaidosa disputa pelo protagonismo do discurso conservador na Casa, que já existe entre os dois parlamentares, embora publicamente de forma civilizada. Mas nos bastidores…
No ‘ponto’
A equipe de marketing de Geraldo Júnior (MDB) está fortemente tentada a usar um ponto eletrônico no emedebista durante a convenção que vai homologar a candidatura dele, neste domingo (4), na Arena Fonte Nova. O grupo teme que, apesar do ‘esforço’ do postulante e daqueles que tentam prepará-lo para discursar no evento, o vice-governador descambe, como é de costume, para o “lero, lero” se ficar solto, virando com isso alvo de mais críticas. Uma avaliação de custo-benefício precederá a decisão que for tomada.
Disputa em casa
Como já revelou a coluna, há uma disputa petista antecipada entre a agora deputada federal Elisângela Araújo e o chefe de gabinete Lucas Reis pela preferência do senador Jaques Wagner (PT) na corrida por uma cadeira na Câmara em 2026. O segundo é apontado como nova aposta de renovação do senador e tem, inclusive, comandado o direcionamento das emendas do chefe. Elisângela terá dificuldades até para receber novamente o voto do presidente do PT baiano, Éden Valadares, que articula em favor de Lucas, embora o chefe de gabinete negue qualquer divergência com a deputada.
Força de Adolfo
Presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD) mostrou força na convenção da esposa, Denise Menezes (PSD), no domingo (28), em Campo Formoso. Além de garantir as presenças do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do senador Jaques Wagner (PT), exibiu um vídeo do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmando que estará presente fisicamente na campanha a favor de Denise e contra o prefeito Elmo Nascimento (União), irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União).
Gesto de gratidão
Rui havia confirmado presença na convenção de Denise, que comanda voluntariamente o projeto Assembleia de Carinho, no Legislativo baiano. Ele justificou a ausência alegando problemas de agenda. Ao garantir que participará fisicamente da campanha em Campo Formoso, o que não fará nem em Salvador, o ministro faz um gesto de gratidão ao apoio que sempre teve de Adolfo, inclusive para que a ex-primeira-dama Aline Peitoxo se tornasse conselheira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Queda de altura
Foi publicada no Diário do Legislativo desta quarta (31) a licença médica, por 180 dias, da deputada Maria Del Carmen (PT). O atestado de saúde aponta para uma doença grave que atinge a coluna da petista, provocando fortes dores e “múltiplas quedas da própria altura” nos últimos anos. A suplente Lucinha do MST (PT) foi convocada a assumir o mandato pelo período. Oficialmente, a Assembleia reabre após o recesso nesta quinta (01), mas as sessões só começam efetivamente semana que vem.
Intrigados de Guanambi
Não coloquem na mesma mesa o deputado federal Charles Fernandes (PSD) e a deputada estadual Ivana Bastos (PSD). Além de questões locais em Guanambi, os dois começaram a se desentender quando Ivana cravou que vai concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026, se chocando com os interesses do antigo aliado. Os dois, inclusive, nem se cumprimentam mais. Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar deve tratar da questão depois das eleições municipais.
Especulação de Elmar
O deputado federal Leur Lomanto Júnior não acredita no apoio do partido dele, o União Brasil, à reeleição do presidente Lula, em 2026, ainda que os petistas apoiem a candidatura de Elmar Nascimento, líder da legenda, à presidência da Câmara, em fevereiro de 2025. “Defendo a candidatura à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é do partido”, pontuou à coluna. Ele considerou que a hipótese de apoio a Lula, levantada pelo próprio Elmar, não passa de especulação.
Mudança de lado
Embora o símbolo do partido estivesse estampado no convite da convenção de José Ronaldo (União) em Feira, realizada nesta terça (30), o PDT não marcou presença no evento e caminha mesmo para mudar de lado e fechar apoio à candidatura do deputado federal Zé Neto (PT). Os pedetistas ficaram insatisfeitos com a escolha do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) para a vice, pois havia a promessa de que fariam a indicação.
Neutralidade esquecida
O PT em Coité, região sisaleira, não gostou nada do vídeo gravado esta semana por Jerônimo Rodrigues ao lado da pré-candidata do PSD à Prefeitura, Val. O governador afirmou que estava na torcida pela vitória da aliada, sendo que o PT tem postulante em Coité, o ex-prefeito Assis – por isso, Jerônimo havia prometido ficar neutro na disputa. Também participaram da gravação o vereador Betão, candidato a vice na chapa e expulso do PT por não acompanhar Assis, e o deputado estadual Alex da Piatã (PSD), esposo de Val.
Contramão sisaleira
Em São Domingos, também na região sisaleira, o PT decidiu apoiar a candidatura do ex-prefeito Izaque Rios (MDB) ao Executivo municipal. Em 2022, Izaque caminhou com ACM Neto (União) para governador e chegou a publicar nas redes sociais que “a Bahia não suportava mais tanto descaso” e que “era hora de mudar”. O adversário no município é o atual prefeito Ilário Carneiro (PSD), que tentará a reeleição e, em 2022, marchou com Jerônimo.
Boicote político
Em conversa com a coluna, Ilário afirmou não entender a escolha do PT em “apoiar um adversário do governador, que votou em ACM Neto e Jair Bolsonaro (PL)”. E ainda acusou Izaque, que controla a maioria da Câmara de Vereadores da cidade, de articular para impedir a aprovação de crédito orçamentário especial visando colocar uma escola municipal que custou R$ 8,8 milhões para funcionar. “Tudo isso para tentar me prejudicar, com a ajuda do PT”, declarou o aliado de Otto Alencar.
A “causa” da OAB
A OAB baiana aproveitou o Mês da Advocacia, agora em agosto, para surpreender com o lançamento de uma campanha de outdoor no Estado. Embora não tenha ficado claro quem é a “causa” da instituição – se o cidadão ou o advogado -, está evidente que o grupo que atualmente a comanda se movimenta para tentar se manter no poder nas eleições de novembro, não importa quem seja o seu candidato, que ainda não foi claramente definido.
Pitacos
* A exemplo de ACM Neto em 2022, o prefeito Bruno Reis (União) também se declarou como pardo no registro da candidatura junto à Justiça Eleitoral.
* O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) homenageou o falecido Herzem Gusmão, ex-deputado e ex-prefeito de Vitória da Conquista, com uma foto antiga em um palanque ao lado de ACM Neto. Os maldosos disseram que bateu a saudade.
* Entre os deputados federais do PP, João Leão é o único que não aceita dialogar com Jerônimo Rodrigues visando a adesão total do partido ao governo do Estado. Embora próximo de Bruno Reis, Cláudio Cajado também já sinalizou que conversa com o petista.
* Ao mesmo tempo em que acusa de autoritárias as manobras do inelegível Isaac Carvalho (PT) para ser candidato em Juazeiro, Davison Magalhães, ex-presidente do PCdoB e secretário de Jerônimo, parabeniza o ditador Nicolas Maduro pela “vitória” no domingo.
* Durante a convenção de Bruno Reis, o ainda magoado deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) tomou cuidado para não aparecer em nenhuma foto ao lado da vereadora Débora Régis (União), candidata em Lauro de Freitas.
* A prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo (PDT), acha que merece medalha olímpica pagar o salário dos servidores em dia. Para anunciar a notícia, tentou ‘mitar’ nas redes parodiando Gabriel Medina. É pouco para quem busca o segundo mandato.
* O MDB trabalha com três nomes para a vice do deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) em Itabuna: o do presidente municipal da sigla, Diego Pitanga; o do ex-secretário Coronel Serpa e o da ex-vereadora Charliane Souza.
* O prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), tenta atrair a todo custo para o palanque Raissa Soares (PL), principal liderança bolsonarista no Estado. Ele acredita que assim pode vencer a reeleição em outubro. Os dois romperam após Jânio flertar com o PT.
* O PSDB aposta na eleição de Dudu Magalhães, sobrinho do ex-deputado Jutahy Magalhães, para uma cadeira na Câmara Municipal. Esta semana, Dudu e Jutahy trataram do pleito com Bruno Reis e o antecessor ACM Neto (União).
* Nas contas do deputado federal bolsonarista Capitão Alden, o PL vai eleger de três a quatro vereadores em Salvador. Todos conservadores, assegura. Na lista do partido, entrou até o polêmico Capitão André Porciuncula.
Feridas abertas
Não é só o PSD que anda irritado com o empenho do senador Jaques Wagner (PT) em ampliar o número de prefeitos petistas na Bahia. Há um sentimento em outros partidos de que os movimentos do “bruxo” podem abrir feridas de difícil cicatrização nas eleições de 2026, prejudicando a união do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Isso porque o senador tem subido em palanques do PT em municípios considerados estratégicos onde há outros concorrentes da base.
Trator Wagner
Recentemente, Wagner participou de atos de pré-campanha em cidades como Bom Jesus da Lapa, Ilhéus, Juazeiro e Conceição do Coité. Em Juazeiro, quinto maior colégio eleitoral, o senador foi ao evento do ex-prefeito Isaac Carvalho (PT), mesmo o petista estando inelegível, o que irritou de uma só vez lideranças do PCdoB, do PV, do MDB e do PSB, siglas com pré-candidatos. “Esse trator Wagner pode atrapalhar, em muito, a unidade lá na frente”, avaliou um deputado da base.
Partido puxador
No final da semana passada, num painel eleitoral organizado pelo PT em Salvador, Wagner deixou claro o objetivo em discurso para a militância e os pré-candidatos da sigla. “Nós precisamos aumentar o número de prefeituras do Partido dos Trabalhadores na Bahia inteira. Esse partido é o puxador”, disse. O senador estava ao lado de Jerônimo e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Tríplice coroa
Depois desse evento do PT em Salvador, a tríplice coroa petista na Bahia – Wagner, Jerônimo e Rui – se reuniu reservadamente no Palácio de Ondina, a convite do governador. Segundo informações de bastidor, os três estão em sintonia com o projeto de fortalecer o partido nas eleições municipais. O pleito de 2026 também deve ter virado assunto, uma vez que Wagner colocou, logo depois, Rui no páreo na corrida por uma das cadeiras ao Senado, como revelou o Política Livre (clique aqui para ler).
Bandas do sertão
Quem anda irritado com a “sede de poder” do PT nas eleições municipais é o deputado federal Ricardo Maia (MDB). Nos dois principais redutos do parlamentar – Tucano e Ribeira do Pombal –, os petistas lançaram pré-candidatos com baixa pontuação nas pesquisas, enquanto o parlamentar, que é da base de Jerônimo, tem dois prefeitos na disputa pela reeleição: Ricardo Maia Filho (MDB) e Eriksson Silva (MDB). O deputado acha que é tratado como oposição.
Chilique no oeste
Secretária estadual de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira (PSD) deu um chilique no lançamento da pré-candidatura do ex-deputado federal Tito (PT) à Prefeitura de Barreiras, no final da semana passada. Irritada ao saber da iminência do anúncio de que o vice do seria Emerson Cardoso (Avante), chegou a bater boca com o chefe da Casa Civil, Afonso Florence (PT). A cena aconteceu no fundo do palco do palanque do evento. O secretário estadual e Relações Institucionais, Jonival Lucas, foi testemunha.
Golpe no estômago
O episódio foi tão constrangedor que Jusmari, tão indignada que teria ameaçado um desmaio, sequer discursou no evento, que contou com a presença de Jerônimo. A secretária tinha certeza de que caberia a ela, que retirou o nome da disputa para apoiar Tito, a indicação do vice. Emerson, por sinal, ocupa o posto atualmente na gestão do prefeito Zito Barbosa (União), com quem rompeu porque foi preterido de ser lançado sucessor. Após o rompimento, ele trocou o União Brasil pelo Avante.
Puxadinho do União
O PL, mesmo sendo o partido com mais tempo de TV e fundo eleitoral, acabou se tornando uma espécie de “puxadinho” do União Brasil na Bahia. Nos dez maiores municípios, vai apoiar candidatos do grupo de ACM Neto em sete. Apenas em uma (Porto Seguro), o cenário pode se inverter. A sigla que cresceu sob o espectro bolsonarista tem hoje apenas cerca de 20 pré-candidatos a prefeito em solo baiano, onde o presidente João Roma almeja disputar novamente o governo em 2026.
Lupa no público
Adversários do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) garantem que o emedebista está criando volume nos eventos de pré-campanha convidando lideranças políticas e militantes de movimentos da esquerda oriundos da Região Metropolitana de Salvador e do interior do Estado. Aliados do emedebista, por sua vez, garantem que que isso é pura maldade e não passa de inveja da concorrência.
Tática militar
Depois da exitosa operação para retirar pré-candidatos a vereador de legendas da base de Geraldo Júnior, aliados do prefeito Bruno Reis (União) articulam agora um segundo movimento para minar o adversário na chapa proporcional: convencer uma parte dos postulantes a uma cadeira na Câmara Municipal do lado emedebista a desistir da disputa até as convenções. O foco é diminuir ainda mais o “exército” do emedebista nas ruas.
Ringues da cidade
Os vereadores de Salvador entram em recesso de meio de ano nesta quarta-feira (19), quando a Câmara Municipal vota a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da Prefeitura, pedidos do Executivo para alterações em empréstimos já aprovados e proposições de autoria dos próprios edis, entre moções, honrarias e indicações. Ou seja, a partir de agora e até o início de agosto o clima de disputa eleitoral, que tem sido o motivo de acaloradas discussões em plenário, deve se intensificar nos bairros (ringues) da cidade.
Servir ao chefe
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), acredita que o vereador licenciado Henrique Carballal (PDT), ex-presidente da CBPM, quer agradar “aos chefes” ao dizer que lideranças do tucano estariam apoiando Geraldo Júnior. “Enquanto eu trabalho para servir ao povo, e não a qualquer político, acho que ele, a quem não vejo há muito, quer ser visto e servir a quem ele segue hoje. Mas não me incomodo com isso, e nem fico surpreso ou magoado”, garantiu.
Igual a Carletto
Questionado esta semana pela coluna sobre o G10 da Assembleia e o senador Ângelo Coronel (PSD), o também senador Otto Alencar (PSD) garantiu que o intuito do correligionário é “ajudar o governo Jerônimo”, e não pressionar. “O grupo tem, em sua maioria, deputados estaduais que não votaram conosco em 2022. Coronel fez a mesma coisa que Ronaldo Carletto (presidente do Avante na Bahia), que filiou prefeitos que também não estiveram conosco em 2022. Aí todo mundo vai estar junto em 2026”.
Pauta coletiva
Coronel, por sinal, se encontrou na semana passada, em Brasília, com Jerônimo. A reunião foi uma prévia antes de o senador levar o G10 ao governador. O bloco dos deputados prepara uma pauta conjunta de reivindicações para levar ao morador do Palácio de Ondina. A ideia é evitar que a conversa fique concentrada em temáticas individuais. O grupo não descarta pleitear o comando de uma secretária ou estrutura de segundo escalão.
Herança maldita
Presidente do Solidariedade na Bahia, o deputado estadual Luciano Araújo garante que a prisão do comandante nacional do partido, Eurípedes Gomes Júnior, não afeta a legenda na Bahia. Isso porque Eurípedes era dirigente do Pros, sigla incorporada pelo Solidariedade. “Fizemos uma fusão, e não uma incorporação, por isso não herdamos eventuais problemas legais do Pros. Então, não afeta o nosso partido”, assegurou à coluna.
Pitacos
* Carlos Muniz acredita que a disputa na eleição proporcional será maior no União Brasil e no Republicanos do que no partido dele, o PSDB.
* “Nesses partidos há muitos candidatos de dez mil votos. Na PSDB, o cenário é competitivo, mas a dificuldade é menor”, disse à coluna. Ele mantém o calculo de que a federação formada pelos tucanos com o Cidadania elege de cinco a sete edis.
* Em discurso ontem (18) na Assembleia, o líder da oposição, Alan Sanches (União), disse que a base de Jerônimo tem 43 parlamentares. Na verdade, o número correto é 42. Ato falhou ou Alan já contabiliza no governo o colega Marcinho Oliveira (União)?
* Marcinho, por sinal, votou na sessão desta terça (18) a favor da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada por Jerônimo, contrariando a oposição, que foi contra.
* Aliás, irônico foi ver o PT criticar as ameaças do União Brasil de punir Marcinho pela proximidade com Jerônimo e, ao mesmo tempo, fazer o mesmo em relação ao vereador petista Tiago Ferreira porque o edil foi a uma inauguração com Bruno Reis.
* Sem apresentar qualquer dado concreto, o deputado Hassan (PP) utilizou o plenário da Assembleia para dizer que estão errados os dados do Atlas da Violência, divulgados esta semana pelo Ipea e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
* Hassan ficou chateado pelo fato de Jequié, principal reduto eleitoral do parlamentar, ocupar hoje a posição de segunda cidade mais violenta do país. Como é da base de Jerônimo, não quis cobrar ações do governo do Estado.
* Depois de perder a disputa pela cadeira no TCM, no início deste ano, o deputado Fabrício Falcão (PCdoB) decidiu “mergulhar”. Sumiu tanto dos debates em plenário quanto da mídia.
* O Conselho de Ética da Assembleia, presidido pelo deputado Vitor Bonfim (PV), segue parado enquanto o deputado Binho Galinha (PRD), acusado de chefiar uma milícia em Feira de Santana, já planeja até fortalecer as bases nas eleições de outubro.
* Presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes calcula que o partido vai lançar entre 25 e 30 candidatos a prefeito nas eleições deste ano.
Audiência com Jero
O senador Angelo Coronel (PSD) e o chamado G10 da Assembleia, bloco informal que lidera, devem se reunir ainda esta semana, pela primeira vez, com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). A informação foi confirmada à coluna por uma fonte do PP. Na pauta do encontro, o atendimento às demandas dos deputados, que esperam um tratamento melhor do Palácio de Ondina em questões como o pagamento de emendas, intervenções em municípios antes do período eleitoral e indicações para cargos.
Secretaria na mira
Ao menos neste momento, o G10 não almeja uma secretaria. Mas isso não está fora do horizonte do grupo formado pelos deputados Angelo Coronel Filho (PSD), Niltinho (PP), Hassan (PP), Felipe Duarte (PP), Luciano Araújo (Solidariedade), Raimundinho da JR (PL), Vitor Azevedo (PL), Nelson Leal (PP), Antônio Henrique Júnior (PP) e Laerte do Vando (Podemos). “Nomes temos para indicar. Quem sabe, mostrando nossa fidelidade ao governo, isso possa acontecer em 2025”, disse a mesma fonte.
Tom de ameaça
Na semana antes da criação do G10, Jerônimo já havia demonstrado irritação com as cobranças do PSD, cujos deputados também seguem insatisfeitos com o governo. Em tom ameaçador, o governador disse à líder da legenda na Assembleia, Ivana Bastos, que considerou os dois movimentos como um ataque ao governo e que não esqueceria disso. A deputada afirmou que nada poderia fazer em relação ao G10. Depois, Jerônimo chegou a dizer a um parlamentar que se arrependeu da forma como tratou Ivana.
Panos quentes
Apesar do arrependimento, o senador Otto Alencar, presidente do PSD baiano, que tem atuado para acalmar os ânimos dos aliados insatisfeitos com o governo, disse a Coronel para não envolver o partido nas articulações do G10, no que foi atendido de pronto, tanto que o líder do grupo mudou o discurso e passou a desconsiderar o ingresso de correligionários da sigla no bloco – além do próprio filho, um dos idealizadores. Isso ficou claro na entrevista de Coronel ao Política Livre (clique aqui para ler).
Poder da caneta
Ao procurarem Coronel, os deputados do G10 esperam justamente que, a exemplo do que Otto faz no PSD, uma liderança influente possa atuar em defesa do grupo junto ao governo estadual. Mas há outros fatores de interesse, inclusive o fato de Coronel ser o relator do Orçamento da União em 2025, com o discurso municipalista de que pretende prestigiar as prefeituras com verbas federais.
Fechados com Adolfo
Embora o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), tenha demonstrado certo incômodo com a articulação de Coronel, classificada pelo deputado como “desnecessária”, o G10 e o senador estão fechados com a reeleição do parlamentar no comando da Casa. A questão interna no grupo será administrar as vaidades, sobretudo na disputa pela vice, cargo que se torna ainda mais importante mediante a insegurança jurídica de um terceiro mandato de Adolfo na presidência.
Kamikaze
Segundo informações chegadas à coluna, o presidente do Avante na Bahia, Ronaldo Carletto, foi dispensado da liderança do bloco G8, um dos que deu origem ao G10, porque nunca teve a mesma firmeza de Coronel na defesa dos interesses do grupo. Apesar disso, os deputados Binho Galinha (PRD) e Patrick Lopes (Avantes), que eram do antigo G8, optaram por não seguirem sob a liderança do senador. “Carletto não é kamikaze igual a Coronel”, comentou um aliado.
Planos de Carletto
Aliás, no meio político o que se diz é que Carletto quer ver Coronel limado da chapa majoritária em 2026. O presidente do Avante estaria trabalhando com o cenário em que o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), concorra ao Senado, para virar seu primeiro suplente e ter a possibilidade concreta de assumir o mandato caso o petista siga no Executivo num eventual segundo mandato do presidente Lula (PT). Carletto, no entanto, também aceitaria a posição de vice de Jerônimo.
Gelo suíço
Quem presenciou o encontro, em um hotel de Vitória da Conquista, no último final de semana, entre o presidente do PL baiano, João Roma, e o deputado estadual Vitor Azevedo, do mesmo partido, estranhou o clima frio entre os amigos. Roma esteve na cidade para participar de um encontro da sigla, do qual Azevedo, mesmo tendo crescido e fazendo política por lá, não foi comunicado. Quando convidado a tirar uma foto no lobby do hotel, o deputado recusou, gerando mal estar. A prefeita Sheila Lemos (União), que tem o apoio do PL, foi uma das testemunhas da cena.
Olho nos redutos
O deputado estadual Vitor Bonfim (PV), cada vez mais convencido de que não tem chances de ser o próximo presidente da Assembleia, planeja disputar uma cadeira na Câmara Federal em 2026. Para isso, está de olho nos redutos do deputado federal licenciado e atual secretário estadual de Infraestrutura, Sérgio Brito, que planeja ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) na próxima vaga de indicação do governador, em 2025.
One choice
Um jovem rapaz que até então todos achavam atuar no ramo de delicatessen e cozinha industrial no Pólo parece estar buscando um passaporte para a Lemos de Brito. Como nem sempre a primeira escolha é a mais acertada, ele resolveu abrir uma empresa de entretenimento para usar como fachada para, segundo se comenta na praça, lavagem e sonegação.
Travessura
Por causa da travessura do rapaz, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal já teriam sido acionados. Os mais sábios o advertem para o risco de sua língua solta trazer grandes problemas. Aliás, na hora da lavagem, segundo o que se comenta, não ficará “peruca” nenhuma na cabeça quando se descobrir tudo que o boquirroto anda falando por aí.
Penas para o alto
A disputa na federação PSDB/Cidadania por cadeiras na Câmara Municipal de Salvador promete ser uma das mais intensas. Nas contas dos entendidos, as duas legendas irão emplacar cinco vagas. Uma já seria do presidente da Casa, o tucano Carlos Muniz. A outra é disputada pelos atuais vereadores Cris Correia, Téo Senna e Daniel Alves, além dos suplentes com potencial como Tia Jovi, Rodrigo Amaral e coronel Humberto Sturaro.
Competição acirrada
Do grupo acima, o comentário é que Téo Senna tem uma reeleição tranquila. Ele deve, no entanto, perder alguns votos para a presidente do Cidadania na Bahia, Isabela Souza, pré-candida tida como forte, cujo marido foi assessor de Téo e conhece o “caminho das pedras” nos redutos do tucano. No PSDB, também podem surpreender nomes como Carol dos Animais e Dudu Magalhães, sobrinho do ex-deputado federal Jutahy Magalhães.
Situação delicada
Do grupo dos quatro vereadores do PSDB, quem tem a reeleição considerada mais difícil é Cris Correia, ligada ao empresário João Gualberto, ex-deputado federal e ex-gestor de Mata de São João. Isso porque a edil perdeu a força que tinha junto à Secretaria Municipal de Educação quando o prefeito Bruno Reis (União) tirou o comando da pasta dos tucanos na reforma administrativa.
Potencial
No Cidadania, a presidente da legenda na Bahia, Isabela Souza, é encarada com potencial e teria apoios importantes na Prefeitura, onde já trabalhou. Além disso, o ex-vereador Adriano Meirelles, que trocou o Solidariedade pelo ninho tucano, garante que vai para a briga. “Eu gosto assim, quando não estou entre os favoritos”, declara.
Pitacos
* Na disputa por redutos eleitorais na capital entre os vereadores Anderson Ninho (PDT) e Kiki Bispo (União), o deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) prestou solidariedade ao aliado pedetista. “Continue firme na luta”, afirmou.
* Em Lauro de Freitas, a vereadora Débora Régis (União), pré-candidata ao Executivo municipal, recebeu o apoio do Solidariedade, ticando a sigla da base da prefeita Moema Gramacho (PT).
* O deputado estadual Zó (PCdoB) tem sido aconselhado por prefeitos e lideranças próximas a desistir da pré-candidatura à Prefeitura de Juazeiro. Ele estaria deixando as bases em outros municípios focado num projeto que não deve prosperar.
* Na avaliação de lideranças do próprio PCdoB, Jerônimo vai apostar, em Juazeiro, no ex-prefeito Isaac Carvalho (PT), mesmo correndo o risco de ver o nome do petista ser vetado pela Justiça Eleitoral.
* Por falar em Juazeiro, o MDB lança nesta sexta-feira (14) a pré-candidatura do empresário Andrei da Caixa no município. Outro postulante, o deputado estadual Roberto Carlos (PV), que segue firme na briga, já confirmou presença.
* A Bahia Farm Show, que acontece em Luis Eduardo Magalhães, foi um dos motivos da ausência dos deputados das comissões da Assembleia na terça (11) – não houve quórum em nenhuma.
* Um grupo estimado entre seis e sete deputados foi ao oeste. Ou seja, outros simplesmente preferiram ficar no interior e antecipar o clima de recesso junino. Afinal, havia acordo entre governo e oposição para as votações em plenário.
* Antes de passar mal e ser submetido a um cateterismo, o deputado estadual Ricardo Rodrigues (PSD) foi aconselhado pelo correligionário Alex da Piatã (PSD) a fazer um check-up mais profundo em São Paulo, Rodrigues já vinha se queixando de cansaço.
* Ao apresentar um projeto de lei para garantir que o governo distribua gratuitamente Ozempic e Moujaro para pacientes crônicos, Marcinho Oliveira (União) passou a ser chamado de “representante dos gordinhos” na Assembleia. Sabido, ele gostou.
Impulso para Geraldinho
A decisão do morador do Palácio de Ondina, Jerônimo Rodrigues (PT), de tirar Henrique Carballal do comando da CBPM para colocá-lo como coordenador executivo da campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) em Salvador demonstra que a cúpula petista decidiu de fato se empenhar na tentativa de fazer com que o emedebista cresça na disputa contra o prefeito Bruno Reis (União). O cenário começou a mudar de fato quando o senador Jaques Wagner (PT) entrou para valer na campanha.
Reforço evangélico
Além de Carballal, quem também deixa o cargo no governo do Estado para trabalhar com Geraldo Júnior é o superintendente da Defesa Civil, Heber Santana (Podemos). Evangélico ligado à Assembleia de Deus e ex-vereador da capital, Heber, que até o segundo turno do pleito de 2022 era aliado de ACM Neto (União), terá a missão de reforçar a presença do emedebista junto ao público evangélico. A exoneração dos dois deve sair ainda até esta quinta (06).
Promessa refeita
Outro que foi convocado a participar de maneira mais decisiva da campanha, mas sem deixar o cargo que ocupa no Estado, é o presidente da Conder, José Trindade (PSB), que é ligado ao ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Ontem (04), numa reunião entre Geraldo Júnior e vereadores aliados, ficou acertado que o dirigente irá se dedicar mais para que as obras da companhia em Salvador solicitadas pelos edis sejam intensificadas. A promessa é antiga, mas fontes informaram à coluna que agora é para valer.
Vice e invencionice
A escolha da secretária de Assistência Social, Fabya Reis, para a vice de Geraldo Júnior só foi definida na noite de ontem, embora a especulação seja antiga e tenha sido levantada pela primeira vez por este Política Livre como uma preferência do ex-ministro Geddel Vieira Lima, patrono da candidatura de Geraldo Jr.. Aliados do Palácio de Ondina garantem que a presidente da Bahiafarm, Ceuci Nunes, que tem ligações familiares com o grupo Bruno Reis, foi “invenção de uma ala petista”. “Ela nunca foi cogitada pelo governador, ainda mais diante do nome de Fabya, que tem mais penetração social, além de ser negra”, afirmou um aliado importante de Jerônimo.
MST dentro
Quem levou a melhor na disputa entre as correntes petistas pela vice de Geraldo Júnior foi o deputado federal Valmir Assunção (PT), a quem Fabya é ligada desde os tempos em que era militante do MST no extremo-sul baiano. Quem levou a pior foi o deputado federal Jorge Solla (PT), que apostava em Ceuci. O vice-governador, cuja candidatura chegou a ser criticada no início da pré-campanha pelo Movimento dos Sem-Teto, agora tem os sem-terra ao lado, o que deve ser alvo de críticas dos mais conservadores.
Preferência emedebista
O MDB, por sua vez, acabou ficando com a vice que desejava. Embora sempre tenham deixado claro que a decisão cabia ao PT, ao governador Jerônimo Rodrigues e aos partidos aliados, os irmãos Vieira Lima nunca esconderam a preferência por Fabya Reis. Para eles, o perfil de mulher negra, petista e ligada aos movimentos sociais equilibra e fortalece a chapa, além de garantir o maior engajamento das lideranças de esquerda na campanha.
Comunistas satisfeitos
Presidente do PCdoB baiano, Geraldo Galindo disse à Radar do Poder que o partido também aprovou a escolha de Fabya Reis. Ele lembrou que os comunistas nunca indicaram oficialmente um nome para a vice de Geraldo Júnior. “O que para nós é mais importante é ter um espaço na coordenação política da campanha. Para isso, já escalamos nosso presidente municipal, Jurandir Júnior”, pontuou.
Gelo e desdém
ACM Neto (União) e o deputado Félix Mendonça Júnior (PDT) se encontraram publicamente pela primeira vez após o imbróglio envolvendo a filiação da vereadora de Lauro de Freitas Débora Regis (União) no evento de lançamento da pré-candidatura à reeleição do prefeito Bruno Reis. Quem estava perto disse que o clima entre os dois era gélido. Mas quem fez caretas de desdém durante o discurso de Neto foi o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB).
Neto emburrado
Quem também fez cara feia no evento de Bruno Reis foi o próprio ACM Neto, quando o prefeito anunciou a permanência de Ana Paula Matos (PDT) na chapa à reeleição, o que não foi surpresa para ninguém. O Política Livre flagrou o líder do União Brasil na Bahia meio emburrado enquanto os demais festejavam. Até o deputado federal Leo Prates (PDT), o preferido de Neto para a vice, disfarçou melhor.
Espaços preservados
O Republicanos obteve a garantia de Bruno Reis de que vai continuar ocupando os mesmos espaços num eventual segundo mandato do prefeito. Esse foi um dos pontos para que os bispos da Universal aceitassem abrir mão da vice e apoiar Ana Paula. O partido comanda hoje as secretarias de Infraestrutura e Manutenção, além da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal). São verdadeiras máquinas de conquistar votos.
Pedido de expulsão
Comunicador bolsonarista baiano, o apresentador Thimoteo Oliveira, da rádio digital conservadora Brado, pediu ao presidente do PL no Estado, João Roma, que expulse os esquerdistas do partido, citando os deputados estaduais Vitor Azevedo e Raimundinho da JR, aliados do governador. Segundo o comunicador, se Roma não agir rápido, a sigla vai encolher ainda mais nas eleições municipais na Bahia.
Centrão da Assembleia
Ao se unirem em um novo bloco informal na Assembleia, agora composto de dez, os deputados do PP, PL, Solidariedade e Podemos oficializam de vez a criação do Centrão na Casa. A exemplo do que ocorre na Câmara Federal, são parlamentares com interesses políticos diversos, mas que se uniram para pressionar o governo nas votações em troca de benesses.. Na Câmara, o líder do grupo é o presidente Arthur Lira (PP-AL). Na boa terra, até o momento foi o senador Ângelo Coronel (PSD), que sempre teve o perfil de Centrão.
Líder destituído
Vale lembrar que o primeiro bloco informal da Assembleia, o G8, tinha como uma espécie de líder e idealizador o ex-deputado federal Ronaldo Carletto, presidente estadual do Avante, partido que mais cresceu na Bahia no prazo de filiações. Na nova configuração, na qual entraram alguns parlamentares e saíram outros, parece que o dirigente foi destituído do posto. Carletto queria se fortalecer para tentar ser candidato ao Senado em 2026 pela base governista. Coronel tem o mesmo objetivo.
Candidaturas colocadas
Líder da oposição na Assembleia, o deputado Alan Sanches (União) vislumbra quatro colegas como os mais interessados em suceder o presidente da Casa, Adolfo Menezes, caso o próprio não viabilize a reeleição: Niltinho (PP,), Nelson Leal (PP), Ivana Bastos (PSD) e Rosemberg Pinto (PT). Ele acredita, no entanto, que o favorito ainda é Adolfo. A disputa pelo comando do Legislativo deve voltar à pauta após as eleições municipais.
Na lata
Em Juazeiro, no último sábado (01), durante o lançamento da pré-candidatura de Isaac Carvalho (PT) a prefeito, Jaques Wagner deixou o deputado estadual Roberto Carlos (PV), presente no ato, constrangido. Wagner disse, na lata, em discurso, que o “verde”, que também é postulante ao cargo, deveria abrir mão de entrar na disputa para apoiar o petista. “Você, que é presidente de clube de futebol, sabe que só se ganha em equipe”, disse o senador. Na mesma semana, Roberto Carlos havia feito um discurso pedindo o contrário.
Pitacos
– Henrique Carballal pretende conversar ainda hoje (05) com o governador Jerônimo Rodrigues sobre o substituto na CBPM. Quer emplacar um nome da própria confiança. Depois da campanha, o vereador licenciado deve retornar ao posto.
– Com a entrada de Carballal na coordenação geral da campanha de Geraldo Júnior, a deputada federal Lídice da Mata (PSB), que vinha exercendo a função, foi “rebaixada” para o posto de coordenadora política.
– Mas se engana quem pensa que Lídice ficou chateada com isso, pois o desejo dela sempre foi o de ter uma participação mais de bastidor e menos operacional, até para que tenha tempo também de cuidar das disputas do PSB no interior.
– Aliás, Lídice tem jogado duro nas críticas à PEC das Praias. Nas redes, ela disse que enquanto Vini Júnior brilha nos gramados e na luta contra o racismo, Neymar, defensor da proposta, quer privatizar o litoral.
– Se ouviu risos de edis quando, no lançamento da pré-candidatura de Bruno Reis, o vereador Átila do Congo foi chamado ao palco como presidente do Partido da Mulher Brasileira (PMB) na Bahia.
– Presidente do Republicanos na Bahia, o deputado federal Márcio Marinho tem garantindo aos pré-candidatos a vereador da sigla em Salvador que ao menos dois eleitos irão para o Executivo num segundo mandato de Bruno. Injeção de ânimo!
– O ex-ministro Geddel Vieira Lima anda de boa com a vida. Publicou nas redes sociais uma foto em Praia do Forte comemorando o aniversário de um amigo num show de Durval Lélis.
– A deputada estadual Ivana Bastos (PSD) já tem um plano B caso não consiga se viabilizar como a próxima presidente da Assembleia: concorrer a uma cadeira na Câmara Federal nas eleições de 2026. Já avisou a alguns colegas da pretensão.
– O gordo fundo eleitoral do PL deve fazer José Ronaldo (União), pré-candidato a prefeito de Feira, aceitar ter como vice um nome indicado pela sigla bolsonarista, descartando o PDT.
– O PT lança no domingo (09) a pré-candidatura de Ioná Queiroz à Prefeitura de Camamu, na Costa do Dendê. Ex-prefeita, ela era superintendente na Secretaria das Mulheres do governo baiano.