21 outubro 2024
Destino incerto
Depois da derrota humilhante de domingo (06) em Salvador, qual será o destino do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que segue desaparecido? A avaliação entre lideranças da base governista e do ninho emedebista é que o “Rolando Lero” da política baiana será candidato a uma cadeira na Assembleia, impedindo que o próprio filho, o deputado Matheus Ferreira (MDB), dispute a reeleição. A avaliação é que o vice não ganhou musculatura para concorrer à Câmara Federal, como seria o projeto original.
Patinho feio
Geraldo Júnior não conseguiu sequer eleger um vereador para chamar de seu em Salvador e perdeu todo o espólio político que conquistou quando era do grupo do prefeito Bruno Reis (União) e chegou à presidência da Câmara. O único eleito pelo MDB foi David Rios, outrora ligado a Bruno. E mais: como nunca fez política no interior, se decidir concorrer ao Legislativo federal vai enfrentar a concorrência de outros emedebistas de peso, a exemplo do deputado Ricardo Maia e do advogado Jayme Vieira Lima, candidato dos irmãos Geddel e Lúcio.
Vice descartada
A hipótese de permanecer na chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT) arrodeado de seguranças é algo totalmente descartado para o futuro de Geraldo. Além do pífio desempenho em Salvador, a briga por espaço na majoritária é intensa, sobretudo porque o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), deseja concorrer ao Senado. E se a vice seguir com o MDB, que cresceu nas eleições de 2024 e teve a maior vitória entre os aliados no primeiro turno (em Juazeiro), os Vieira Lima pretendem indicar outro quadro.
Vexame acumulado
A derrota acachapante de Geraldo Júnior em Salvador não foi a única que caiu na conta de Jerônimo. O governador sofreu outro revés com o resultado da eleição para vereador. Além de ter perdido três das quatro cadeiras que tem atualmente, o PT não conseguiu fazer da irmã do governador e única reeleita, Marta Rodrigues, a mais votada da oposição ao prefeito, como era esperado. Ela foi ultrapassada por André Fraga (PV), que, por sinal, é aliado de Bruno Reis. Outro vexame!
Liderança emergente
Segundo colocado na disputa em Salvador, Kleber Rosa também foi o segundo mais bem votado candidato do PSOL a uma Prefeitura de capital, ficando atrás apenas de Guilherme Boulos, que vai ao segundo turno em São Paulo. Enfrentando dificuldades relacionadas à dimensão do partido, à baixa disponibilidade de recursos e à concorrência das máquinas estadual e municipal, Kleber saiu da disputa não só na condição de player respeitável no campo municipal, mas também como uma liderança nacional de esquerda com poder de influência sobre um partido em franco crescimento.
Operação de guerra
ACM Neto (União) montou uma verdadeira operação de guerra para que Flávio Matos (União) vença a eleição em Camaçari no segundo turno, derrotando o petista Luiz Caetano. Neto já fez uma reunião na segunda (07) com aliados e marcou uma outra para esta quinta (09), convocando parlamentares, prefeitos e eleitos da oposição, sobretudo na Região Metropolitana de Salvador. A ideia é alinhar estratégias e ações que possam se transformar em votos.
Joia da coroa
A vitória em Camaçari, se ocorrer, vai coroar a estratégia de ACM Neto de implementar o chamado “cinturão 44” em Salvador e Região Metropolitana, impondo mais uma derrota a Jerônimo. Além da capital, o União Brasil venceu em Lauro de Freitas, Simões Filho e Mata de São João. E mais: outros prefeitos de oposição ligados a Neto venceram em Candeias e Dias D’Ávila. Uma verdadeira “lapada”.
Petista arrependido
Ainda sobre Camaçari, Luiz Caetano deve estar profundamente arrependido de não ter trabalhado para obter, no primeiro turno, o apoio do candidato do MDB, o comunicador Oswaldinho. O petista só não venceu no domingo (06) por 0,48% dos votos e o emedebista recebeu 0,71%. Caetano queria que Oswaldinho o apoiasse apenas na base da fé, sem negociar espaços em uma eventual gestão. Agora, o dote subiu. E Flávio Matos também está de olho na “noiva” do pedaço.
Adolfo fortalecido
Apesar da derrota calculada em Campo Formoso, o presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD), ficou mais forte após a abertura das urnas no domingo (06). Prefeitos aliados do parlamentar venceram a disputa em cidades importantes, com destaque para Paulo Afonso, Bom Jesus da Lapa e Rio Real. Adolfo, por sinal, deve iniciar na próxima semana as sondagens sobre a sucessão no Legislativo estadual. Jerônimo já sinalizou à base que deseja ver o aliado seguir na presidência.
Voos mais altos
Outro que saiu fortalecido foi o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), reeleito com o maior percentual de votos do país: 91,97%, O resultado o credencia a pensar em voos mais altos a partir de 2026, ou seja, concorrer a uma cadeira de vice-governador ou senador como ativo do PP. Em 2022, Cocá apoiou ACM Neto e, embora tenha como vice um quadro do União Brasil (o sobrinho Flávio Santana), não descarta dialogar com Jerônimo, que em Jequié apoiou timidamente Alexandre da Saúde (PSD), candidato derrotado ligado ao deputado Antonio Brito (PSD).
Decepções do líder
Líder do governo na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) passou por decepções nas eleições deste ano, mas também teve vitórias importantes. A maior derrota foi em Ilhéus, com Adélia Pinheiro (PT). Mas perdeu também em Itapetinga, com Cida Moura (PSD), e na terra natal, Itororó, com Luciana Pedreira (PT) – esta tinha até o o apoio do União Brasil. Rosemberg venceu, no entanto, em São Francisco do Conde, com Antonio Calmon (PP), e em Coaraci, onde ficou contra o próprio partido e ao lado de Miltinho do Axé (PSD).
Duelo no sertão
No duelo particular travado nas eleições deste ano entre os deputados federais Ricardo Maia (MDB) e Gabriel Nunes (PSD), ambos da região nordeste do Estado, o segundo levou a melhor. Nunes ganhou quatro prefeitos novos em Andorinha, Queimadas, Rio Real e Ribeirão do Largo e os aliados que disputaram a reeleição ou indicaram sucessor venceram, com exceção de Inhambupe. O deputado do PSD, no entanto, não conseguiu acabar com a hegemonia do grupo do prefeito Luciano Pinheiro (PDT) em Euclides da Cunha, terra natal.
Apostas na “banda b”
Já Ricardo Maia, que investiu alto nos candidatos da chamada “band b” do governo, sofreu derrotas em quase todos os municípios nos quais ficou contra os nomes de Jerônimo, a exemplo de Cícero Dantas, Banzaê e Araci – nesta última cidade, lançou na disputa o próprio irmão, Zelito Maia (MDB), que nunca morou lá e perdeu para a prefeita Keinha Jesus (PDT). Entretanto, Maia emplacou a nova prefeita de Ribeira do Amparo e manteve os dois principais município que tem sob seu domínio: Ribeira do Pombal e Tucano – neste último, o filho homônimo do parlamentar foi reeleito.
Grupo encerrado
Após a suplente de deputada estadual do PL Kátia Bacelar detonar o presidente do partido na Bahia, João Roma, em entrevista a este Politica Livre, o comando da sigla decidiu encerrar, na tarde desta terça (08), o grupo de WhatsApp formado por parlamentares, lideranças e membros da direção da agremiação. Kátia, que é irmã do deputado federal Jonga Bacelar, outro filiado, havia detonado Roma no mesmo grupo. Tudo por conta do desempenho eleitoral pífio do PL baiano.
Meu cercado
Procurado pela coluna, Jonga evitou polemizar sobre a posição da irmã. “Deixa eu ficar no meu cercado”, brincou. O deputado frisou, no entanto, que o único prefeito do PL que venceu as eleições domingo (06) é ligado a ele: Jânio Natal, reeleito. “Outro que eu esperava que tivesse um desempenho melhor no partido era o deputado (estadual) Raimundinho da JR (candidato derrotado em Dias ‘Ávila), mas acabou não acontecendo”. Raimundinho é aliado do PT no plano estadual, enquanto Jonga, que diálogo com todos os campos, o é em nível federal.
Remodelagem bolsonarista
Os candidatos a vereador da chamada ala ideológica do PL que conseguiram se eleger em Salvador e até mesmo no interior foram aqueles que, em geral, fizeram uma remodelagem no discurso e nas redes sociais, deixando de lado a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro. É só observar, por exemplo, o Instagram dos dois eleitos do partido em Salvador, Alexandre Aleluia e Cézar Leite, que optaram por “colar” em Bruno Reis. Aleluia, por sinal, mudou de estratégia bem antes de a campanha começar para poder ter acesso a bairros periféricos da cidade onde o bolsonarismo não é bem visto.
Pitacos
* Candidato do senador Jaques Wagner (PT) a deputado federal em 2026, Lucas Reis (PT), chefe de Gabinete do parlamentar, sofreu derrotas importantes nas eleições. Não conseguiu eleger os candidatos a prefeito aliados em Bom Jesus da Lapa e Barreiras.
* Lucas, por sinal, tenta agora “tirar uma lasquinha” da vitória de Andrei Gonçalves (MDB), prefeito eleito de Juazeiro, mesmo tendo trabalhado o tempo inteiro para viabilizar a candidatura do inelegível Isaac Carvalho (PT).
* Quem também não foi bem na eleição foi o PSB da deputada federal Lídice da Mata. Viu o número de prefeitos reduzir de 30 para 24. E não conseguiu eleger Rodrigo Hita, vice-presidente da sigla na Bahia, como vereador de Salvador.
* Um dos maiores derrotados na eleição foi o deputado estadual Vitor Bonfim (PV), que dava como certa a vitória do irmão, Guilherme Bonfim (PT), na disputa pela Prefeitura de Brumado. O vencedor foi Fabrício Abrantes (Avante).
* Já um dos maiores vencedores foi o prefeito de Muritiba, Danilo de Babão (PSD). Fez a sucessora (Rose Reis, do PSD) e ainda todos os 11 vereadores da Câmara Municipal. Ou seja, o próximo governo não terá nem oposição.
* O deputado estadual Raimundinho da JR (PL) sofreu uma derrota dupla nessas eleições. Não conseguiu se eleger prefeito de Dias D’Ávila e ainda viu a mulher, Norma Queiroz (MDB), derrotada na disputa majoritária em Itapebi.
* Em Buerarema, uma das duas cidades baianas em que Jair Bolsonaro venceu a eleição de 2022, o PL não elegeu sequer um vereador. Em Luiz Eduardo Magalhães, onde Bolsonaro também foi vencedor, emplacou uma cadeira.
* O deputado federal Elmar Nascimento (União) comemorou nas redes sociais a reeleição do prefeito de Alcobaça, Zico de Baiato, que é do PT. O parlamentar participou da campanha do petista, de quem é aliado.
* Quem se deu bem com a vitória de Valderico Júnior (União) em Ilhéus foi o deputado estadual Pedro Tavares (União), que ganhou um aliado de peso para renovar o mandato em 2026.
* Dos oito candidatos do PDT que venceram as eleições para prefeito no domingo (06), apenas a prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo, que foi reeleita, não integra oficialmente a base de Jerônimo.
Furou o teto
Em Porto Seguro, o prefeito Jânio Natal (PL), que tenta a reeleição, já torrou na campanha R$ 360.728,59 a mais do que o limite de gastos permitido pela Justiça Eleitoral para o município. Ele, que já contratou três escritórios de advocacia, declarou despesas de R$ 745.535,50, mas o teto lá é de R$ 384.806,91.
O crime compensa
Vale lembrar que Jânio enfrentou, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), um pedido de impugnação da candidatura porque, segundo a acusação da chapa da principal adversária, a deputada estadual Cláudia Oliveira (PSD), poderá ser diplomado prefeito pela 3ª vez consecutiva. Antes, em 2016, concorreu ao Executivo em Belmonte, venceu, foi diplomado, mas não tomou posse para dar lugar ao vice, que era seu irmão, Janival Borges. Valeu o investimento nos advogados de defesa, pois a tese não prosperou.
Exemplo seguido
O curioso em Porto Seguro é que Cláudia Oliveira também já gastou na campanha acima do teto. No caso dela, as despesas declaradas já somam R$ 473.326,00. Os dois candidatos contaram principalmente com verbas públicas para bancar as candidaturas, por meio do fundo eleitoral. Com acesso à maior fatia do bolo destinado aos partidos, o PL doou R$ 720 mil para Jânio, único prefeito da legenda no Estado. Já o PSD enviou R$ 380 mil para Cláudia.
Os dois enrascados
Mas o que pode acontecer com Jânio Natal e com Cláudia Oliveira ao desrespeitarem a regra do limite de gastos? Segundo advogados da área eleitoral consultados pela coluna, os dois podem pagar multa de 100% da quantia que ultrapassa o teto fixado, além de poderem ser alvos de ações por abuso de poder econômico, o que, vez ou outra, resulta em cassação e inelegibilidade pelo prazo de oito anos. Uma verdadeira enrascada.
Cinturão 44
O grupo de Jerônimo saiu na frente da oposição no que se refere a investimentos em candidatos na Região Metropolitana de Salvador, apesar da estratégia de ACM Neto (União) de criar o chamado “Cinturão 44” em volta da capital. Apenas em Camaçari e Mata de São João, candidatos do União Brasil receberam mais recursos do fundo eleitoral de partidos do que os concorrentes do PT ou legendas ligadas ao Palácio de Ondina. Em Lauro de Freitas, Simões Filho e Madre de Deus, receberam menos.
Menor fatia
Por falar em União Brasil, o deputado estadual da sigla que recebeu menos recursos para distribuir entre os candidatos foi Marcinho Oliveira, braço direito do deputado federal Elmar Nascimento. Isso porque ACM Neto não aceitou o envio de verbas para concorrentes próximos do PT, como foi o caso da maioria da lista de Marcinho, que assegurou menos de R$ 50 mil até segunda (30). Os colegas abocanharam entre R$ 350 e R$ 600 mil. Já os federais do União Brasil tiveram direito a distribuir R$ 4 milhões cada.
Longe do vermelho
Em pelo menos cinco cidades da Bahia, Jerônimo está contra o PT local nas eleições de domingo (06): Ituaçu, Muritiba, Jeremoabo, Lajedão e Coaraci. Nas quatro primeiras, o partido tem candidato próprio, mas o governador optou por caminhar com nomes de outras siglas, sobretudo por conta das articulações de Lucas Reis, chefe de gabinete do senador Jaques Wagner, mirando a eleição para deputado federal em 2026. Em Coaraci, as lideranças locais do PT é que ficaram contra o candidato petista apoiado por Jerônimo.
Conselho político
Em Ituaçu, o PT estadual cumpriu o prometido de só enviar R$ 10 mil para a campanha do candidato do partido, professor Diego Machado. A estratégia, como já revelou o Política Livre (Clique aqui para ler), foi sufocar o filiado, tentando fazê-lo desistir, uma vez que Lucas Reis decidiu apoiar a reeleição do prefeito Phellipe Brito (PSD). Aliás, durante a campanha foi formado o novo conselho político de Jerônimo, composto pelo assessor de Wagner, pelo chefe de Gabinete do governador, Adolpho Loyola, e pelo presidente do PT baiano, Éden Valadares.
Óleo de peroba
Pegou mal entre os aliados a participação do governador em eventos da campanha de Zé Neto (PT) em Feira de Santana ao lado do deputado estadual Binho Galinha, acusado pela Polícia Federal de liderar uma milícia. Recentemente, em uma carreata, o parlamentar estava no mesmo veículo de Jerônimo, com total desenvoltura. “Isso pode até virar notícia nacional”, comentou um político próximo do chefe do Executivo estadual à coluna.
Ataque amigo
O blogueiro e ex-vereador Val Cabral, membro do staff do prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), enviou um áudio em um grupo de WhatsApp no qual ataca o coordenador da campanha, Aldo Rebouças (ouça abaixo). Val chamou a coordenação de “aquela merda” por apostar que a presença do governador na cidade seria positiva para Augusto. “Jerônimo tira é voto, é do PT”, disse, exaltado, antes de se desculpar. Jerônimo esteve em Itabuna na semana passada e deve retornar na sexta (04) para uma carreata ao lado do prefeito.
Ecos de Brasília
Após confirmar presença, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), faltou a um comício da candidata Denise Menezes (PSD) em Campo Formoso, no domingo (29). Rui também havia prometido participar da convenção e não foi. Jerônimo, por sua vez, esteve nos dois atos. A ausência repetida do ministro decepcionou o esposo de Denise, o aliado e presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), e satisfez Elmar Nascimento (União), cujo irmão, o prefeito Elmo Nascimento (União), concorre à reeleição. Ecos de Brasília!
Futuro secretário
Cotado para ser um dos mais votados do União Brasil em Salvador no domingo (06), o vereador Duda Sanches deve ser lembrado por Bruno Reis para a equipe de primeiro escalão da Prefeitura, segundo fontes do próprio Palácio Thomé de Souza. O edil não esconde o desejo de ter uma função no Executivo. Caso isso ocorra, ao menos um dos suplentes da legenda, que pode ficar com até oito cadeiras na Câmara, poderá assumir o mandato. Duda já foi cogitado para a pasta da Cultura e Turismo em 2023.
Duelo da juventude
Ao menos no quesito investimento partidário, Lucas Moreno, aposta jovem do União Brasil para a Câmara de Salvador, saiu na frente do concorrente da juventude do PSDB, Dudu Magalhães. O primeiro recebeu R$ 200 mil da campanha de Bruno Reis, enquanto o segundo ficou com R$ 90 mil do tucanato. Os dois têm padrinhos fortes: Lucas é ligado a ACM Neto, ao deputado estadual Manuel Rocha (União) e ao prefeito de Camaçari, Antonio Elinado (União). Duda é sobrinho do ex-deputado federal Jutahy Magalhães (PSDB) e tem o respaldo do deputado federal Adolfo Viana (PSDB).
Sem fogo na Bahia
Enquanto no resto do país o ministério do Meio Ambiente queima literalmente as pestanas no enfrentamento às queimadas que devastam áreas imensas, com prejuízos incalculáveis, em solo baiano, diferentemente do que já ocorreu no passado, o tema não deverá fazer parte do noticiário. Isso graças a um programa pioneiro intitulado Bahia Sem Fogo, que, além de ter intensificado as ações de prevenção, vem consolidando estratégias de educação ambiental.
População sensibilizada
A iniciativa também sensibiliza a população sobre o impacto das queimadas, por meio da articulação de vários órgãos, inclusive o Corpo de Bombeiros. Quem está por trás do Bahia sem Fogo é o secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Sodré, que, apesar de muito discreto, já mostrou que não é do tipo que fica vendo a banda passar, granjeando respeito até na oposição.
Pitaco
* O ministro do Trabalho, Renan Filho (MDB), desmarcou a agenda em Juazeiro nesta quinta (03). Ao lado do candidato Andrei Gonçalves (MDB), ele iria reafirmar o compromisso do governo federal de concluir a duplicação da “ponte picolé”.
* A ponte, oficialmente chamada de Presidente Dutra, virou alvo de disputa eleitoral. A prefeita Suzana Ramos (PSDB), candidata à reeleição, tem dito que a iniciativa é fruto da atuação dela com o apoio de lideranças como o deputado Adolfo Viana (PSDB).
* Por outro lado, quem deve desembarcar na campanha de Andrei em Juazeiro na sexta (04) é Rui Costa. Jerônimo já esteve lá três vezes, a última esta semana. Na base do governador, o sentimento é de “virada”.
* Mais animado, Elmar Nascimento marcou presença, no final de semana, na Helvécia Fest, que acontece em Nova Viçosa, cidade que tem como prefeita Luciana Machado (União), esposa do deputado estadual Robinho (União). Marcinho também foi.
* Depois de criticar duramente Jerônimo por ter abandonado a candidatura à reeleição do prefeito de Jacobina, Tiago Dias (PCdoB), o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) ficou um doce ao lado do governador numa solenidade em Várzea do Poço.
* Em Muritiba, o Republicanos, partido da Igreja Universal, tem como candidata à Prefeitura a ialorixá Mãe Maria. Ela é aliada do deputado federal e pastor Márcio Marinho. Na cidade, o comentário é que a política também faz milagres.
* Ainda sobre Muritiba, a cidade é a única com cinco candidaturas femininas à Prefeitura. É considerada favorita Rose Reis (PSD), que tem o apoio do prefeito Danilo de Babão (PSD) e do governador.
* Em Araci, enquanto o ex-prefeito Silva Neto (PDT) costuma se referir ao deputado federal Ricardo Maia (MDB) como “Dick Vigarista”, o emedebista frequentemente chama o pedetista de “Al Capone”. Os dois são adversários políticos.
* Aliás, Silva Neto anda muito mais “amigo” de Jerônimo do que do que Ricardo Maia. Além de receber o governador em Araci, no domingo (29), em ato de campanha da prefeita Keinha Jesus (PDT), esteve com o petista no mesmo dia na vizinha Teofilândia.
* Tentando retornar à Câmara Municipal de Salvador, Pedro Godinho (União) recebeu o apoio oficial do presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota. Agora é ficar na torcida para que o rubro-negro não chegue no dia da eleição na zona de rebaixamento.
Queixas do Avante
A coluna foi procurada por dois candidatos a prefeito do Avante queixosos de que não receberam qualquer doação do partido nas eleições na Bahia. Apuramos junto ao site Divulgacand, do TSE, e descobrimos que, dos 132 concorrentes da legenda, apenas 46 receberam até esta terça (17) recursos do fundo eleitoral da sigla comandada pelo ex-deputado Ronaldo Carletto. Não pingou nada nem mesmo na conta do postulante na terceira maior cidade do Estado, Vitória da Conquista, onde há propaganda de TV.
Risco calculado
O Avante possui apenas sete deputados federais, e, por isso, ocupa apenas a posição de número 14 entre os 29 partidos na distribuição do fundo eleitoral. Conta com R$72,5 milhões para ratear no Brasil inteiro. Ou seja, ao optarem por se filiar à sigla, que saltou de quatro prefeitos eleitos em 2020 na Bahia para 61, numa articulação que mira 2026 e que envolveu Carletto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o governador Jerônimo Rodrigues (PT), esses candidatos sabiam do risco da escassez.
Esmola de doação
Para se ter uma ideia, o Avante destinou até agora pouco mais de R$5,2 milhões a candidatos a prefeito na Bahia, enquanto o União Brasil, que tem acesso a um fundo nacional de R$536,6 milhões, garantiu R$14 milhões somente para a campanha do prefeito de Salvador, Bruno Reis. Houve postulantes na majoritária do partido de Carletto, em cidades com limite de gasto superior a R$150 mil, que receberam apenas R$20 mil ou R$30 mil, como foi o caso de Pintadas e Jucuruçu, respectivamente. Verdadeiras esmolas.
Mistério eleitoral
Entre os “prefeituráveis” do Avante sem recursos do fundo, 17 disputam a reeleição. Muitos estão com a conta zerada e é um mistério como estão fazendo campanha. Já os mais privilegiados concorrem em Gandu (R$487 mil) e Eunápolis (R$300 mil), e não é coincidência que apoiam o deputado federal Neto Carletto, sobrinho de Ronaldo, que pretende trocar o PP pelo Avante antes da eleição de 2026. Em média, os 46 postulantes que tiveram doações da sigla receberam entre R$100 e R$150 mil.
Mágoas esquecidas
Mas houve candidatos do Avante beneficiados com doações de outros partidos, mesmo de siglas desfalcadas no número de prefeitos por assédio de Carletto. São os casos do PP e até o União Brasil de ACM Neto. Numa articulação feita por deputados, de olho no pleito legislativo de 2026, o primeiro doou para dez “prefeituráveis” do Avante. Já o segundo, para 15. O fato de ter deixado o União não impediu, por exemplo, que o gestor de Guanambi, Nal Azevedo, que tenta a reeleição, recebesse R$625,9 mil da sigla comandada por Neto.
Almoço de graça?
Como não existe almoço grátis na política, aliados de Jerônimo desconfiam desse suporte financeiro do União Brasil. Buscando sair grande da eleição, Carletto prometeu que atrairia prefeitos da oposição para fortalecer Jerônimo. Com isso, o ex-deputado tem a esperança de galgar um espaço na chapa majoritária em 2026. Mas seria ao lado do governador ou, como em 2022, do ex-prefeito de Salvador? E o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), se filiaria a uma sigla com essa digital com o mesmo objetivo?
Sentindo-se em casa
Presidente de honra do MDB baiano, Lúcio Vieira Lima ficou bem à vontade ao lado do deputado federal Elmar Nascimento (União) e do deputado estadual Marcinho Oliveira (União) em um ato de campanha do deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) em Itabuna, no final de semana. “Aqui não somos adversários. Eu até andaria ao lado de ACM Neto sem problema algum. Não estamos tratando de 2026, mas sim de derrotar o prefeito Augusto Castro (PSD)”, afirmou o cacique emedebista à coluna. O ex-prefeito Geraldo Simões (PT) também estava junto.
Augusto fujão
Por falar em Itabuna, Augusto Castro faltou ao debate promovido pela TVI, na segunda (16), e foi chamado de “fujão” e “covarde” por Pancadinha e pelos outros candidatos presentes: Isaac Nery (PDT), Chico França (PL) e Cleonice Monteiro (Rede). Hoje, há outro confronto promovido pela Rádio Boa FM, a partir das 19h. Liderando as pesquisas, o prefeito também não deve participar, já que o compromisso não aparece na agenda de campanha.
Colbert do PT
O deputado estadual Rosemberg Pinto, do PT, admite que a candidata do partido em Ilhéus, Adélia Pinheiro, pode enfrentar um dilema semelhante ao do ex-prefeito José Ronaldo (União) em Feira de Santana se receber o apoio do concorrente Bento Lima (PSD), cuja rejeição é altíssima. “Eu respeito o prefeito Mário Alexandre (PSD), que indicou Bento e é nosso aliado, mas a situação pode se repetir. Zé Ronaldo quer o bônus do apoio do prefeito Colbert Martins (MDB), que é mal avaliado, mas não o ônus”. Rosemberg diz que é preciso avaliar o impacto do apoio.
Thiago “Caíres”
De tanto extrapolar na dose para reeleger a vereadora Roberta Caíres (PDT), a preferida de ACM Neto, o secretário da Educação em Salvador, Thiago Dantas, estaria promovendo assédio eleitoral na pasta e nas escolas da capital. A denúncia foi feita à coluna por aliados de peso de Bruno Reis. Além disso, o secretário, que passou a ser chamado na Câmara Municipal de “Thiago Caíres”, andou distribuindo centenas de cargos da pasta a indicados da pedetista. Alguns estavam na cota de outros vereadores.
Promessa de vingança
Existem indícios de que as movimentações de Thiago Dantas já tenham sido denunciadas por profissionais da educação ao Ministério Público. Vereadores governistas prometem dar o troco no secretário assim que houver oportunidade. Eles apontam que o titular da pasta da Promoção Social, Júnior Magalhães, que também apoia abertamente Roberta Caíres a pedido de Neto e de Bruno, atua de forma completamente diferente. “Júnior respeita o espaço dos outros vereadores”, comentou um deles à coluna.
Reforço de caixa
O União Brasil assumiu o compromisso de doar R$200 mil para os vereadores de Salvador candidatos à reeleição. Quem receber mais do que isso, como aconteceu com Duda Sanches, conforme mostrou a coluna passada, é por articulação de deputados estaduais e federais, que também tiveram uma cota para indicar. No caso de Duda, o reforço partiu do pai do edil, o deputado estadual Alan Sanches (União). Binho de Ganso, que mesmo sem mandato assegurou R$293,4 mil da sigla, foi ajudado pelo deputado federal Dal Barreto (União).
Amizades ocultas
Vice-governador e candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior (MDB) não anda respeitando nem os velhos amigos na colagem de cartazes com propaganda eleitoral nas ruas da cidade. Esta semana, na Avenida Cardeal da Silva, a equipe do emedebista fixou cartazes de propaganda em espaços antes ocupados pelo presidente de Câmara Municipal, Carlos Muniz (PSDB), a quem trata como melhor amigo. Imagina se não fosse!
Pioneirismo no Brasil
Autor do livro “Atividade do juiz eleitoral e fake news: uma revisão da literatura e percepção sobre a prática”, que será lançado hoje, às 17h, na universidade corporativa do Tribunal de Justiça (Unicorp), o desembargador Jatahy Fonseca teve a iniciativa pioneira no país de lançar por meio da entidade, da qual é diretor-geral, o Fórum de Comunicação e Justiça, com o objetivo de cultivar o diálogo entre o jornalismo e Judiciário, dois pilares da democracia alvos de ataques constantes nos últimos anos.
Comunicar direito
O Fórum de Comunicação foi lançado nesta terça-feira (17) com o curso “Comunicar direito – mídia e Justiça em busca do diálogo”, ministrado pelo jornalista Flávio Novaes, mestre por Coimbra com tese sobre o tema, e a presença do escritor e professor da universidade portuguesa João Figueira, que discorreu de forma simples e brilhante sobre o assunto.
Pitacos
* Jerônimo fez um périplo pelo sul da Bahia no final de semana em agenda eleitoral. Passou por pelo menos 11 municípios, inclusive Itororó, onde a candidata do PT, Luciana Rocha, tem o apoio informal do União Brasil, como já revelou o site (Leia aqui).
* Para evitar polêmica, o presidente do União Brasil em Itororó, Jonatas Lisboa, aliado de Luciana, não subiu no palanque de Jerônimo, embora tenha acompanhado a visita do governador. A situação lá incomoda o presidente do PT baiano, Éden Valadares.
* Numa carreata em Ibicuí, parecia até que Jerônimo estava num evento de campanha de Bruno Reis, pois a cor usada pelo candidato Salomão Cerqueira (PSD), que tem o apoio do governador, é azul.
* Rui Costa desagradou Rosemberg Pinto ao gravar um vídeo em apoio ao candidato do PT em Coaraci, Célio do Asfalto. O deputado apoia o outro concorrente, Miltinho do Axé (PSD). Esta semana, inclusive, Rosemberg acusou Célio de crime eleitoral (Leia aqui).
* Por falar em Rui Costa, ele disse, durante uma agenda de campanha em Ilhéus, ao lado de Adélia Pinheiro, que via participar das eleições em mais de 20 municípios da Bahia. Salvador, por enquanto, não aparece na lista.
* Ainda desolado pela traição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), o deputado Elmar Nascimento (União), agora com remotas chances de suceder o ex-amigo, foi consolado na terça (17) pelos deputados estaduais Robinho (União) e Penalva (PDT).
* Principal prefeito do PP na Bahia, Zé Cocá, de Jequié, ainda não registrou doação do partido na reeleição. Mas o candidato pepista em Paulo Afonso, Marcondes Francisco, ligado ao presidente da sigla, deputado Mário Negromonte Júnior, recebeu R$423 mil.
* Candidatos a vereador da federação PSDB/Cidadania em Salvador se queixam da demora da chapa majoritária em enviar material de campanha da proporcional. Com os atrasos, o grupo tem produzido parte das peças gráficas para alguns concorrentes.
* Jerônimo terá que ter muito jogo de cintura se quiser, de fato, fazer o próximo conselheiro do TCE na vaga do falecido Pedro Lino. A Associação Nacional de Auditores está disposta a influir na substituição. Em tese, a vaga é da categoria.
* Em conversa sobre a substituição de Pedro Lino com a coluna, o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), afirmou que o tema só será tratado após as eleições municipais. “Os deputados hoje estão com a cabeça voltada para as eleições”.
Saiu da toca
Diante do desespero de ver o “doce” escapulir das mãos, o deputado Elmar Nascimento (União) foi obrigado a mudar totalmente de estratégia na disputa pela presidência da Câmara. Ao perder o apoio do atual ocupante do cargo, o ex-amigo Arthur Lira (PP-AL), Elmar, que antes atuava em silêncio nas articulações, apesar das festas de arromba, agora divulga os movimentos nas redes sociais e na imprensa. A estratégia é para mostrar, inclusive a Lira, que está vivo na briga, dialogando com as diversas forças.
Mesma legenda
Entre segunda (09) e terça (10), Elmar publicou três fotos no Instagram para revelar reuniões com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com lideranças nacionais do PSDB, do Cidadania, do PDT e do Avante e com o deputado Antonio Brito (PSD), outro postulante à presidência da Câmara. Aliás, para mostrar a “união pelo Brasil” entre os baianos – será candidato quem se mostrar o mais competitivo – os dois publicaram exatamente a mesma legenda sobre o encontro de segunda.
Proposta antiga
Justiça seja feita, no dia 25 de março deste ano, em entrevista exclusiva ao Política Livre, Elmar, que deve se reunir nesta quarta (11) com o presidente Lula (PT) para tratar da sucessão na Câmara, já defendia o mesmo pacto com Brito (clique aqui para ler). “Eu acho que, no momento certo, podemos sentar com Antonio Brito e discutir que deve ser candidato aquele que reunir o maior número de apoiadores. Quem tiver melhor colocado apoia o outro. Vamos tratar disso mais adiante”, afirmou, na ocasião.
Champagne na Vitória
Líder do MDB baiano, Geddel Vieira Lima não deixou de provocar Elmar Nascimento pela reviravolta na sucessão da Câmara. Ele insinuou que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, estaria, no fundo, comemorando a derrocada do aliado. “Hoje é dia de muito Champagne no Corredor da Vitória”, escreveu o cacique emedebista nas redes sociais. Geddel também já descartou, no cenário atual, depois da candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), o apoio do MDB a Elmar.
Má vontade ministerial
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), sempre disse que não teria tempo de participar presencialmente da campanha de Geraldo Júnior (MDB) em Salvador, por conta da agenda em Brasília. Porém, encontrou uma brecha para “correr trecho” no interior. Na semana passada, esteve em atos de aliados em Camaçari, com Luiz Caetano (PT), e Valença, com Marcos Medrado (PV). Ao menos, para animar o “azarão” emedebista, o PT doou mais de R$1 milhão à sua campanha, o que não estava previsto.
Fila da regulação
Quem também participou do mesmo ato de campanha em Valença foi a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, que foi criticada até por parlamentares da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia. “Enquanto a secretária só pensa agora em eleição, a fila da regulação aumenta e as demandas dos deputados não são atendidas”, afirmou à coluna um indignado aliado do Palácio de Ondina.
Matar a saudade
Por falar em Geraldo Júnior, chegou à coluna a informação de que o vice-governador anda telefonando para antigos aliados em Salvador tentando forçar encontros cordiais para colocar a conversa em dia. Em alguns casos, o emedebista tem até insistido, apesar das negativas. Um desses ex-aliados do emedebista, que apoia a reeleição do prefeito Bruno Reis (União), afirmou que até topa “matar a saudade”, mas, claro, depois da eleição, para não confundir as coisas.
Encanto de Fabya
Quanto mais a campanha municipal em Salvador avança, mais o marketing se encanta com a candidata a vice-prefeita Fabya Reis (PT) e desencanta com o cabeça da chapa, Geraldo Júnior. Preparada, autêntica e, acima de tudo, disciplinada, a petista tem prestado apoio inestimável à equipe encarregada de fazer os programas, levando a um questionamento simples: por que ela não foi escolhida prefeiturável?
Cadê o fundo?
Dos seis vereadores do União Brasil na Câmara Municipal, até agora apenas dois – Duda Sanches e Kiki Bispo – haviam recebido recursos do partido para a campanha, o que é motivo de queixa na sigla. Duda, que é apontado como possível campeão de votos da legenda, foi contemplado com generosos R$ 371,6 mil, enquanto Kiki, líder de Bruno Reis na Câmara, com apenas R$ 48,9 mil. Por outro lado, há candidatos sem mandato que já foram beneficiados, a exemplo de Binho de Ganso, que abocanhou R$ 293,4 mil.
Rápido no gatilho
Por falar em fundo eleitoral, o PSD superou todos os demais partidos na Bahia quando o assunto foi a rápida distribuição dos recursos para os candidatos. Até dirigentes de outras agremiações reconhecem o mérito da legenda comandada no Estado pelo senador Otto Alencar. Reside aí, inclusive, parte do sucesso eleitoral do PSD, hoje a maior sigla da Bahia. E Otto ainda se gaba de que o diretório estadual não deve uma multa à Justiça Eleitoral, nem por descumprimento de cotas.
Sob medida
Foi feita sob medida para o deputado Pablo Roberto (PSDB) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentado pelo deputado Manoel Rocha (União) na Assembleia que permite aos parlamentares tirarem licença para assumir secretarias em municípios do interior. Hoje, isso é permitido apenas no Estado e na capital. Assim, o tucano não precisaria tomar posse como vice-prefeito de Feira caso seja eleito na chapa de José Ronaldo (União). O plano é cogitado, conforme revelou a coluna na semana passada (clique aqui para entender).
Planos municipais
Outros dois deputados estaduais podem ser beneficiados com a PEC de Manoel Rocha, que será aprovada após as eleições municipais: Tiago Correia (PSDB) e Jordáveio Ramos (PSDB). O primeiro cogita ser o sucessor da prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União), que disputa a reeleição. O outro teria interesse em ajudar mais de perto a gestão da mãe, Suzana Ramos (PSDB), em Juazeiro. Assim, ambos estariam liberados para serem secretários municipais sem perder o mandato.
Estranha e grosseira
Quem tem levado estresse ao ambiente do Tribunal de Justiça da Bahia, desagradando os próprios colegas e servidores, os quais invariavelmente destrata, é uma juíza escolhida para substituir desembargadores. O clima está tão ruim que servidores e até magistrados já pensam em fazer um apelo para que a juíza saia da lista de substituições, uma vez que queixas contra ela não faltam, indo da grosseria até a prática de procedimentos considerados esdrúxulos em suas decisões.
Tapar o nariz
Depois de ter traído Luiz Viana na eleição passada da OAB, o advogado André Godinho, cuja vitória num processo milionário contra a Petrobras ainda repercute nacionalmente, volta a se aproximar do grupo do ex-presidente, oferecendo apoio à chapa à reeleição de Daniela Borges. No time de Viana, a ordem é tapar o nariz e acolhê-lo, porque, afinal, apoio não se rejeita.
Traição no sangue
Nos meios jurídicos, o que se conta é que Godinho rompeu com Viana, de quem sempre fora aliado, e se engajou na campanha da chapa adversária na sucessão passada com o único objetivo de obter apoio para concorrer a uma vaga no STJ dos segmentos da OAB nacional que pretendiam destruir politicamente o ex-presidente local. No dia seguinte à eleição na Bahia, com a traição no sangue, seu grupo já abria oposição à candidatura que apoiou.
Pitaco
* O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, que fez diversas doações a candidatos e partidos nas eleições na Bahia, como mostrou a coluna na semana passada, contribuiu com R$100 mil para a direção nacional do MDB.
* Ao doar R$200 mil para a campanha do vereador de Salvador André Fraga, a direção nacional do PV deixou claro que a reeleição do edil, aliado de Bruno Reis, é mais importante do que a vitória de qualquer um dos sete candidatos a prefeito do partido.
* Para comparar, o PV nacional doou R$ 50 mil para a candidatura do velho conhecido Marcos Medrado à Prefeitura de Valença. O presidente da sigla na Bahia, Ivanilson Gomes, já havia revelado à coluna que este seria o valor para os “prefeituráveis”.
* O PCdoB também tem prioridades em Salvador. Ao mesmo tempo em que colocou R$ 500 mil para a candidata Aladilce, que tenta retornar à Câmara, destinou, individualmente, R$ 370 mil para os vereadores Augusto Vasconcelos e Hélio Ferreira.
* Vale lembrar que Aladilce tem uma madrinha federal forte no PCdoB: a deputada Alice Portugal.
* No MDB, o mandato também não parece importante para a distribuição do fundo eleitoral em Salvador. O vereador Joceval Rodrigues só ganhou, até aqui, R$ 15 mil, enquanto a candidata e ex-vereadora Ana Rita Tavares ficou com o dobro.
* A direção nacional do PL começou a liberar recursos do fundo eleitoral para seus candidatos na Bahia. Garantiu R$ 403 mil para Coronel França, em Teixeira de Freitas, e R$ 345 mil para o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal, que tenta a reeleição.
* Entretanto, o PL foi muito mais generoso com outro candidato que não é do partido: Flávio Matos, candidato a prefeito de Camaçari pelo União Brasil. Ele recebeu R$ 900 mil da legenda capitaneada na Bahia por João Roma.
* Por falar em Camaçari, o deputado estadual Júnior Muniz (PT) anda apostando que o aliado Luiz Caetano (PT) vence a eleição com 15 a 20 mil votos de frente em relação a vereador Flávio Matos (União).
* Otto Alencar esteve em Juazeiro nesta terça (10) para um ato de campanha do candidato do PSD, Celso Carvalho, filho do ex-prefeito Isaac Carvalho. O senador reafirmou que a divisão local na base de Jerônimo não afeta a aliança estadual.
Volta do banqueiro
O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, do extinto Banco Econômico, ensaia um retorno aos holofotes da política por meio de doações a candidatos na Bahia. Ele já destinou R$ 320 mil para campanhas no Estado, distribuídos entre concorrentes aos cargos de prefeito e vereador e para o diretório municipal de um partido, o DC de Salvador, comandado por Igor Domingues, assessor do Palácio Thomé de Souza, que recebeu R$100 mil. Tudo de forma legal.
Rico e generoso
Calmon de Sá contribuiu ainda com generosos R$ 100 mil para a candidatura à reeleição do prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Deu uma forcinha também para as campanhas das prefeitas Sheila Lemos (União), em Vitória da Conquista, e Suzana Ramos (PSDB), em Juazeiro, com R$40 mil para cada uma. Elas disputam o segundo mandato consecutivo.
Forcinha à delegada
Outra beneficiada com doação do ex-banqueiro foi a delegada, ex-secretária de Segurança Pública da Bahia e ex-vereadora Kátia Alves (União), que tenta retornar à Câmara Municipal de Salvador. Ela recebeu um valor mais modesto: R$ 20 mil. Vale lembrar que Ângelo Calmon de Sá, que não curte político de esquerda, foi ministro da Indústria e Comércio no governo de Ernesto Geisel, na ditadura militar, e secretário de Desenvolvimento Regional durante a presidência de Fernando Collor.
Competitividade e “QI”
O PSD do senador Otto Alencar investe alto nos candidatos a prefeito do partido, levando em conta a competitividade e o “QI”, ou seja, “Quem Indicou”. Em Campo Formoso, apostou R$ 820 mil em Denise Menezes, esposa de Adolfo Menezes, liderança da sigla e presidente da Assembleia Legislativa. Em Itabuna, garantiu R$ 760 mil para a reeleição do prefeito Augusto Castro, favorito. Na vizinha Ilhéus, o prefeito Mário Alexandre (PSD) convenceu Otto a viabilizar R$ 360 mil para o sucessor Bento Lima, tido como “azarão”.
Espera do milagre
Otto, no entanto, tem sido mais duro com os postulantes do PSD tidos como virtuais derrotados nas urnas em outubro. Em Jequié, por exemplo, nada foi destinado para a campanha de Alexandre Iosseff, que tem a tarefa hercúlea de tentar derrotar o prefeito Zé Cocá (PP), que briga pela reeleição. Em Juazeiro, nenhum real do fundo eleitoral do PSD foi depositado até aqui na conta de campanha de Celso Carvalho, mesmo o sendo sobrinho do ex-prefeito Isaac Carvalho (sem partido), o mais novo “melhor amigo” do senador.
O sapo e a língua
Por falar em Juazeiro, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) estará ao lado candidato do MDB, o empresário Andrei Gonçalves, pela segunda vez, em duas semanas. O petista confirmou que vai participar do tradicional desfile da Independência, no sábado (07), na cidade. No dia 24 de agosto, Jerônimo foi a uma caminhada eleitoral com Andrei. Não é à toa que Isaac Carvalho tem falado mal do governador em todo canto. Já disse a aliados que o único compromisso que tem em 2026 é com o presidente Lula (PT).
Carta na manga
Diante do crescimento da prefeita Sheila Lemos nas pesquisas e a possibilidade de vitória no primeiro turno, Jerônimo planeja tirar uma última carta da manga ainda em setembro na disputa eleitoral em Vitória da Conquista, terceiro maior colégio eleitoral da Bahia. Caso o cenário atual se mantenha, ele pretende convencer o deputado federal Waldenor Pereira (PT) a abrir mão da candidatura para apoiar a vereadora Lúcia Rocha (MDB), também da base aliada.
Fato novo
A avaliação de correligionários de Jerônimo é que somente este movimento, ou o inverso – Lúcia sair do páreo para apoiar Waldenor, caso o petista passe ao segundo lugar nas pesquisas -, poderia criar um fato novo forte o suficiente para virar a eleição na Suíça baiana, considerada estratégica pelo Palácio de Ondina. O governador já avisou que enquanto não houver uma candidatura única em Conquista, seja no primeiro ou num eventual segundo turno, ele não pisa os pés na cidade durante o pleito.
Poder de barganha
Crescem os rumores de que o deputado Pablo Roberto (PSDB), companheiro de chapa de José Ronaldo (União) em Feira de Santana não pretende renunciar ao mandato na Assembleia para ser vice, em caso de vitória. A estratégia do tucano seria assumir uma secretaria na gestão, mantendo o mandato parlamentar. Assim, teria maior poder de barganha para negociar a “divisão” do gabinete com o suplente Paulo Câmara (PSDB). Vale lembrar que, se tomar posse como vice, Pablo não pode retomar o mandato de deputado. Como secretário, sim.
Sorte grande
Em 2020, Ricardo Maia Filho (MDB) foi eleito em Tucano, então como o mais jovem prefeito da Bahia. Na época, declarou à Justiça Eleitoral não ter patrimônio. Agora, como candidato à reeleição, informou possuir bens móveis e imóveis que chegam a quase R$ 780 mil. O enriquecimento do emedebista, que é filho do deputado federal Ricardo Maia (MDB), virou resenha na cidade. Dizem até que ele ganhou na loteria, pois a Prefeitura deu sorte. Entre os bens está uma fazenda de R$ 240 mil.
Ciúme eleitoral
Aliados do governador andam irritados com as manobras judiciais do PT para retirar Jerônimo e Lula da propaganda de candidatos a prefeito de partidos da base onde há bate-chapa. Em Lamarão, na região sisaleira, a prefeita petista Pró Ninha, que disputa a reeleição, conseguiu impedir na Justiça Eleitoral que o adversário Dival de Memel (PSD) usasse na campanha as imagens das duas estrelas do 13. Dival, que apoiou o governador em 2022, chegou a pedir autorização ao próprio Jerônimo, mas foi negada.
Convite pelo X
Com o bom humor de sempre, o deputado Samuel Júnior (Republicanos) não perdeu a piada quando o comandante da bancada de oposição na Assembleia, deputado Alan Sanches (União), disse em plenário, nesta terça (03), não saber da reunião de líderes em que foi definido que os parlamentares poderão votar remotamente durante o período eleitoral, notícia revelada em primeira mão pelo Política Livre. “É que o convite ao senhor deve ter sido enviado pelo X, o antigo Twitter”, disse Samuel. A rede social foi suspensa no Brasil por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.
O terror do TJ
O novo corregedor do Tribunal de Justiça da Bahia, Roberto Frank, está criando fama de terror contra os maus juízes baianos. Sob sua gestão, tem detonado vários casos que estavam encobertos, apesar de provas de monta contra os magistrados. Corajoso, é do tipo que não se intimida nem diante de colegas desembargadores. Logo que começou no cargo, enfrentou a presidente Cyntia Resende, eleita em sua mesma chapa, num episódio que teria servido para marcar posição no TJ. Não é preciso dizer que advogados queixosos de juízes problemáticos estão adorando a atuação de Frank.
Estreia de Rui
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), estreou, na noite desta terça (03), na propaganda eleitoral em bloco do candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior. No comercial, o petista destaca as obras que realizou na cidade quando foi governador. Ele garantiu que o emedebista, se eleito, poderá fazer muito tendo Jerônimo e Lula ao lado. Na semana passada, em Brasília, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) cobrou a presença física de Rui na campanha na capital.
Pesadelo soteropolitano
Já na última propaganda em bloco do atual ocupante do Palácio Thomé de Souza, Bruno Reis (União), que concorre à reeleição, Geraldo Júnior foi comparado ao ex-prefeito João Henrique. Com imagens de uma capital sofrida, o recado foi que o 15, número do MDB, virou o “pesadelo” que Salvador não quer viver mais. O detalhe é que João Henrique já deixou o MDB há muito tempo e hoje é candidato a vereador pelo PL, partido da base de Bruno – que, por sinal, também já foi 15.
Pauta rubro-negra
Com pouco trabalho no plenário da Câmara Municipal de Salvador, por conta das eleições, o tema da rápida sessão de segunda (02) entre os vereadores foi a vexatória situação do Esporte Clube Vitória no Campeonato Brasileiro. O vereador Átila do Congo (PMB) responsabilizou o presidente rubro-negro, Fábio Mota, chamado de “arrogante” pelo “rebaixamento inevitável”. Outro torcedor ilustre, Carlos Muniz, emendou: “De luto ainda não estou, mas triste”.
Pitacos
* A vereadora de Salvador Marcelle Moraes aparece no topo da lista dos candidatos na Bahia que mais gastaram com impulsionamento nas redes sociais durante a campanha. Ela já gastou R$ 45 mil para aumentar o próprio engajamento.
* A segunda da lista é Suzana Ramos, prefeita de Juazeiro e candidata à reeleição, que gastou R$ 20 mil com impulsionamento.
* Líder do PSDB na Câmara Municipal de Salvador, o vereador Daniel Alves foi o primeiro beneficiado com recursos do fundo eleitoral do partido. Pingou na conta da campanha R$ 140 mil. Nem o presidente da Casa, o tucano Carlos Muniz, recebeu ainda.
* Já no PDT, a vereadora Roberta Caíres, candidata de ACM Neto (União), foi a que recebeu até aqui a maior fatia entre os que concorrem à reeleição: R$150 mil. Logo depois, aparece Débora Santana, com R$ 100 mil. Anderson Ninho só teve R$50 mil.
* Aliás, Ninho, que é ligado ao deputado Elmar Nascimento (União), recebeu doação menor do que pedetistas sem mandato. Omar Gordilho e Zilton Netto, preferidos dos deputados Félix Mendonça (PDT) e Leo Prates (PDT), ficaram com R$ 100 mil cada.
* O PV vai destinar, em média, R$ 50 mil do fundo eleitoral para os sete candidatos a prefeito do partido na Bahia.
* O vereador Tiago Ferreira (PT), que já foi um crítico da escolha de Geraldo Júnior como candidato do governo em Salvador, abraçou o emedebista no sábado (31), em evento de lançamento de sua campanha, no Subúrbio. Dizem que foi obrigado a convidar o candidato a prefeito.
* Na falta de coisa mais importante a fazer, o deputado estadual Marquinho Viana (PV) apresentou um projeto de lei propondo que o prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), passe a se chamar Palácio Todos os Santos.
* A deputada Lucinha do MST (PT), empossada na Assembleia após a licença médica da titular da cadeira, deputada Maria Del Carmen, pediu ao presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), a criação da Comissão Especial da Promoção da Igualdade.
* Por outro lado, tem comissão já criada e instalada na Assembleia que segue sem funcionar. É o caso do Conselho de Ética. Adolfo admitiu que, se o colegiado já não andava, pior ainda em período eleitoral.
Marasmo de Geraldinho
O marasmo da campanha de rua do candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, incomoda os aliados. O emedebista só participou, por exemplo, de três eventos de vereadores dos partidos da coligação, enquanto o prefeito Bruno Reis (União), que tenta a reeleição, já esteve em 34. Mas Geraldo Júnior não é o único culpado, visto que há concorrentes à Câmara Municipal do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT) acreditando que o emedebista tira votos e, por este motivo, querem ficar a boa distância dele.
Tamanho dos “exércitos”
Entre os poucos candidatos proporcionais que convidaram Geraldo Júnior até aqui para um lançamento de campanha está a vereadora Marta Rodrigues (PT), que tenta renovar o mandato. Ela é irmã de Jerônimo. Já Bruno Reis tem participado diariamente de atos organizados pelo seu “exército”, inclusive de novatos nas eleições. Na semana passada, teve um dia que foi a nove eventos do tipo.
Agenda de rua
Quando a agenda é visita a bairros de Salvador, Bruno Reis leva uma pequena vantagem em relação a Geraldo Júnior. Desde o dia 16 de agosto, quando começou oficialmente a campanha, o prefeito já esteve em nove localidades. O vice-governador, por sua vez, participou de atos de rua em sete. Segundo pessoas próximas ao emedebista, a estratégia é focar na campanha de TV, que começa nesta sexta (30).
Ajuda de custo
A coluna descobriu, junto a fontes próximas do Palácio de Ondina, que Geraldo Júnior será contemplado com R$ 2 milhões do fundo eleitoral, recursos que deve ser encaminhado nos próximos dias pelo diretório nacional do MDB. O valor é bem inferior ao que a direção do União Brasil já encaminhou a Bruno Reis: R$ 10 milhões. O MDB também vai ajudar os postulantes do partido em Vitória da Conquista, a vereadora Lúcia Rocha, e em Juazeiro, o empresário Andrei da Caixa. Ambos devem receber R$ 500 mil.
Prioridades petistas
Levando em conta apenas os dez maiores colégios eleitorais da Bahia, os primeiros candidatos a prefeito do PT que receberam recursos do fundo eleitoral por parte da direção nacional legenda foram Zé Neto (Feira de Santana) e Tito (Barreiras). O primeiro já arrecadou pouco mais de R$ 1,3 milhão, enquanto o segundo foi contemplado até aqui com quase R$ 260 mil. Isso demonstra o quanto vencer em Feira, maior município do interior baiano, é uma prioridade absoluta para a cúpula petista.
Saldo devedor
Em Vitória da Conquista, segundo maior município do interior do Estado, não pingou ainda recursos do fundo eleitoral para o candidato petista, o deputado federal Waldenor Pereira. O parlamentar, por sinal, fez a primeira doação à campanha, no valor de R$ 10 mil, mas já acumula gastos de campanha de quase R$ 900 mil. Em Camaçari e Ilhéus, os postulantes do PT, Luiz Caetano e Adélia Pinheiro, respectivamente, contribuíram do próprio bolso, o primeiro, com R$20 mil, e ela, com R$ 5 mil.
Tombo no líder
Ou o ex-vereador de Salvador Gilberto José tem um irmão gêmeo e ninguém sabia ou anda, como diz o ditado, vendendo gato por lebre. Num intervalo de cinco dias, ele apareceu em fotografias declarando apoio a dois candidatos diferentes ao Legislativo municipal e que concorrem à reeleição. Primeiro, com Kiki Bispo (União). Depois, com Alexandre Aleluia (PL). Será que Aleluia, que tem agido com agressividade na busca pelo apoio de lideranças, deu um “tombo” no líder de Bruno Reis?
Síndico queimado
O vereador de Salvador Sabá (DC) pode ter dado um tiro no pé ao fazer uma parceria política com o síndico de um condomínio com 800 apartamentos na Estrada Velha do Aeroporto. O cabo eleitoral pode perder o cargo a qualquer momento por decisão judicial, em ação movida por moradores. O síndico enfrenta acusações de irregularidades na prestação de contas e vive tentando aumentar a taxa condominial, mas sem sucesso. A mais nova dele é limitar a fala dos moradores na próxima assembleia.
Aposta de Leo
Correligionários de Bruno Reis detectaram o crescimento do candidato a vereador Zilton Netto (PDT), que tem como padrinho político o deputado federal Leo Prates (PDT). Antes visto com poucas chances, até por disputar a primeira eleição, Zilton, que foi coordenador da Codecon, passou a figurar na lista dos três que devem ser eleitos no ninho pedetista. “Leo, que quer ser prefeito e teve quase 90 mil votos em Salvador, não iria dar um tiro no escuro”, disse uma importante fonte do Paço municipal.
Matando a saudade
O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) confirmou a realização, no feriado de 7 de setembro, de mais um ato “patriótico” que promete unir a direita de Salvador. O evento, marcado para começar às 9h, no Farol da Barra, deve juntar uma turma conservadora que não se “bica”, sobretudo em ano eleitoral. Candidatos do PL à Câmara Municipal confirmaram presença, a exemplo de Alexandre Aleluia, que tenta a reeleição, e o ex-vereador Cézar Leite, querido por poucos na sigla bolsonarista.
Elmar fortalecido
O deputado Elmar Nascimento (União) acredita que pode receber ainda essa semana apoio formal do presidente da Câmara , Arthur Lira (PP-AL), na disputa pelo comando da Casa, na eleição que acontece em fevereiro de 2025. Segundo aliados do parlamentar na Bahia, a posição do presidente Lula (PT) na reunião com líderes, na segunda (26), favoreceu Elmar, enfraquecendo o outro baiano na disputa, Antônio Brito. Na ocasião, Lula disse que não vai interferir no processo.
Gesto de lealdade
Titular da Secretaria Municipal de Promoção Social de Salvador, Júnior Magalhães chegou a colocar o cargo à disposição quando informou a Bruno Reis e ao antecessor ACM Neto (União) que a mãe, Tonha Magalhães (Avante), iria compor a chapa da candidata do PT em Candeias, Marivalda da Silva. O gesto de lealdade de Júnior pesou a favor dele e a demissão sequer foi cogitada. O entendimento de Bruno é que quem aproximou Tonha do PT foi o atual prefeito de Candeias, Pitágoras Ibiapina (PP).
Planos adiados
O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), assegurou a aliados próximos que, se reeleito em outubro, vai concluir inteiramente o segundo mandato. Com isso, descarta ser candidato a deputado estadual ou federal em 2026. Existe a especulação de que Cocá almeja uma cadeira na Câmara Federal, mas os planos podem ser adiados para 2030. Por isso, ele escolheu como companheiro de chapa o sobrinho Flávio Santana (União), visando prepará-lo como sucessor natural.
Viabilidade eleitoral
Líder do governo estadual na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) acredita que Jerônimo vai anunciar em breve o apoio à candidatura de Adélia Pinheiro em Ilhéus, mesmo contrariando o prefeito Mário Alexandre (PSD), que é da base, mas lançou como sucessor Bento Lima (PSD). Segundo Rosemberg, o governador vai esperar até o próximo dia 31 por uma pesquisa que aponte a viabilidade eleitoral de Bento. Caso isso não fique demonstrado, fará a declaração pública em favor de Adélia.
Prefeito caloteiro
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e outros órgãos de controle estão recebendo inúmeras denúncias contra um prefeito baiano acusado de não pagar a ninguém e que gosta de viver, como se diz no interior, entre Rios. O cidadão está repleto de dívidas, inclusive com um conhecido empreiteiro baiano que realizou obras no município do gestor. A suspeita é que o tal prefeito busca extrair dividendos eleitorais de obras que não são pagas.
Pitaco
* O PSD decidiu destinar R$100 mil de fundo eleitoral para os vereadores que são candidatos à reeleição em Salvador. Os que são postulantes e não têm mandato vão receber entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, a depender do potencial.
* Candidato a vereador pela Rede, Humberto Neto, ex-chefe de Gabinete da Conder, decidiu adotar o roxo na campanha. O problema é que a cor também é a mesma utilizada pela vereadora Roberta Caires (PDT), o que tem confundido lideranças.
* “Quando chega a turma das bandeiras de roxo, a gente primeiro pergunta se é do homem ou da mulher, porque a gente nunca sabe. Isso tem confundido os apoiadores dos dois”, contou um líder comunitário ligado a Humberto.
* Presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça ironizou a ação movida por Henrique Carballal, que é pedetista, embora aliado de Jerônimo, contra o comandante do PV baiano, Ivanilson Gomes, acusado de cometer difamação (clique aqui para entender).
* “Se depender da campanha de Geraldo Júnior, não vai ter bate-chapa em Salvador, mas sim bate-cabeça”, afirmou Félix à coluna. Tanto Henrique quanto Ivanilson são coordenadores da campanha do emedebista. O “verde” acusou o pedetista de racismo.
* Em Juazeiro, o ex-prefeito Isaac Carvalho (PT) disse que o sobrinho, Celso Carvalho (PSD), candidato a prefeito, pode desistir da disputa e apoiar o empresário Andrei da Caixa (MDB) se houver um pacto baseado em quem aparece melhor nas pesquisas.
* Por falar em Juazeiro, o deputado estadual Roberto Carlos (PV) admitiu que estava disposto a apoiar a esposa de Isaac, Ellen Carvalho, se a mesma fosse viabilizada candidata no PT. “Mas essa tese não prevaleceu na federação e nem na base”, disse.
* O candidato do União Brasil à Prefeitura de Alagoinhas, Paulo Cezar, denunciou ao Ministério Público Eleitoral que foi alvo de ameaças de morte veiculadas em grupos de WhatsApp.
* O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) apresentou um projeto de lei que torna dispensável o registro no Conselho Regional de Educação Física para o exercício da docência na Bahia
* Outro projeto que passou a tramitar na Assembleia, enviado por Jerônimo, é o que cria o Fundo Permanente para a Defesa Civil.
Cheio da grana
Entre os deputados baianos que são candidatos a prefeito ou a vice nas eleições deste ano, sejam da Assembleia Legislativa ou da Câmara Federal, aquele que declarou maior patrimônio à Justiça Eleitoral foi o deputado estadual Raimundinho da JR (PL), que está na disputa em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Ele informou bens que somam mais de R$12,1 milhões, sendo a maior parte, cerca de R$7,1 milhões, oriundos de 95% das cotas da empresa JR Empreendimentos Ltda.
Segue a lista
A lista é seguida pelo deputado federal Zé Neto (PT), que é candidato em Feira de Santana e declarou mais de R$ 3,9 milhões, e pelo deputado estadual Eures Ribeiro (PSD), postulante em Bom Jesus da Lapa e que informou um montante superior a R$ 1,2 milhão. O quarto mais “rico” é o deputado federal Waldenor Pereira (PT), concorrente em Vitória da Conquista, com pouco mais de R$ 1 milhão em patrimônio.
Mais pobres
Entre os mais “pobres” está a deputada estadual Cláudia Oliveira (PSD), candidata em Porto Seguro, que declarou R$ 344 mil, curiosamente um valor pouco abaixo do que o prefeito do município, Jânio Natal (PL), postulante à reeleição, informou ter guardado em espécie. A lista é fechada pelos deputados estaduais Pablo Roberto (PSDB), candidato a vice-prefeito em Feira com declaração de R$ 281 mil arredondados, e Pancadinha (Solidariedade), que garantiu ter apenas R$ 21 mil numa conta-salário.
Prejuízo da vereança
No jogo de ilusões da declaração de bens à Justiça Eleitoral, dos 42 vereadores de Salvador que são candidatos à reeleição, 13 informaram ter ficado mais “pobres” entre o pleito de 2020 e o de outubro próximo. Outros 26 disseram ter elevado o patrimônio e outros e três repetiram não ter qualquer tipo de bem no próprio nome: Roberta Caíres (PDT), Átila do Congo (PMB) e Sandro Bahiense (PP).
Perde e ganha
Como já divulgou a imprensa, o vereador com mais bens declarados é Alfredo Mangueira (Republicanos). Só que, em números arredondados, o patrimônio dele caiu de R$ 7,3 milhões para R$ 5,1 milhões entre 2020 e 2024. Outros três edis registraram crescimento patrimonial partindo do R$0: Marcelo Maia (DC), hoje com R$ 906 mil; André Fraga (PV), agora com R$ 448 mil; e George Gordinho da Favela (PP), atualmente com R$ 42,2 mil.
Bateu o desespero
Preocupado com a reeleição da esposa, a vereadora Débora Santana (PDT), o comunicador Uziel Bueno anda atirando para todo lado. Esta semana, partiu para cima do presidente da Associação Comunitária do Marback e Imbuí, Ricardo Justo, que é candidato a uma cadeira na Câmara Municipal pelo mesmo partido de Débora. Em um programa de rádio, Uziel afirmou que Ricardo se comporta como “dono” da entidade. Gerou mal estar no ninho pedetista.
Bruxo em ação
O senador Jaques Wagner (PT) articula para atrair novamente o PP para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Wagner tem mantido conversas até com o secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão, uma das principais lideranças do partido no Estado e com influência junto ao presidente nacional da legenda, o senador Ciro Nogueira (PI). Embora esteja rompido com o pai do secretário, o deputado federal João Leão (PP), Wagner tem uma boa relação com Cacá.
Como nuvem
Apesar das especulações, ainda não há negociação concreta entre Jerônimo e o PP, que na Bahia é comandado pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior. As conversas objetivas só devem ocorrer depois das eleições de outubro. Embora Cacá hoje defenda que os pepistas sigam na oposição e ao lado do grupo do prefeito Bruno Reis (União) e do antecessor ACM Neto (União), Wagner sabe que isso pode mudar. Até porque o secretário de Governo da Prefeitura será candidato a deputado federal em 2026 no lugar do pai.
Fazendo conta
No final da semana passada, jantaram na Casa Vidal, restaurante português de Salvador, os deputados Antonio Brito, Gabriel Nunes e Diego Coronel, todos do PSD. A pauta do encontro foi a eleição à presidência da Câmara Federal. Nas contas do trio, o apoio dos evangélicos pode ser decisivo. Por isso, Brito deve se aproximar mais do presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), que também é candidato. Quem sair da disputa ou não avançar a um eventual segundo turno, apoiaria o outro.
Olho gordo
Os irmãos Vieira Lima estão decididos a lançar, em 2026, um candidato a deputado federal próximo da família. Geddel prefere o nome de Lúcio, mas a tendência é que o escolhido seja o primo Jayme Vieira Lima Filho, que assumiu o comando do MDB na Bahia e a chefia da Cerb. Os Vieira Lima tentam convencer Jayme, que é advogado, a aceitar o desafio. A candidatura é estratégica até para afastar o “olho gordo” do deputado federal Ricardo Maia, único representante do MDB na Câmara pela Bahia, sobre o comando da legenda.
Agressor de mulheres
Em discurso nesta terça (13), o líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), cobrou uma reação da sociedade contra os casos de violência às mulheres. Ele citou a morte da delegada Patrícia Aires e lamentou que existam candidatos a prefeito com histórico de agredir as companheiras, citando Coaraci, no sul. Indiretamente, ele se referiu ao empresário Célio Passos, que, embora seja do PT, é adversário de Rosemberg. “O que um cidadão como esse não vai fazer com outras pessoas da cidade?”, provocou.
Montando a equipe
Ligado ao deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), o ex-vereador de Paulo Afonso Mário Galinho (PSD), que é candidato a prefeito na cidade este ano, tem sido alvo de críticas, inclusive de aliados, porque teria deixado as decisões importantes da campanha a cargo do ex-prefeito Raimundo Caires, a quem se acusa de ter firmado parceria com um grupo empresarial “estrangeiro” com interesse em prestar serviços no município. O ex-prefeito, que foi responsável pela extinção da Ceasa e do Parque de Exposições de Paulo Afonso, já é apresentado por Galinho como seu futuro secretário da Fazenda.
Queda e coice
A decisão do TSE de impugnar nesta terça (13), por unanimidade, a candidatura do advogado Leandro Gesteira à vaga de desembargador do TRE baiano colocou a OAB-BA num impasse: abrir ou não uma investigação contra o profissional, acusado na ação que resultou na sua impugnação de inidoneidade. Teria, no entanto, a instituição peito para enfrentar o grupo de desembargadores que bancou a candidatura de Gesteira, ainda mais depois dos boatos de que estiveram por trás da artilharia contra o advogado setores da própria Ordem baiana?
Na mira
Na noite de ontem (13), juristas disseram à coluna que, mais do que uma lição pública sobre a importância da conduta pessoal de quadros que planejam concorrer à magistratura, a decisão do TSE contra Gesteira foi um duro recado ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) quanto à necessidade de observar os mesmos requisitos na hora de escolher novos membros para o Judiciário. Um deles, baiano radicado em Brasília, chegou a relatar perceber o crescimento, de novo, de um sentimento contra o tribunal baiano em órgãos federais.
“Ur Grace!”
Foi motivo de toda sorte de piadas, dentro e fora do TJ-BA, um decreto recente exigindo que desembargadores e juízes sejam tratados por “Sua Excelência”. O autor da ideia seria o novo secretário-geral da Presidência, Pedro Vieira da Silva Filho. Nos corredores do Tribunal, depois da iniciativa, ele passou a ser chamado de “Ur Grace”, deferência com que se referem aos Duques, segundo posto mais importante na nobreza depois do dos príncipes.
Pitacos
* A direção estadual da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) se reuniu nesta terça (13) em Salvador e mais uma vez não conseguiu chegar a um entendimento sobre qual será o candidato das três siglas em Juazeiro. Um novo encontro ocorre hoje.
* Houve, no entanto, uma mudança no PV, que decidiu agora retirar a candidatura do deputado estadual Roberto Carlos para apoiar o nome do MDB, Andrei Gonçalves. Pesou na posição do ex-deputado federal da legenda Edson Duarte, que é de Juazeiro.
* O deputado federal Ricardo Maia (MDB) deve romper, ao menos em Tucano, a parceria política com o deputado estadual Rogério Andrade (MDB). Maia avalia que a “dobradinha” favoreceu muito mais o aliado de partido e que ganhou pouco com isso.
* A vereadora de Salvador Laina Crisóstomo (PSOL) demonstrou toda ousadia numa publicação no Instagram com o objetivo de encorajar outras mulheres a “romper o que as prendem, as encarceram, as limitam”.
* Ex-secretária de Segurança da Bahia, Kátia Alves, candidata a vereadora pelo União Brasil, tem sido implacável nas críticas ao governo baiano por conta do aumento da violência na capital. Mas também não deixa de apresentar propostas ao setor.
* Para o presidente do PV em Candeias, Toni Gleidson, foi um “gol de placa” da candidata a prefeita Marivalda da Silva (PT) a escolha da ex-adversária e ex-prefeita Tonha Magalhães (Avante) como companheira de chapa. “Somam forças”, disse.
* Prefeito de Jequié e candidato à reeleição, Zé Cocá (PP) decidiu lançar uma enquete na internet para que os seguidores o ajudem a escolher a foto da urna. Uma das opções, a do “loiro pivete”, tem dado o que falar.
* Assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, Célio Machado foi agraciado na semana passada com o título de cidadão de Muritiba, em função dos serviços prestados ao município.
Alertas ao governador
Além das três ressalvas contidas no relatório, ao aprovar a contabilidade do primeiro ano de gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT), nesta terça (06), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também fez seis alertas ao petista, aos quais a coluna teve acesso. Um deles cita a existência de “despesas inelegíveis no cálculo do Índice de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), no montante de R$113,2 milhões”. Outro aborda problemas nos registros de execução dos processos de precatórios.
Distorções e subavaliação
Os auditores do TCE alertaram, ainda, para distorções causadas pelo uso indevido do registro de Despesas de Exercícios Anteriores (DEA); assunção de obrigações diretas superiores aos créditos orçamentários em quatro secretarias; e subavaliação dos restos a pagar, no valor de R$214 milhões. O Tribunal apontou também fragilidade nos procedimentos de planejamento, monitoramento e avaliação das ações de políticas públicas.
Matando a saudade
Parte do G10, bloco informal de dez parlamentares da Assembleia, se reuniu em um almoço nesta terça-feira (06), quando os trabalhos na Casa foram de fato iniciados após o período das convenções partidárias. Colocaram o papo em dia os deputados Ângelo Coronel Filho (PSD), Raimundinho da JR (PL), Luciano Araújo (Solidariedade), Vitor Azevedo (PL), Felipe Duarte (PP) e Hassan (PP). Ausentes os deputados Niltinho (PP), Laerte do Vando (Podemos), Nelson Leal (PP) e Antonio Henrique Júnior (PP).
Adesão do PP
Por falar em Felipe Duarte, ele não acredita numa adesão integral do PP ao governo Jerônimo Rodrigues logo depois das eleições municipais, como defende a maior parte da legenda. “Eu acho difícil que haja um caminho só ainda este ano, embora seja governista. Não tenho essa perspectiva de que haja uma harmonização com o grupo de João Leão (deputado federal) e Cacá Leão (secretário de Governo da Prefeitura de Salvador), que querem seguir na oposição”, declarou o parlamentar, que deve migrar para o Avante em 2026.
Abraço e dancinha
A convenção que confirmou a candidatura à reeleição do prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), no sábado (03), foi marcada pela reaproximação entre ACM Neto (União) e o ex-ministro João Roma (PL). Além de dividirem o palanque, os dois se abraçaram e Neto chegou a insinuar um convite para que Roma fizesse uma dancinha ao lado dele e de Ednaldo no palco. Apoiado pelo prefeito, o deputado estadual Niltinho (PP) não foi para não se misturar aos líderes oposicionistas.
Quem avisa…
A turma do marketing que perdeu a sugestão para que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) usasse um ponto eletrônico ao invés dos prompters (letreiros) que acabaram colocados no palco em que discursou na convenção do último domingo (04) comemorou discretamente os percalços do candidato do governo estadual à Prefeitura de Salvador durante o evento. Aos risos, alguns fizeram alusão ao ditado segundo o qual “quem avisa, amigo é”.
Sombra de Bruno
O principal temor daqueles que não queriam de jeito nenhum ver o candidato com um ponto eletrônico era de que os adversários usassem a imagem para alegar que se Geraldo não tem condição de discursar com espontaneidade num evento público sobre a cidade, apesar de anos na vida pública, não teria também capacidade para ser prefeito. O emedebista foi ao próprio evento sob a sombra do prefeito Bruno Reis (União Brasil), cuja performance na convenção do União Brasil havia sido elogiada pelos aliados.
Fugindo da polêmica
Parte dos vereadores de Salvador defendem que a Câmara não vote, durante o período eleitoral, projeto de autoria dos próprios edis. Com isso, esperam evitar polêmicas que gerem desgastes aos “representantes do povo” até o fechamento das urnas. A ideia é que sejam apreciadas apenas iniciativas de menor risco, como resoluções e indicações. Há, ainda, quem defenda que projetos polêmicos do Executivo também tenham a apreciação adiada, sobretudo na área ambiental.
Chá de sumiço
Vereadores da base de Bruno Reis se queixam da dificuldade em conseguir uma audiência com o chefe de Gabinete da Prefeitura, Francisco Elde. Um dos edis disse à coluna não acreditar que o “sumiço” se deva aos compromissos de Elde como presidente estadual do PRD, função que exerce desde fevereiro. Afinal, Igor Dominguez, outro assessor de Bruno e que preside o DC no Estado, segue recebendo normalmente os aliados do prefeito para tratar de obras demandadas pelos vereadores.
Briga de foice
A avaliação nos corredores da Câmara de Salvador é que o vereador Sidninho (PP) terá dificuldades para se reeleger. A concorrência é alta no ninho pepista, que deve ficar com até quatro vagas. É apontado como primeiro da fila o vereador Maurício Trindade, seguido do comunicador Jorge Araújo, que tenta o primeiro mandato e recebeu mais de 23 mil votos só na capital na eleição de 2022 para deputado federal. A briga de foice se dá entre os vereadores George Gordinho da Favela, Sandro Bahiense e Sidninho.
Custo André Fraga
Como mostrou o Política Livre (clique aqui para ler), dentro da Federação Brasil da Esperança em Salvador, ficou com o PV a tarefa de inscrever o maior número de candidatos a vereador (17, contra 16 do PT e 11 do PCdoB). Ou seja, coube aos “verdes”, que não têm candidaturas tão competitivas quanto os petistas, fazer a chamada “rabada” do grupo para ajudar os outros dois partidos a eleger representantes. A operação foi chamada de “custo André Fraga”, em referência ao vereador do PV, que apoia Bruno Reis (União Brasil).
Casa de apostas
Há quem aposte as fichas de que o ex-deputado e ex-vereador David Rios, que está no MDB, será o candidato mais bem votado na disputa por uma cadeira na Câmara de Salvador este ano. Em 2022, ele teve quase 50 mil votos apenas na capital na corrida malograda pela reeleição na Assembleia. Os contrários a essa tese argumentam, no entanto, que a eleição municipal é diferente, e mais: parte das lideranças que apoiavam David agora concorre contra ele no pleito.
Intervenção divina
Durante convenção do MDB em Araci, o deputado federal Ricardo Maia (MDB) afirmou, no palanque, que o grupo que lidera irá, em caso de vitória, demitir todos os nomeados pela Prefeitura e substituir os ocupantes dos cargos de confiança por aqueles presentes no evento e que apoiavam a candidatura do irmão dele, o emedebista Zelito Maia. A fala pegou tão mal que Zelito, acusado de ser um “estranho no ninho” no município, uma vez que sempre viveu em Ribeira do Pombal, se ajoelhou e pediu intervenção divina. Assista abaixo!
Drama infinito
Presidente do PV baiano, Ivanilson Gomes acredita que a definição sobre quem será o candidato da Federação Brasil da Esperança à Prefeitura de Juazeiro ficará a cargo da direção nacional. “Na estadual, vai acontecer a mesma coisa, cada partido defendendo sua posição. Então, isso será nacionalizado. Na nacional, posso adiantar que o PV vai manter a mesma posição em favor de que o candidato seja o deputado estadual Roberto Carlos, do partido”, avisou.
Pendenga do norte
Ainda sobre Juazeiro, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) revelou à coluna que conversou esta semana com o governador sobre a pendenga da base aliada no município. O emedebista afirmou que estava disposto a apoiar o candidato do PT, o ex-prefeito Isaac Carvalho, se o mesmo resolvesse as pendências na Justiça e se tornasse elegível, o que não ocorreu. Geddel declarou que é impossível para o MDB retirar do páreo o empresário Andrei Gonçalves, filiado à sigla e cuja candidatura ganha musculatura, para apoiar um competidor sub judice.
Pitacos
* Em entrevista a uma rádio esta semana, Geraldo Júnior disse que votou em Jair Bolsonaro (PL) em 2018 a mando de ACM Neto. O irônico é que uma das principais críticas do emedebista a Bruno Reis é de que o prefeito só faz o que Neto manda.
* Por falar em Geraldo Júnior, o vereador Duda Sanches (União) provocou o adversário em conversa com a coluna. “Não vejo a campanha do vice-governador nas ruas da cidade. Não sinto essa presença, o que não incomoda ninguém”.
* Já o vereador Tiago Ferreira (PT), que já foi um dos petistas mais críticos à escolha do nome de Geraldo Júnior como candidato do governo, rebateu. “A militância se engajou na campanha em Salvador e esse movimento vai crescer. As pesquisas já mostram”.
* Pai de Geraldo Júnior, o ex-vereador Super Geraldo insistiu até o último instante junto ao filho e aos Vieira Lima para ser candidato a uma cadeira na Câmara Municipal este ano pelo MDB. Para evitar ciumeiras e por motivos de saúde, o pedido foi negado.
* Seguem fortes as queixas entre os vereadores da base de Bruno Reis de que atores da Prefeitura priorizam eleger o ex-presidente da Limpub Omar Gordilho (PDT) e reeleger os edis Roberta Caires (PDT) e Kiki Bispo (União).
* Além de cuidar da organização da campanha da federação PSDB/Cidadania em Salvador e de ser o Ouvidor-geral do município, Jean Sacramento, homem da confiança do vereador tucano Carlos Muniz, ainda arruma tempo para cursar medicina.
* Aliás, dos 44 candidatos a vereador da federação encabeçada pelos tucanos, nove são do Cidadania. Do total geral, apenas três nomes nunca foram testados nas urnas. A expectativa mais realista é que o grupo eleja de cinco a seis representantes.
* Quem pode pagar o preço por ter apostado as fichas em montar o próprio partido para disputar a reeleição é o vereador Átila do Congo, presidente do PMB na Bahia. Colegas de Câmara avaliam que a sigla pode não eleger ninguém. E tem gente vibrando.
* Causou estranheza a ausência de ACM Neto na convenção que confirmou a candidatura do vereador Otoniel Teixeira (União) à Prefeitura de Barreiras, principal município do oeste do Estado. Neto participou de eventos do tipo em diversas cidades.
* Do União Brasil, o deputado estadual Marcinho Oliveira subiu no mesmo palanque de Jerônimo durante a convenção que confirmou a candidatura de Zé Filho (PSD) a prefeito de Riachão do Jacuípe. Mas isso não é mais novidade!
Roma e o tribunal
Presidente do PL na Bahia, João Roma não tem a menor intenção de levar adiante o pedido do deputado federal Capitão Alden de expulsar da legenda parlamentares aliados ao PT (clique aqui para ler). Em entrevista recente, Roma afirmou que, embora se apegue às bandeiras bolsonaristas, “partido não é tribunal”. E tem mais: o dirigente sabe que a expulsão agradaria os deputados estaduais Vitor Azevedo e Raimundinho da JR, que ficariam livres para entrar numa sigla mais próxima do governo.
Olho nos suplentes
Raimundinho da JR é pré-candidato visto como competitivo à Prefeitura de Dias D’Ávila. Caso vença, o PL se livra de um aliado do PT na Assembleia e pode emplacar mais um bolsonarista convicto na Casa, o suplente Coronel França. Só que o coronel é candidato a prefeito de Teixeira de Freitas. Caso vença, nada muda na Assembleia, uma vez que assumiria Kátia Bacelar (PL), irmã do deputado federal Jonga Bacelar (PL), que já aderiu ao governo Lula (PT) e não dá a mínima para as queixas de Capitão Alden.
Aumento da concorrência
Aliás, o que se diz nos corredores da Assembleia é que, para os representantes legítimos do bolsonarismo, Diego Castro (PL) e Leandro de Jesus (PL), a pior hipótese é que Coronel França assuma a cadeira de deputado. Isso aumentaria a vaidosa disputa pelo protagonismo do discurso conservador na Casa, que já existe entre os dois parlamentares, embora publicamente de forma civilizada. Mas nos bastidores…
No ‘ponto’
A equipe de marketing de Geraldo Júnior (MDB) está fortemente tentada a usar um ponto eletrônico no emedebista durante a convenção que vai homologar a candidatura dele, neste domingo (4), na Arena Fonte Nova. O grupo teme que, apesar do ‘esforço’ do postulante e daqueles que tentam prepará-lo para discursar no evento, o vice-governador descambe, como é de costume, para o “lero, lero” se ficar solto, virando com isso alvo de mais críticas. Uma avaliação de custo-benefício precederá a decisão que for tomada.
Disputa em casa
Como já revelou a coluna, há uma disputa petista antecipada entre a agora deputada federal Elisângela Araújo e o chefe de gabinete Lucas Reis pela preferência do senador Jaques Wagner (PT) na corrida por uma cadeira na Câmara em 2026. O segundo é apontado como nova aposta de renovação do senador e tem, inclusive, comandado o direcionamento das emendas do chefe. Elisângela terá dificuldades até para receber novamente o voto do presidente do PT baiano, Éden Valadares, que articula em favor de Lucas, embora o chefe de gabinete negue qualquer divergência com a deputada.
Força de Adolfo
Presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD) mostrou força na convenção da esposa, Denise Menezes (PSD), no domingo (28), em Campo Formoso. Além de garantir as presenças do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do senador Jaques Wagner (PT), exibiu um vídeo do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmando que estará presente fisicamente na campanha a favor de Denise e contra o prefeito Elmo Nascimento (União), irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União).
Gesto de gratidão
Rui havia confirmado presença na convenção de Denise, que comanda voluntariamente o projeto Assembleia de Carinho, no Legislativo baiano. Ele justificou a ausência alegando problemas de agenda. Ao garantir que participará fisicamente da campanha em Campo Formoso, o que não fará nem em Salvador, o ministro faz um gesto de gratidão ao apoio que sempre teve de Adolfo, inclusive para que a ex-primeira-dama Aline Peitoxo se tornasse conselheira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Queda de altura
Foi publicada no Diário do Legislativo desta quarta (31) a licença médica, por 180 dias, da deputada Maria Del Carmen (PT). O atestado de saúde aponta para uma doença grave que atinge a coluna da petista, provocando fortes dores e “múltiplas quedas da própria altura” nos últimos anos. A suplente Lucinha do MST (PT) foi convocada a assumir o mandato pelo período. Oficialmente, a Assembleia reabre após o recesso nesta quinta (01), mas as sessões só começam efetivamente semana que vem.
Intrigados de Guanambi
Não coloquem na mesma mesa o deputado federal Charles Fernandes (PSD) e a deputada estadual Ivana Bastos (PSD). Além de questões locais em Guanambi, os dois começaram a se desentender quando Ivana cravou que vai concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026, se chocando com os interesses do antigo aliado. Os dois, inclusive, nem se cumprimentam mais. Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar deve tratar da questão depois das eleições municipais.
Especulação de Elmar
O deputado federal Leur Lomanto Júnior não acredita no apoio do partido dele, o União Brasil, à reeleição do presidente Lula, em 2026, ainda que os petistas apoiem a candidatura de Elmar Nascimento, líder da legenda, à presidência da Câmara, em fevereiro de 2025. “Defendo a candidatura à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é do partido”, pontuou à coluna. Ele considerou que a hipótese de apoio a Lula, levantada pelo próprio Elmar, não passa de especulação.
Mudança de lado
Embora o símbolo do partido estivesse estampado no convite da convenção de José Ronaldo (União) em Feira, realizada nesta terça (30), o PDT não marcou presença no evento e caminha mesmo para mudar de lado e fechar apoio à candidatura do deputado federal Zé Neto (PT). Os pedetistas ficaram insatisfeitos com a escolha do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) para a vice, pois havia a promessa de que fariam a indicação.
Neutralidade esquecida
O PT em Coité, região sisaleira, não gostou nada do vídeo gravado esta semana por Jerônimo Rodrigues ao lado da pré-candidata do PSD à Prefeitura, Val. O governador afirmou que estava na torcida pela vitória da aliada, sendo que o PT tem postulante em Coité, o ex-prefeito Assis – por isso, Jerônimo havia prometido ficar neutro na disputa. Também participaram da gravação o vereador Betão, candidato a vice na chapa e expulso do PT por não acompanhar Assis, e o deputado estadual Alex da Piatã (PSD), esposo de Val.
Contramão sisaleira
Em São Domingos, também na região sisaleira, o PT decidiu apoiar a candidatura do ex-prefeito Izaque Rios (MDB) ao Executivo municipal. Em 2022, Izaque caminhou com ACM Neto (União) para governador e chegou a publicar nas redes sociais que “a Bahia não suportava mais tanto descaso” e que “era hora de mudar”. O adversário no município é o atual prefeito Ilário Carneiro (PSD), que tentará a reeleição e, em 2022, marchou com Jerônimo.
Boicote político
Em conversa com a coluna, Ilário afirmou não entender a escolha do PT em “apoiar um adversário do governador, que votou em ACM Neto e Jair Bolsonaro (PL)”. E ainda acusou Izaque, que controla a maioria da Câmara de Vereadores da cidade, de articular para impedir a aprovação de crédito orçamentário especial visando colocar uma escola municipal que custou R$ 8,8 milhões para funcionar. “Tudo isso para tentar me prejudicar, com a ajuda do PT”, declarou o aliado de Otto Alencar.
A “causa” da OAB
A OAB baiana aproveitou o Mês da Advocacia, agora em agosto, para surpreender com o lançamento de uma campanha de outdoor no Estado. Embora não tenha ficado claro quem é a “causa” da instituição – se o cidadão ou o advogado -, está evidente que o grupo que atualmente a comanda se movimenta para tentar se manter no poder nas eleições de novembro, não importa quem seja o seu candidato, que ainda não foi claramente definido.
Pitacos
* A exemplo de ACM Neto em 2022, o prefeito Bruno Reis (União) também se declarou como pardo no registro da candidatura junto à Justiça Eleitoral.
* O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) homenageou o falecido Herzem Gusmão, ex-deputado e ex-prefeito de Vitória da Conquista, com uma foto antiga em um palanque ao lado de ACM Neto. Os maldosos disseram que bateu a saudade.
* Entre os deputados federais do PP, João Leão é o único que não aceita dialogar com Jerônimo Rodrigues visando a adesão total do partido ao governo do Estado. Embora próximo de Bruno Reis, Cláudio Cajado também já sinalizou que conversa com o petista.
* Ao mesmo tempo em que acusa de autoritárias as manobras do inelegível Isaac Carvalho (PT) para ser candidato em Juazeiro, Davison Magalhães, ex-presidente do PCdoB e secretário de Jerônimo, parabeniza o ditador Nicolas Maduro pela “vitória” no domingo.
* Durante a convenção de Bruno Reis, o ainda magoado deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) tomou cuidado para não aparecer em nenhuma foto ao lado da vereadora Débora Régis (União), candidata em Lauro de Freitas.
* A prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo (PDT), acha que merece medalha olímpica pagar o salário dos servidores em dia. Para anunciar a notícia, tentou ‘mitar’ nas redes parodiando Gabriel Medina. É pouco para quem busca o segundo mandato.
* O MDB trabalha com três nomes para a vice do deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) em Itabuna: o do presidente municipal da sigla, Diego Pitanga; o do ex-secretário Coronel Serpa e o da ex-vereadora Charliane Souza.
* O prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), tenta atrair a todo custo para o palanque Raissa Soares (PL), principal liderança bolsonarista no Estado. Ele acredita que assim pode vencer a reeleição em outubro. Os dois romperam após Jânio flertar com o PT.
* O PSDB aposta na eleição de Dudu Magalhães, sobrinho do ex-deputado Jutahy Magalhães, para uma cadeira na Câmara Municipal. Esta semana, Dudu e Jutahy trataram do pleito com Bruno Reis e o antecessor ACM Neto (União).
* Nas contas do deputado federal bolsonarista Capitão Alden, o PL vai eleger de três a quatro vereadores em Salvador. Todos conservadores, assegura. Na lista do partido, entrou até o polêmico Capitão André Porciuncula.