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Partidos ameaçam obstruir pauta na Câmara até votação de PEC da prisão na segunda instância

Partidos ameaçam obstruir pauta na Câmara até votação de PEC da prisão na segunda instância

Por Raiane Veríssimo

08/11/2019 às 16:02

Atualizado em 08/11/2019 às 16:21

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir a prisão após condenação em segunda instância não foi bem digerida no Congresso. Líderes de sete partidos (Novo, Pode, Cidadania, DEM, PP, PSL e PSB) na Câmara anunciaram, nesta sexta-feira (8), que vão obstruir votações e sessões até que seja colocado em pauta no plenário a proposta de emenda à Constituição (PEC) que retorne a execução antecipada de pena - um dos principais pilares da Operação Lava-Jato.

O movimento, que está sendo articulado pelo deputados federais do Novo Marcel van Hattem (RS) e Paulo Ganime (RJ), também pode chegar ao Senado. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assegurou que vai garantir a tramitação regimental da PEC n° 410 em tramitação na Casa desde 27 de março do ano passado. A proposta - que reverteria a decisão do STF e prevê que “ninguém será considerado culpado até a confirmação de sentença penal condenatória em grau de recurso” -, de autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-SP), está pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidia pelo deputado Felipe Francischini (PSL-PR). O parecer favorável da relatora Caroline de Toni (PSL-SC) está pronto desde o último dia 16.

Outras três matérias estão em tramitação no Senado, onde o senador Lasier Martins (Podemos-RS) também sugeriu que partidos façam obstrução. Uma delas, inclusive, foi apresentada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) nesta sexta. O projeto de Lei altera o Código de Processo Penal, garantindo a prisão de condenados em segunda instância. O mais antigo é o projeto de Lei n° 147/2018, do então senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que prevê “para fins de cumprimento de sentença penal condenatória, o trânsito em julgado será considerado a partir da condenação em segundo grau”. No entanto, está emperrado na CCJ, presidido pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). O relator Rodrigo Pacheco (DEM-MG) não apresentou parecer desde quando foi designado em 26 de março deste ano.

Além disso, tramita no Senado a PEC n° 5/2019, que determina que “a decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos”. Apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) em 14 de fevereiro deste ano, a proposta já pode ser votada na CCJ, pois o parecer favorável da relatora Juíza Selma (Podemos-MT) está pronto desde 6 de agosto.

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