2020: Articulação de Esquerda defende candidatura de Vilma Reis e critica tempo de decisão do PT em Salvador

A Articulação de Esquerda de Salvador, corrente petista de dimensão nacional, lançou, nesta quarta-feira (11), um documento em que defende a candidatura da socióloga Vilma Reis para representar o partido na disputa eleitoral municipal de 2020. Intitulado a “A Articulação de Esquerda também quer ela!”, o texto destaca o “espírito de construção unitária do partido através da democracia interna” e defende a escolha de Vilma, pois ela “simboliza aquilo que o partido possui de mais avançado”.

“A luta antirracista, a luta feminista, a luta LGBT, a luta do povo quilombola, a luta contra o genocídio do povo negro, a luta contra o encarceramento em massa, a luta contra o preconceito às religiões de matrizes africanas, a luta por melhores condições de vida para os moradores das periferias e tantas outras lutas encontram na companheira uma representante valorosa e à altura de suas necessidades”, diz.

O documento ressalta ainda o fato de Vilma, que integra uma lista de sete nomes em disputa interna, não ser parte de nenhum grupo majoritário dentro do partido ou possuir ‘apadrinhamento’ de nomes expressivos nas organizações internas, o que dificulta, em muito, uma aglutinação em torno de seu nome para que a candidatura tenha êxito. “Será necessária ampla mobilização da base do partido, em contraponto à institucionalidade ao qual o PT tem se atrelado e aos poucos também se torna refém”, indica o documento como mecanismo a ser adotado.

Em tom de crítica, o documento cita ainda o que denomina de “desafio” do PT de Salvador, que ainda sustenta uma lista com sete pré-candidatos, enquanto os adversários “ já estão a todo vapor em campanha, utilizando-se da máquina da prefeitura para alavancar o candidato à sucessão do carlismo e potencializando suas “lideranças”de bairros”.

“Enquanto isso, no PT diversas teses se confrontam, deixando o nosso caminho até as eleições de 2020 ainda bastante conturbado. Destacamos 3 delas: 1) Candidatura própria, com chapa puro sangue ; 2) Candidatura a vice numa aliança com partidos da esquerda(PSB ou PCdoB); 3)Enxertar um candidato oriundo do carlismo no PT, com a benção do governador Rui Costa e do Senador Wagner”, enfatiza o documento.

Em conversa com este Política Livre, na última segunda-feira (09), o presidente municipal do PT de Salvador, Ademário Costa, afirmou que, em 18 de dezembro,  a militância, junto ao Diretório Municipal, irá  se reunir e afunilar a extensa lista, reduzindo-a para dois ou três nomes.