Foto: Política Livre
ACM Neto 23 de janeiro de 2020 | 09:03

ACM Neto não descarta disputar eleição nacional em 2022: “Tudo pode ser”

salvador

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), não descarta disputar eleição nacional em 2022. Em entrevista ao jornal O Globo, o democrata afirmou que, quando terminar o mandato, poderá passar alguns meses estudando no exterior, e depois avaliar quais serão seus planos eleitorais.

“Tudo pode ser. Neste momento, não descarto nenhuma hipótese”, disse. “Eu continuarei presidente dos Democratas, meu mandato vai pelo menos até 2022, podendo se estender até 2023, então estarei na presidência nacional do partido. Se tiver condições, a depender do contexto político, pretendo passar uns três ou quatro meses estudando no exterior, e já a partir de meados de 2021 definir qual vai ser o meu projeto de disputa eleitoral em 2022. Aí sim começar a focar nisso, estruturar, planejar e trabalhar para isso”, detalhou.

Questionando sobre o diálogo que o DEM tem mantido com partidos de esquerda como o PDT e o PCdoB, Neto disse que “não há hoje veto a que se converse com ninguém”. “Nós temos que estar abertos a conversar com todo mundo. A nossa única dificuldade de conversa é com a esquerda em si, no que eu configuraria o PT e o PSOL, pois até com o PCdoB a gente dialoga no Maranhão. O único campo que eu descarto, projetando o futuro, é estar com o PT. Fora isso, dentro do partido hoje, tem várias correntes, pessoas que vão de uma simpatia pela centro-esquerda até a direita”, pontuou.

Ele também disse que “acabou o mito” em torno do ex-presidente Lula. “E acabou o discurso. O PT primeiro tinha o discurso do golpe. Depois, o discurso do Lula Livre. Agora eles estão sem discurso. Lula saiu e não mudou nada. E o presidente Lula já não é mais a liderança que foi no passado: se esperava uma comoção, uma mobilização nacional sem precedentes e nada disso aconteceu, nem mesmo no Nordeste. Não estou querendo desprezar a força que ele ainda tem no Nordeste, mas se você for ver a passagem dele, pós-prisão, foi muito menor em mobilização do que se esperava”, avaliou.

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