Foto: Reprodução/Arquivo
Além de Neto e Bruno, candidatos como Bacelar e Olívia Santana, ligados a Rui Costa, devem aproveitar mais o cortejo 07 de janeiro de 2020 | 09:32

Com cirurgia de Rui, protagonismo na Lavagem do Bonfim será de Neto e Bruno

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Com o governador Rui Costa (PT) fora de combate, devido a uma cirurgia para extração das duas mamas, o prefeito ACM Neto (DEM) deve brilhar sozinho, junto com seu pré-candidato a prefeito, Bruno Reis (DEM) – lançado ontem por ele numa grande festa – na tradicional Lavagem do Bonfim, no próximo dia 16, quebrando a expectativa de que os dois disputassem os holofotes da mídia no cortejo com seus preferidos para a sucessão municipal.

O governador ainda permanece internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde se submeteu à cirurgia, pode receber alta nas próximas horas, mas a recomendação é de que se resguarde de aparições públicas e esforço físico pelo menos até o fim do mês, o que torna sua participação na festa contra-indicada. Por este motivo, os pré-candidatos a prefeito de seu grupo devem participar em grupos separados.

Com isso, perdem a possibilidade de se vincularem durante o cortejo diretamente a ele, que propaga, entre os aliados, ser o “governador de Salvador”, devido ao grande programa de obras do governo do Estado na cidade, e foi reeleito ao governo com mais de 70% dos votos válidos na capital. O evento pega ainda o partido do governador completamente desarticulado, sem uma definição quanto à candidatura.

Hoje, já são cinco os petistas interessados formalmente na disputa – o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, a socióloga Vilma Reis, o vereador Moisés Rocha, a secretária Fabya Reis (Promoção da Igualdade), que se inscreveu ontem, e o deputado estadual Robinson Almeida, nome sugerido pelo senador Jaques Wagner. Com a pulverização de nomes petistas, a expectativa é de que se beneficiem mais da festa os pré-candidatos aliados.

No cortejo, conhecido pelo refrão que diz que “quem tem fé vai a pé”, devem se projetar principalmente os pré-candidatos Bacelar, do Podemos, e Olívia Santana, do PCdoB, uma vez que o deputado federal Pastor Isidório, do Avante, por ser evangélico, ainda não decidiu com sua assessoria o nível de sua participação na Lavagem que, em anos eleitorais, assume contorno de festa para propaganda política.

Na prática, Bacelar, Olívia e Isidório se tornaram hoje os três candidatos oficiais mais expressivos – enquanto o PT não se define – do grupo de Rui, onde trafega marginalmente o nome do PP, o deputado estadual Niltinho, que ainda não fez nenhuma grande ação política na cidade. Políticos como o senador Jaques Wagner, que pensa em voltar ao governo em 2022, também devem aproveitar o evento para interagir com a população.

Sem outra liderança de seu porte com quem dividir os holofotes, o prefeito de Salvador deve se esbaldar em meio à multidão, o que já tem sido sua marca em outros eventos populares, aproveitando a oportunide para mostrar à sociedade o vice Bruno Reis, escolhido para dar continuidade ao programa de renovação de Salvador que, segundo ele, começou a implantar desde o seu primeiro mandato, iniciado em 2013.

Partidos aliados do prefeito e de Bruno, com seus candidatos a vereador e lideranças populares, também devem fazer o cortejo à pé, ajudando a engrandecer a caminhada ao lado de ambos num evento em que candidatos à vice do democrata também deverão colocar seus blocos na rua, a fim de atrair sua atenção e demonstrar força na tentativa de conquistar a posição.

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