Sessão da PEC é suspensa e manifestantes invadem plenário e trocam chutes com deputados

Manifestantes invadiram agora o plenário da Assembleia Legislativa, onde a base governista tenta votar projeto do governo que promove uma reforma no regime de Previdência dos servidores e, segundo sindicatos, pode levar a perdas de até 30% para a categoria.

A invasão aconteceu depois que, intensificando os protestos contra os parlamentares, servidores que ocupam as galerias jogaram ovos sobre os parlamentares e o presidente da Casa, deputado Nelson Leal (PT), endureceu o discurso e afirmou que a reforma seria votada em dois turnos hoje.

Por conta dos ânimos exaltados, a sessão já havia sido suspensa enquanto os manifestantes gritavam: "Não à PEC". Um sindicalista que adentrou o plenário chegou a prometer que daria porrada no deputado estadual Paulo Câmara (PSDB), porque ele elogiou as mudanças na Previdência de forma irônica.

Apesar de contidos pela segurança, alguns manifestantes chegaram a trocar empurrões, socos e chutes com deputados. O deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) chegou a enfrentar um dos sindicalistas, tendo que ser apartado dele pelo líder do Governo, deputado Rosemberg Pinto, do PT.

Os deputados Soldado Prisco (PSC) e Hilton Coelho, do PSOL, se colocaram entre os manifestantes - a maioria policiais civis - e os seguranças para tentar impedir que o confronto se ampliasse. Até a tribuna da imprensa, de onde os jornalistas acompanham a movimentação em plenário, foi invadida pelos manifestantes.

Após nova invasão, os deputados foram obrigados a deixarem o plenário e a polícia de choque chegou para tentar conter novas brigas. A qualquer momento, o plenário pode ser tomado com reforço da Choque para retirada dos manifestantes e sindicalistas, em sua maioria policiais civis e penais armados, que se encontram sentados nas cadeiras dos parlamentares.

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