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Carlos Muniz é um dos nomes lembrados para a disputa, embora assegure que só concorrerá com o apoio do atual presidente 30 de junho de 2020 | 15:51

Pelo menos seis nomes já se articulam para suceder Geraldo Jr. na Câmara Municipal

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Com a indefinição com relação ao espaço que o atual presidente da Câmara Municipal, Geraldo Jr. (MDB), vai ocupar nas próximas eleições, a disputa por sua sucessão na Casa antecipou-se e já é tratada abertamente entre postulantes nos bastidores da Casa, embora com o cuidado para que não haja choque com ele, que todos acreditam que pode se tornar um eleitor importante no processo.

Pelos cálculos de vereadores, há até agora pelo menos seis colegas dispostos a trabalhar para assumir a presidência da Câmara na próxima legislatura desde que, claro, consigam primeiro vencer a etapa da reeleição em outubro ou no mês que a Câmara dos Deputados definir. Só no DEM, partido do pré-candidato Bruno Reis, hoje favorito, segundo as pesquisas, haveria quatro nomes interessados.

Os democratas Kiki Bispo, Cláudio Tinoco, Paulo Magalhães e Duda Sanches, atual presidente municipal do DEM, despontam entre aqueles que podem ter a preferência de Bruno, no caso de ele se eleger prefeito. Mas há outros nomes correndo por fora, embora na condição de Geraldo Jr. não poder ou decidir não ser candidato à reeleição, a exemplo do vereador Carlos Muniz (PTB), hoje dos mais próximos ao presidente na Casa.

Muniz, aliás, tem assinalado que só será candidato se Geraldo não for e estritamente com o seu apoio. Embora evite também comentar o assunto, outro nome que aparece para embolar a disputa é o da vereadora Lorena Brandão, do PSC. Ela contaria, inclusive, com a simpatia das mulheres da bancada de oposição, para as quais está na hora de a Câmara ser comandada por uma mulher.

Muito cautelosa, entretanto, Lorena, uma das lideranças evangélicas na Casa, trata o assunto da forma mais discreta possível para evitar a criação de marolas no processo que a prejudiquem. De todos eles, entretanto, não há um que não tenha admitido a possibilidade de concorrer nem sondado as próprias chances junto a partidos e bancadas que consideram que terão papel fundamental no processo de eleição da próxima mesa diretora da Câmara.

“Hoje, falar disso (eleição à Câmara) é uma miragem, porque sequer os eleitores foram eleitos ainda, mas há sinais por todos os lados de que a campanha começou”, diz um experiente vereador. Ele afirma que, apesar de não parecer ter sido este o seu propósito, foi o próprio Geraldo Jr. que deu partida no processo, ao afirmar que poderia ser tanto candidato à reeleição de presidente como à vice de Bruno Reis.

“Ele é um excelente presidente, mas não pode deixar uma Câmara inteira esperando ele decidir o que quer da vida para poder se posicionar. Há pressão para que a fila ande”, diz o mesmo vereador. Sob a condição de anonimato, um dos candidatos a presidente aceitou conversar com o Política Livre, fazendo a ressalva, entretanto, de que não poderia dar detalhes sobre como tem estruturado sua campanha.

Sua estratégia neste momento é não confrontar nem ser atrapalhado pelo atual presidente em seus planos, preocupação, aliás, de todos os demais, para os quais, por não ter definido até agora em qual posição vai jogar, Geraldo Jr. pode se sentir ameaçado e retaliar os virtuais concorrentes. O que ele assegura, entretanto, é que há espaço para renovação no comando da mesa diretora da Câmara Municipal.

“Posso dizer que o processo político está muito acelerado. Todo mundo conversando com todo mundo, apesar do máximo cuidado para não produzir arestas. Mas a idéia da renovação é muito forte numa Câmara, inclusive, que deve registrar um índice de renovação de 30% nestas eleições, não importa quando elas ocorram”, completa, afirmando que “o sol é para todos”.

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