Foto: Republicanos/Arquivo
Com reeleição garantida, Luiz Carlos é lembrado no Republicanos para disputar tanto a vice de Bruno Reis quanto presidência da Câmara 03 de julho de 2020 | 13:29

Republicanos pode entrar em disputa e elevar para sete número de candidatos à Câmara de Salvador

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Apesar de estar focado na disputa pela vice do pré-candidato do DEM à Prefeitura, Bruno Reis, o Republicanos não descarta a possibilidade de voltar suas baterias e esforços para fazer o sucessor do vereador Geraldo Jr. (MDB) na presidência da Câmara Municipal, na próxima legislatura, o que pode ampliar para sete o número de postulantes ao posto hoje.

Com a perspectiva de eleger a maior bancada na Casa nestas eleições – de quatro a cinco vereadores -, o partido, espécie de braço político da Igreja Universal, sabe que chega no Legislativo que emergirá das urnas em novembro com muita força numérica e que, exatamente por este motivo, passou a ter sido alvo de mesuras da parte do atual presidente.

Sem saber ainda se será candidato a vice ou à reeleição para a presidência da Câmara Municipal, Geraldo Jr. antecipou-se, procurou e fechou um acordo com a agremiação pelo qual um pode apoiar o outro à posição de companheiro de chapa de Bruno Reis. Mas setores do Republicanos mais vinculados à Igreja já começaram a se movimentar na direção de que o pacto deve também incluir a Câmara.

Para eles, embora não se possa descartar a importância de o atual presidente ter dito publicamente que, em caso de não ser ele o candidato a vice, apoiaria um nome da sigla, a aliança precisa envolver também a sucessão para presidente do Legislativo municipal, exatamente por causa da dimensão que a bancada vai adquirir nestas eleições.

“Uma aliança é algo sempre de duas mãos e, embora o compromisso de apoio mútuo para presidente da Câmara não tenha sido anunciado, acredito que, por uma questão de justiça, ele está implícito”, confidencia um político do partido a este Política Livre. Ele elogia a construção do pacto pelo deputado federal Márcio Marinho, uma das lideranças mais respeitadas do Republicanos.

E aponta sua inteligência em não ter tratado até agora publicamente sobre um acordo para a Câmara, lembrando da necessidade de discrição para abordar assuntos que podem “ferir suscetibilidades”. A mesma fonte também acrescenta que políticos do Republicanos têm sido mais provocados a tratar do assunto por outros candidatos e partidos da Câmara do que efetivamente buscado discutir sobre isso.

O movimento ocorre porque, de olho na futura força da legenda, interessados em concorrer oferecem ao partido a possibilidade de apoio na expectativa de que possam, em contrapartida, também obtê-lo. “Do mesmo jeito que fomos procurados por Geraldo Jr. para tratar da vice, outros setores nos procuram para discussões sobre um acordo na Câmara de olho na grandeza de nossa futura bancada e, mais do que isso, na rede de comunicação que está por trás do partido”, admite ele.

Além de ser dona da Record, a Igreja detém a propriedade ou a sociedade com inúmeros veículos de comunicação com liderança na Bahia hoje. O partido tem até agora quatro nomes fortes para indicar à vice de Bruno Reis: O ex-deputado Manassés, a professora Ivete Sacramento, que se desincompatibilizou da administração municipal em tempo hábil, o próprio Marinho e o vereador Luiz Carlos, que, com a reeleição garantida, aparece como nome mais forte para o Republicanos apontar como candidato à sucessão presidencial na Câmara.

Igualmente discreto como Marinho, Luiz Carlos circula livremente entre todos, possui interlocução fácil com o Palácio Thomé de Souza e, como é considerado um político de palavra, não teria problemas para ganhar a confiança dos colegas no caso de desejar concorrer à presidência. São avaliações que se fazem praticamente à unanimidade no Republicanos. “Ele tem perfil de presidente”, brinca um vereador colega de partido, pedindo, naturalmente, reservas a seu nome.

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