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Porto de Aratu 25 de setembro de 2020 | 15:03

Licitações em Aratu não atendem a demanda econômica da Bahia, diz Usuport

salvador

O modelo de arrendamento de dois terminais no Porto de Aratu (ATU 12 e ATU 18), aprovado pelo Ministério da Infraestrutura e com leilões previstos para 18 de dezembro, necessita de ajustes que atendam às reais demandas, presentes e futuras, das empresas de comércio exterior da Bahia, segundo avaliação da Associação de Usuários dos Portos da Bahia – Usuport. Para a Associação, que reivindica desde 2004 melhorias no Terminal de Graneis Sólidos Minerais (TGS I), há 20 anos com sua capacidade de movimentação de cargas e navios saturada, o projeto do governo (ATU 12), não promove a modernização, ao manter equipamentos obsoletos, layout ineficiente e ainda reduz a infraestrutura para atracação.

Além de estranheza e perplexidade, a proposta causou insegurança jurídica nas empresas usuárias do TGS I, que podem adiar investimentos ou transferir indústrias em decorrência da baixa produtividade do terminal. As limitações logísticas, os gargalos e os elevados custos de demurrage, devido à fila de navios, encarecem os produtos e prejudicam a competitividade do estado. Por sua vez, o Terminal de Granéis Sólidos Vegetais (TGS II), ATU 18, não possui acesso rodoviário para carretas do tipo bitrem, utilizadas para alimentar os terminais portuários, e a área está subdimensionada para o potencial do agronegócio baiano.

Vale ressaltar que a Associação contribuiu com propostas técnicas fundamentadas para a audiência pública, realizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq e o Ministério da Infraestrutura, que não foram consideradas. Agora, a Usuport conclama a mobilização dos setores produtivos, parlamentares e a sociedade para que o governo federal realize os devidos ajustes, a fim de readequar os projetos às necessidades socioeconômicas da Bahia.

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