Foto: Divulgação
Teto do Instituto Municipal de Educação Professor José Arapiraca 30 de setembro de 2020 | 16:35

Professores do IMEJA pedem socorro a Bacelar

salvador

Reconhecido por atuar em defesa da educação pública de qualidade, Bacelar, candidato a prefeito de Salvador pelo Podemos, foi procurado, novamente, pelos professores da rede municipal de ensino. Dessa vez, o grupo denunciou o que chama de descaso da prefeitura com o Instituto Municipal de Educação Professor José Arapiraca (IMEJA), que fica na Boca do Rio.

Segundo os professores, o local está destruído. Não tem biblioteca nem bebedouros. As mesas e carteiras estão quebradas, banheiros interditados e a fiação está exposta. “O colégio já foi um exemplo e agora está jogado às traças. Nós que temos que levar nossa própria água mineral. Não tenho nem vontade de voltar a trabalhar” contou uma professora que, com medo de retaliação, não quis se identificar.

A falta de extintores de incêndio também preocupa servidores e alunos. Eles contam que há grades por todos os lados. As rampas e acessos principais ao pátio foram bloqueados. Quem circula pelo local é obrigado a passar por dentro da cozinha e refeitório. “O Colégio passou para o 1° andar e colocaram grades em tudo. É um perigo. Se tiver um incêndio e começar na cozinha morremos todos queimados porque a única passagem é pela escada que fica no local. Aliás, desativaram a biblioteca para instalar a cozinha e o refeitório” denunciou outra professora.

Ícaro Oliveira, 24 anos, que foi aluno do IMEJA, diz estar estarrecido com a situação da escola. Ele relembra sua época de colegial com nostalgia. “Quando eu estudava, o lugar era lindo, com pátio amplo, arborizado. Passei por lá esses dias e fiquei horrorizado com a situação. A secretaria de educação transformou o lugar em uma prisão. Como querem educar nossos jovens com este ambiente escolar?” questionou.

Esta é a segunda vez, em uma semana, que a categoria pede socorro a Bacelar, líder da coligação “Salvador dos Bairros é Salvador de Todos”. O candidato, que ocupou a secretaria de educação entre 2010 e 2013 é considerado pelos profissionais da área como um patrono. Ele reafirmou seu compromisso com a educação pública de qualidade e disse que irá tomar as providências cabíveis. “Como vamos educar em verdadeiras prisões? Como queremos melhorar o IDEB sem valorizar os professores? Sem oferecer condições mínimas de trabalho? O que o atual secretário tem feito? Nada! O descaso do poder público é lamentável. Precisamos priorizar a educação” comentou.

O podenista já afirmou que a educação nos bairros será a espinha dorsal do plano de governo com o programa “Comunidades Educadoras”.

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