21 novembro 2024
A Fundação Getulio Vargas (FGV) emitiu nota neste domingo (13) na qual lamentou a morte do economista Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da instituição. Como registou mais cedo este Política Livre, Langoni foi vítima de complicações da Covid-19. Na nota, FGV lembrou que Langoni interagiu com a Fundação desde a infância, tendo sido aluno do Colégio Nova Friburgo, pertencente à instituição, com nove anos de idade.
“Formou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi o primeiro brasileiro a obter o doutorado em Economia na Universidade de Chicago em 1970”, rememorou a instituição, na nota. Na década de 70, prossegue a FGV, Langoni começou a lecionar na Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV EPGE) tornando-se em 1973, aos 29 anos, diretor dessa unidade.
“Durante sua gestão, já em 1975, deu início ao primeiro programa de doutorado em Economia no país, criando condições para que a FGV tivesse, pela primeira vez, um grupo de professores em tempo integral”, apontou a fundação. A nota ainda lembrou que, em agosto de 1979, Langoni assumiu a Diretoria da Área Bancária do Banco Central. Nesse período, criou o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), um dos primeiros sistemas no mundo a assegurar a liquidação virtual de transações com títulos públicos.
Em janeiro de 1980, assumiu a presidência do Banco Central do Brasil, permanecendo no cargo até setembro de 1983. Em 1985, foi designado para exercer as funções de Diretor de Centro de Estudos Econômicos Internacionais da Escola de Pós-Graduação em Economia. Na área privada, foi Chief Executive Officer (CEO) do grupo NM Rothschild no Brasil entre 1989 e 1997. “Em toda a sua trajetória como homem público, mesmo com algumas interrupções, nas quais foi atender ao interesse da Nação, Carlos Langoni sempre esteve ligado à FGV, tornando-se uma das referências da instituição”, diz a FGV, na nota.
Davi Lemos