Foto: Remo Casilli/Reuters
Na mensagem de Natal, pediu que não se tomem atalhos para resolver crises complexas e que haja diálogo 25 de dezembro de 2021 | 10:04

Papa espera que soluções adequadas para pandemia sejam encontradas e vacinas cheguem aos mais pobres

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O Papa Francisco disse esperar que sejam encontradas as soluções mais adequadas para superar a pandemia e as consequências dela, neste sábado, 25. Na mensagem de Natal que leu na Basílica de São Pedro a milhares de fiéis, antes da bênção Urbi et Orbi, também pediu esforços para que vacinas cheguem às populações mais pobres.

“Deus conosco, dá saúde aos enfermos e inspira todas as pessoas de boa vontade a encontrar as soluções mais adequadas para ajudar a superar a crise sanitária e suas consequências. Faça que os corações sejam generosos, para levar a assistência necessária, especialmente vacinas, às populações mais pobres”, disse Francisco, após sua ausência no ano passado devido a restrições da pandemia.

“Recompensa a todos aqueles que demonstram responsabilidade e dedicação cuidando de seus familiares, dos enfermos e dos mais fracos”, continuou.

A mensagem do Papa também trouxe palavras para confortar “as vítimas da violência contra as mulheres que se alastrou neste momento de pandemia” e “oferecer esperança às crianças e adolescentes vítimas de perseguições e abusos”.

Como em anos anteriores, listou os dramas e conflitos mundiais como a guerra na Síria, os problemas no Oriente Médio, a crise no Iêmen e na Birmânia, entre outros.

“Neste tempo de pandemia, a gente percebe isso ainda mais. Nossa capacidade de relacionamento social é posta à prova, a tendência de fechar, de se defender, é reforçada”, observou.

O Papa Francisco lamentou que, neste momento, “na cena internacional haja o risco de não se querer dialogar, o risco de que a complexidade da crise induza a escolher atalhos, em vez dos caminhos mais lentos do diálogo; mas esses são, na verdade, os únicos que conduzem à resolução de conflitos e benefícios compartilhados e duráveis”.

O papa concluiu o discurso pedindo que “escutemos uns aos outros e dialoguemos como irmãos e irmãs”.

Estadão
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