23 novembro 2024
Com a presença de dois dos agora três pré-candidatos do PT a governador, uma plenária realizada ontem à noite pelo partido a fim de discutir a sucessão estadual ratificou o projeto de lançamento de uma candidatura própria do partido ao governo e a permanência do governador Rui Costa até o fim da gestão, em janeiro do próximo ano.
Cerca de 400 pessoas participaram do encontro, realizado em formato híbrido – presencial e virtualmente – entre os quais a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, e o secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano, ambos nomes defendidos para assumir a candidatura governista.
O terceiro postulante, Jerônimo Rodrigues, secretário estadual de Educação, estava na estrada, mas acompanhou o evento através de assessores. O encontro serviu para pacificar o partido em torno da ideia da candidatura própria e, associada a ela, da importância de, evitando concorrer ao Senado, Rui cumprir o mandato até o fim.
Pelo tom dos discursos, as duas medidas são consideradas parte da mesma estratégia para garantir a continuidade da gestão petista na Bahia. Neste sentido, os petistas reunidos para as discussões defenderam a postura do senador Jaques Wagner, cuja posição de não mais concorrer ao governo está sendo respeitada no PT.
Talvez por este motivo, os discursos tenham exaltado também o senador Otto Alencar (PSD), visto ainda como parceiro para a chapa na disputa à vaga do Senado, mas não tenham feito referências ao vice-governador João Leão (PP), que assumiria o governo no caso de Rui renunciar para disputar a senatória.
“O petismo está vivo e vai ser um ator fundamental do processo eleitoral”, disse o ex-presidente do PT em Salvador, Ademário Costa, um dos organizadores da plenária, instância política e não deliberativa prevista no estatuto do partido para aprofundar discussões de temas que se tornam polêmicos na sigla.
Depois da aquecida na base, os petistas esperam que os pré-candidatos petistas formalizem suas pré-candidaturas junto à reunião da executiva estadual, que ocorre nesta quinta-feira, a fim de que a escolha ocorra no sábado, durante a reunião ampliada do diretório, para que o nome do escolhido seja anunciado no domingo pelo governador.
Mas as lideranças do partido esperam construir a unidade em torno de um nome antes da reunião do diretório para evitar bate-chapa e diminuir a pressão que o partido tem recebido de seus deputados e dos aliados para agilizar o processo e evitar o desgaste causado pelas sucessivas reviravoltas na definição da chapa governista.
Política Livre