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O deputado Marquinho Viana 14 de abril de 2023 | 12:59

Deputado estadual Marquinho Viana diz que PV está insatisfeito com o governo

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O deputado estadual Marquinho Viana, um dos governistas que assinaram o requerimento em favor da instalação da CPI do MST na Assembleia Legislativa, admitiu a insatisfação da bancada do partido dele, o PV, com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Repetindo críticas públicas já feitas pelo presidente estadual da sigla, Ivanilson Gomes, o parlamentar disse que “o governo não nos trata como aliados de primeira hora e respeitando o tamanho que ficamos após as eleições (de 2022)”.

“Elegemos quatro deputados estaduais. Fazemos parte da federação com o PT e o PCdoB e somos aliados de primeira hora de Jerônimo. Saímos das urnas com mais eleitos do que o MDB e o PSB. Mas, ao contrário desses dois partidos, o PV não foi contemplado com espaços para contribuir com o governo. E sequer somos atendidos. Isso é muito triste. Estamos esperando o governador retornar da China para tentar resolver essa questão, saber o que está pegando”, disse Marquinho em conversa com o Política Livre.

Assim como Ivanilson, os deputados estaduais não consideram que a titularidade da Secretaria de Turismo (Setur) tenha sido uma indicação da legenda, mesmo com a manutenção na pasta de Maurício Bacelar, que é irmão do deputado federal Bacelar, ambos filiados ao PV. “Esse espaço já era de Bacelar, e não do partido”, ponderou Marquinho Viana, que forma a bancada “verde” na Assembleia ao lado de Roberto Carlos, Vitor Bonfim e Ludmilla Fiscina – os outros três não assinaram a favor da CPI do MST.

Segundo uma fonte próxima ao governo ouvida pelo Política Livre, um dos “problemas” do PV que dificulta a relação com o Executivo é a falta de “organicidade” da sigla. Isso porque todos os quatro deputados estaduais da bancada ingressaram no partido pouco antes das eleições e, até pouco tempo atrás, estariam mais interessados em resolver as demandas individuais junto ao governo do que reivindicar coletivamente. Bacelar também ingressou no PV pouco antes do pleito de 2022.

“O PV só retornou à base de Jerônimo por conta da decisão nacional da federação com o PT e o PCdoB, que veio de cima para baixo. Eles estavam no grupo de ACM Neto (ex-prefeito de Salvador, do União Brasil). Os que foram eleitos deputados entraram só em 2022 e já estavam conosco. Dessa forma, o governo acabou tratando individualmente com os parlamentares, a exemplo de Bacelar e de Roberto Carlos, que vai conseguir manter a presidência do Ibametro (Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade). Há um movimento agora de tentar pressionar coletivamente”, disse a fonte ligada ao governo ao site. Thales Dourado Moutinho Pinho, que comanda o Ibametro, é genro de Roberto Carlos.

Como já revelou o Política Livre (clique aqui para ler), o PV deve ficar com o comando da Empresa Gráfica da Bahia (Egba). Antes, o governo havia ofertado o presidência da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) ao partido, mas mudou de ideia e decidiu convidar para o posto o vereador de Salvador Henrique Carballal, aliado do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e que, no entanto, ainda não foi nomeado.

Esta semana, o site também mostrou que há outros sinais de insatisfação na base aliada do governo (clique aqui para ler). Embora tenha negado que a relação com com os aliados na Assembleia tenha problemas, o líder do governo na Casa, Rosemberg Pinto (PT), informou ao Política Livre que, logo após o retorno de Jerônimo Rodrigues da China, no próximo dia 16, haverá uma reunião entre o chefe do Executivo estadual e os deputados estaduais governistas (clique aqui para ler).

Política Livre
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