Niltinho é estimulado por setores ligados ao governo Jerônimo para lançar pré-candidatura a prefeito de Salvador

O deputado estadual Niltinho, do PP, é estimulado por setores ligados ao Palácio de Ondina para lançar a pré-candidatura a prefeito de Salvador. Atualmente, o partido, embora integre o bloco de sustentação do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia Legislativa, também está na base do prefeito Bruno Reis (União), e a tendência natural é que apoie a reeleição do gestor na capital.

Com pouco mais de 5,8 mil votos em Salvador alcançados no pleito de 2022, Niltinho foi o deputado do PP eleito, incluindo na conta os federais, mais bem votado na cidade. Atrás dele ficou o deputado federal Netto Carletto, com cerca de 5,5 mil votos, que defende o rompimento do PP com Bruno Reis.

Em 2020, Niltinho chegou a lançar a pré-candidatura a prefeito da cidade, mas retirou o nome. Na época, quando todo o partido era aliado do PT e do então governador Rui Costa (PT), o PP indicou o atual presidente do partido em Salvador, Joca Soares, para a vice da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), que concorreu no pleito.

Questionado por este Política Livre sobre a possibilidade de disputar o Palácio Thomé de Souza em 2024, o pepista desconversou. “Nesse momento estou focado no meu mandato e no fortalecimento do meu partido”. Ele afirmou ainda que as eleições de Salvador serão tratadas pela Executiva estadual do PP a partir de agosto.

Além de seis vereadores na base de Bruno Reis, o PP ocupa a Secretaria de Governo de por meio do ex-deputado federal Cacá Leão, uma das principais lideranças pepistas na Bahia. Cacá tem dito que o apoio da sigla à reeleição do prefeito já é uma questão decidida.

Vale lembrar que setores do governo do Estado atuaram nos bastidores para que o ex-deputado federal Ronaldo Carletto assumisse a presidência do PP baiano na disputa com o deputado federal Mário Negromonte Júnior. O objetivo seria afastar os pepistas de Bruno Reis e do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). Com a derrota, Carletto migrou para o Avante também sob a batuta de Jerônimo, de Rui Costa e do senador Jaques Wagner (PT).