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Primos: Vidigal Cafezeiro, o virtual candidato a prefeito de Lauro, e Sérgio Cafezeiro, o desembargador que cassou o mandato de sua principal adversária 25 de setembro de 2023 | 19:40

Moema deve lançar à Prefeitura primo de desembargador que relatou, no TRE, cassação de sua principal adversária em Lauro

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A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), deve lançar seu vice, Vidigal Cafezeiro (Republicanos), como candidato à sucessão em 2024. O detalhe é que o número dois da gestão municipal é primo do desembargador Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro, relator, na Justiça Eleitoral, da ação movida pelo diretório local do PSB que resultou na cassação da vereadora Débora Regis (PDT), principal candidata da oposição à sucessão de Moema no ano que vem.

O desembargador foi o responsável pelo relatório que sugeriu a cassação de Débora, o que foi referendado no plenário do TRE. A acusação é de irregularidades técnicas na prestação de contas da campanha da vereadora em 2020, embora a mesma denúncia tenha sido rejeitada tanto pela Justiça Eleitoral de Lauro de Freitas quanto pelo Ministério Público Eleitoral.

Débora chegou a recuperar o mandato e recorrer da decisão junto ao próprio TRE, mas teve os embargos negados no último dia 11 pelo placar de 5 a 2. Para recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela aguarda a conclusão do julgamento de embargos movidos pelo PSB contra os dois votos contrários à cassação, numa manobra vista como protelatória pela defesa da vereadora.

Para ser o candidato de Moema, Vidigal Cafezeiro deve trocar o Republicanos pelo PT. Já para poder concorrer em 2024, Débora precisa reverter a decisão do TRE no TSE, já que a maioria dos desembargadores a tornou também inelegível.

Procurado por este Política Livre, Cafezeiro insinuou que seria primo distante do virtual candidato a prefeito de Moema em Lauro de Freitas, negando que o parentesco tenha interferido em sua decisão. “Meu pai é primo do pai dele (Vidigal), os dois já faleceram. Jamais teria qualquer envolvimento”, declarou.

Também disse que Vidigal não é parte do processo para que justificasse um pedido de auto-suspeição, como defendem advogados da vereadora cassada. “A parte política é problema dele (Vidigal), eu não sou político, ele que resolva as questões políticas. Eu sou magistrado. Nós julgamos conforme o nosso entendimento”, disse o desembargador.

Nas redes sociais, no entanto, eles aparecem juntos e Vidigal, num post que retrata uma homenagem que ambos receberam, faz questão de destacar, “com orgulho”, que os dois são primos (veja abaixo)

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