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Acusada de plágio e falsificar diplomas, Cátia Raulino, finalmente, forma-se em Direito

Acusada de plágio e falsificar diplomas, Cátia Raulino, finalmente, forma-se em Direito

Por Alexandre Galvão, Política Livre

14/11/2023 às 16:53

Foto: Reprodução

Cátia Regina Raulino

Acusada por ex-alunas de ter cometido plágio em trabalhos acadêmicos e de atuar como professora de direito sem nem mesmo ser graduada na área, Cátia Regina Raulino concluiu sua formação acadêmica. Em junho do ano passado, ela apresentou à Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no curso de Direito. Até o momento, ela não consta no Cadastro Nacional de Advogados (CNA) e não há registro de aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

No trabalho, ela abandona o "Raulino" e assina apenas como Cátia Regina. Ela foi orientada pelo professor Wânio Wiggers e o TCC tem como tema a área tributária, matéria que, irregularmente, ela lecionava em diversas universidades de Salvador, como a Uniruy e a Unifacs.

Logo na quarta página da obra, Cátia declara assumir "total responsabilidade pelo aporte ideológico e referencial" conferido ao trabalho. "Isentando a Universidade do Sul de Santa Catarina, a Coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de todo e qualquer reflexo acerca deste Trabalho de Conclusão de Curso". Ela diz ainda estar ciente que poderá responder administrativamente, civil e criminalmente em caso de plágio comprovado no trabalho monográfico.

Em "Tributação positiva: o ICMS Educação do Ceará como Política Pública de sucesso no Brasil", a acusada investiga o rateio do tributo no estado nordestino, que inovou e apresentou bons resultados. Os municípios contemplados são recompensados com uma cota extra do ICMS referente ao valor que é distribuído para os municípios. A cota adicional do imposto, no entanto, não precisa ser usada, necessariamente, na educação.

Nos agradecimentos, Cátia diz ter retirado "forças de algum lugar para ir em frente nessa batalha". "Nada disso seria possível se não fossem meus pais, que nunca me deixaram desistir, que nunca duvidaram de quem fui, sou e posso ser", completa.

No banco dos réus - Cátia Raulino se apresentava nas redes sociais como uma professora de sucesso. Dizia ser formada, mestre, doutora e até pós-doutora em direito. Tudo, no entanto, não passava de uma farsa cunhada com diplomas que depois se mostraram falsificados.

Em 2020, Cátia foi denunciada pelo Ministério Público (MP) por falsificar titulações e plagiar alunas. Ela foi presa após ser considerada foragida. Em maio de 2021 ela conseguiu liberdade provisória e voltou para o sul do país.

Além dos plágios - A vida polêmica de Raulino não para nas acusações de plágio ou falsificação de documentos. Em suas lives nas redes sociais, ela se apresentava também como representante da Câmara Chinesa de Comércio no Nordeste. No entanto, o cargo sequer existiu.

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