26 novembro 2024
O deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) fez esta manhã um apelo aos colegas por meio de uma conta que os parlamentares estaduais mantêm no WhatsApp pelo direito de concorrer à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Numa mensagem que parte dos colegas considerou uma demonstração de humildade e outros, um atestado de humilhação, Fabrício, de forma cortez, defendeu apenas a ideia de que lhe dêem o direito de concorrer, democraticamente, à vaga.
Sequer citou seu principal concorrente no campo do governo, o deputado estadual Paulo Rangel (PT), cuja candidatura ao TCM tem o apoio, principalmente, do senador Jaques Wagner, principal liderança do partido na Bahia.
Como tanto o deputado petista quanto o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) foram inscritos à disputa por grupos de deputados, que só podem subscrever um pedido, Fabrício tem hoje apenas duas alternativas para conseguir concorrer.
Uma delas é ser inscrito ao menos por cinco dos nove membros da mesa diretora. A outra seria mediante um pedido do presidente da Assembleia, o deputado Adolfo Menezes (PSD), que, por atuar como magistrado, não deve tomar a iniciativa.
O grupo de “zap” em que Fabricio mandou a mensagem é integrado por todos os deputados e não apenas por membros da mesa diretora, o que acabou gerando uma forte comoção sobre a situação do parlamentar comunista.
“É muito duro ver um colega ser impedido de concorrer num espaço que é do Parlamento, de cada um de nós, é a nossa Casa”, afirmou um deputado do PT, admitindo que vai votar com Rangel, mas criticando a estratégia de impedir que Fabrício concorra.
A determinação do PT, primeiro, de negar apoio à candidatura e depois de tentar impedir a inscrição de Fabrício abriu uma crise velada entre o partido e as principais lideranças do PCdoB no Estado cujas consequências membros das duas siglas não sabem prever.
Política Livre