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Felipe Freitas vê demarcação de terras como 'saída' para conflitos envolvendo fazendeiros e indígenas

Felipe Freitas vê demarcação de terras como 'saída' para conflitos envolvendo fazendeiros e indígenas

Por Política Livre

02/02/2024 às 09:46

Atualizado em 02/02/2024 às 09:50

Foto: Reprodução/YouTube

Secretário criticou as demoras do Poder Executivo e ações judiciais

Após intensos conflitos entre fazendeiros e indígenas, na Bahia, que inclusive resultaram na morte da liderança Nega Pataxó, em janeiro, o secretário de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Felipe Freitas, avaliou que a "saída" para evitar mais casos semelhantes é a "demarcação e regularização fundiária", afirmando que este é o esforço do governo estadual, junto com o federal.

"Não é fácil para o presidente Lula fazer, porque parte disso judicializa", explicou, em entrevista à Rádio Metropole, na manhã desta sexta-feira (2). "Nosso papel é apoiar, mediar e encontrar saída para, o mais rápido possível, pacificar essas regiões em conflito", acrescentou.

Na ocasião, o titular da SJDH falou que o Estado brasileiro tem uma "dívida impagável" com os povos indígenas, do que feito historicamente. "Essa dívida se renova quando a gente demora em demarcar as terras indígenas. Isso, lamentavelmente, acontece ainda no nosso país. Há muito esforço [para resolver], inclusive agora, com o Ministério dos Povos Indígenas, para acelerar os processos de demarcação, mas esses processos são muito lentos", comentou.

Segundo o secretário, parte da responsabilidade está relacionada às demoras do Poder Executivo, mas também atribuiui parcela de culpa às ações judiciais, nas disputas de terra. "Isso aquece, infelizmente, a temperatura, e se somam às práticas absolutamente criminosas e inadmissíveis de pessoas que acham que podem fazer justiça com as próprias mãos, tomar a dianteira e se armar pra defender aquilo que entendem ser de sua razão", falou.

Freitas destacou, ainda, que na democracia, quando há discordância, é preciso ir para a Justiça: "Pede na Justiça e é a polícia que cumpre. Fazer justiça com as próprias mãos está fora do jogo da democracia, porque não somos nós que vamos dizer o que é justiça pra gente mesmo. [...] Mesmo quando o juiz diz que a gente tem razão, não é a gente que vai executar aquela decisão, e sim a polícia, com os limites que a lei estabelece. E sem a democracia e descumprir a regra do jogo... a gente viu no governo Bolsonaro o mal que faz".

O secretário pontuou que o governo está "muito preocupado com o que está acontecendo", mas frisou que a posição da gestão estadual é de mediação e diálogo, e não de estabelecer pré-julgamentos ou dizer quem está com a razão - papeis da Justiça e órgãos de demarcação.

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