PRD de Lauro de Freitas deve ficar sem comando após manobra de Moema Gramacho para tentar garantir reeleição de aliado

Único município da Bahia em que não está sob a influência do prefeito Bruno Reis (União), o PRD de Lauro de Freitas pode ser esvaziado a qualquer momento por uma articulação da prefeita Moema Gramacho (PT) para tentar garantir a reeleição de um aliado.

A petista convidou o presidente municipal do PRD, o ex-secretário municipal de Meio Ambiente e vereador Alexandre Marques, para se filiar ao PT, que forma uma federação com o PCdoB e o PV. A manobra seria para “salvar” a reeleição de Marques, que não teria conseguido montar uma chapa minimamente competitiva para alcançar o coeficiente eleitoral. Os demais pré-candidatos a vereador ficariam “a ver navios”.

Vale lembrar que o PRD surgiu ano passado da fusão do PTB com o Patriota. Alexandre Marques era o presidente do Patriota na Bahia, e tentou ficar com o comando estadual da nova sigla, mas perdeu a queda de braço para o prefeito Bruno Reis (União), que emplacou no cargo o aliado Francisco Elde, chefe de Gabinete da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT).

Apesar disso, Marques conseguiu junto ao presidente nacional do PRD, Ovasco Roma, ficar com o comando da legenda em Lauro de Freitas. Agora, no entanto, o próprio Ovasco já teria sinalizado que, caso o vereador deixe o partido, uma nova comissão provisória deve ser instalada por orientação de Francisco Elde. Nesse cenário, a sigla apoiará a pré-candidatura da vereadora Débora Régis (União) à Prefeitura.

Procurado pelo site, Alexandre Marques disse que “ainda não decidiu sobre a questão”, embora a janela partidária, o prazo que os vereadores postulantes à reeleição têm para trocar de legenda, tenha se fechado na sexta-feira (05). Apesar desse prazo, há uma brecha na legislação eleitoral, uma vez que as legendas podem enviar às Justiça Eleitoral as listas com os filiados até o dia 16 de abril.