26 novembro 2024
O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, criticou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), nesta segunda-feira (20), após o governador comparar a violência no estado com a da Europa.
“Ele se esquiva da responsabilidade e agora chega ao absurdo de comparar a situação da violência na Bahia com a violência na Europa, por onde ele andou aí nos últimos dias”, disse ACM Neto.
Em uma série de perguntas retóricas, Neto desafiou o chefe do Executivo baiano: “Em que país da Europa, governador, existem 5 mil assassinatos todo ano? Qual é o país europeu onde 15 pessoas morrem todo dia vítimas de homicídios? Qual é o lugar da Europa onde moradores e comerciantes são obrigados a pagar mensalidade para as facções criminosas que dominam o território? Definitivamente, governador, a nossa realidade é totalmente diferente. Diferente da realidade da Europa.”
O presidente da Fundação Índigo destacou que, durante os 18 anos de governo do PT na Bahia, mais de 100 mil pessoas foram vítimas de homicídios. “Qual o país da Europa, Governador, onde em 18 anos morreram 100 mil pessoas vítimas da violência? Essa resposta, definitivamente, o senhor não pode dar.”
Ele também comparou a situação da Bahia com a Bélgica, país que Jerônimo Rodrigues visitou semana passada. “Na Bélgica, morre uma pessoa a cada 100 mil habitantes (mortes violentas). Na Bahia, essa média é nada mais nada menos que 34 vezes maior. Porque, infelizmente, já pelo quinto ano consecutivo, a Bahia ocupa o primeiro lugar de todo o Brasil em número de vítimas de mortes violentas, de homicídios, chegando ao ponto dos nossos números serem praticamente iguais aos dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro somados, que são estados mais populosos do que o nosso”, ponderou.
O ex-prefeito de Salvador sugeriu que o governador se inspire nos melhores exemplos de segurança pública durante suas viagens à Europa. “Eu queria sugerir ao governador Jerônimo Rodrigues que da próxima vez que ele decida viajar para a Europa, ele pelo menos tente se inspirar nos melhores exemplos. Tente ver quais são as políticas de segurança pública que estão dando certo lá e que podem ser trazidas para cá, porque o governador gosta sempre de dizer que o problema da segurança é de todo o Brasil. Agora, ele está dizendo que o problema de segurança é do mundo inteiro”, completou.