Rosemberg confirma apoio do União Brasil ao PT em Itororó e critica “regra de cima para baixo”

Na cidade natal do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rosemberg Pinto (PT), uma aliança no mínimo inusitada já foi sacramentada. A pré-candidata petista Dra. Luciana recebeu o apoio de parcela significativa do União Brasil, por meio do presidente municipal da legenda, Jonatas Lisboa, que foi candidato ao Executivo do município em 2020 e abriu mão de entrar na disputa este ano. Um dos articuladores do acordo é o próprio Rosemberg.

Como revelou o Política Livre esta semana (clique aqui para ler), por conta desse acerto em Itororó, a Executiva estadual do União Brasil decidiu flexibilizar a possibilidade de alianças com o PT no interior, mudando a posição anterior de proibição. Logo depois, o presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, divulgou uma nota ao site enfatizando que o partido não aceita alianças com a sigla liderada no Estado por ACM Neto (clique aqui para ler).

“Receber apoio é normal. Ninguém rejeita apoio. A política do interior tem a sua realidade. Então, a gente não pode, em minha opinião, criar uma regra geral. Tem as especificidades do interior. Respeito o papel do presidente do PT, que está correto, em defender a posição programática do nosso partido. Mas não acho que possa haver assim uma regra de cima para baixo. Até porque existem composições locais que superam essa questão partidária, objetivos comuns”, disse Rosemberg ao Política Livre.

Em Itororó, a pré-candidata do PT terá como vice Marcília Costa, indicada pelo PP. A chapa tem ainda os apoios do PV e PCdoB, que formam a federação com os petistas, e o PSD do senador Otto Alencar. “É natural que as peculiaridades sejam tratadas pelas instâncias estadual e federal do partido, mas devem ser levadas em conta. Até porque no interior muitas eleitores votam nas pessoas, e não em programas”, frisou Rosemberg.

Ele afirmou ainda que Jonatas, principal liderança do União Brasil em Itororó, “é uma pessoa jovem, inteligente e promissora”. “Às vezes, a filiação da pessoa a um partido perpassa questões ideológicas e se deu por conjecturas locais. Só no PT que isso é diferente. Então, é uma peculiaridade”, concluiu o parlamentar.