21 novembro 2024
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), tem planos mais ambiciosos ao se articular para manter, na reforma administrativa do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o controle da Conder e para retirar o comando da Embasa da influência direta do senador Jaques Wagner (PT). Fontes ligadas ao governo ouvidas nesta quarta-feira (20) por este Política Livre garantem que o plano de Rui é ficar com a cabeça de chapa em 2026, e não com uma das vagas na eleição pelo Senado.
Segundo apurou o site, Rui já revelou a estratégia num círculo íntimo de aliados. Ao manter a Conder e indicar uma pessoa próxima para o comando da Embasa, o ministro acredita que pode assegurar o apoio de prefeitos visando ser candidato a governador em 2026. As duas estruturas têm capilaridade política e eleitoral no interior, por meio da realização de obras, cargos e atendimento direto a demandas da população.
Nesse caso, o plano reserva a Jerônimo, que não pontua em pesquisas com a mesma popularidade dos antecessores, a promessa de um ministério no segundo governo do presidente Lula (PT), caso o morador do Palácio de Ondina vença a reeleição. Além disso, atenderia ao PSD, garantindo o espaço do senador Ângelo Coronel (PSD) na chapa para tentar renovar o mandato em 2026. O senador Jaques Wagner (PT) também disputaria a reeleição e a vaga de candidato a vice-governador seria reservada ao MDB, hoje titular do cargo com Geraldo Júnior, ou ao Avante, sigla próxima de Rui.
A Conder atualmente tem como presidente o ex-vereador de Salvador José Trindade (PSB), que era o postulante de Rui a prefeito de Salvador, porém abriu mão da disputa alegando problemas de saúde – extraoficialmente, no entanto, o ministro perdeu a briga para Wagner, principal fiador da candidatura derrotada de Geraldo Júnior ao Palácio Thomé de Souza.
Já a Embasa tem hoje como presidente Leonardo Góes, ligado a Wagner. Rui deve indicar a Jerônimo o nome da atual diretora de Empreendimentos da empresa, Rita de Cássia Sarmento Bonfim, para o lugar de Góes. Rita já havia sido indicada para o mesmo posto pelo ministro na montagem do governo de Jerônimo, mas perdeu a briga para Wagner. Outra opção de Rui é indicar para a Embasa um quadro da área empresarial também próximo do presidente do Avante na Bahia, Ronaldo Carletto.
Vale frisar que a disputa entre Rui e Wagner por espaços na reforma administrativa de Jerônimo avança para outros órgãos, a exemplo da Secretaria de Comunicação (Secom), como já revelou em primeira mão o Política Livre (clique aqui para ler).
O ministro também articula para que o aliado Marcus Cavalcante, atual secretário especial da Casa Civil e ex-titular da Infraestrutura no governo do próprio Rui, assuma o comando da Casa Civil na reforma de Jerônimo.
Política Livre