Em ritmo de despedida, presidente da Embasa admite que vai ser demitido

O presidente da Embasa, Leonardo Góes, afirmou nesta terça-feira (10) que encara com tranquilidade as especulações de que pode deixar o comando da empresa na reforma administrativa do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

“Eu acho que, em todas as matérias que li, pelo menos algumas, não há nenhuma crítica à gestão (da Embasa). Enfim, é uma questão de acomodação política, de espaços, não é? Isso de pós-eleições. Enfim, eu acho que o gestor tem que estar sempre olhando para a gestão mesmo, dar conta da missão, da tarefa”, afirmou Góes, que participou, no final da tarde, de uma confraternização com deputados estaduais, no gabinete do líder do governo na Assembleia Legislativa, Rosemberg Pinto (PT).

O presidente Embasa negou que estejam ocorrendo conversas entre ele e o governador sobre mudanças no comando da empresa, mas não descartou que isso possa ocorrer. Ele frisou, inclusive, que está aberto a novos desafios.

“Eu acho que esse diálogo com o governador acontece nos partidos. Acho que está em construção se dá no âmbito partidário. Acho também que há muita especulação, em alguns casos. Mas estou tranquilo porque a gente deu e dá conta da tarefa. Mas a gente sempre está aberto a novos desafios. A gente não escolhe onde atua, não”, ressaltou.

Em 2023, Leonardo Góes também se reuniu, em dezembro, com os deputados estaduais, tanto do governo quanto da oposição. O objetivo, segundo ele, é fazer um balanço da atuação da Embasa na capital e no interior. Entretanto, a visita foi vista como mais uma tentativa do dirigente de tentar se manter no cargo.

Há especulações fortes de que Jerônimo pretende entregar a presidência da Embasa a um empresário ligado ao presidente do Avante na Bahia, ex-deputado Ronaldo Carletto, em comum acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Góes é ligado ao senador Jaques Wagner (PT).