18 dezembro 2024
Há poucos dias de concluir o segundo mandato como prefeito de Xique-Xique, no centro norte da Bahia, Reinaldo Braga Filho – o Reinaldinho – já foi escalado para compor o conselho político de lideranças regionais que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, começou a agrupar mirando as eleições de 2026. Apesar de filiado ao MDB, partido do vice-governador do Estado, Reinaldinho afirma que “não tem motivo nenhum para sair do nosso campo de atuação na oposição”.
Nesta entrevista exclusiva ao Política Livre, ele narra como a onda de violência chegou às cidades do interior do estado, admite a complexidade do problema, mas critica o governador Jerônimo Rodrigues (PT) por fugir do tema em vez de enfrentá-lo. Reinaldinho analisa também os erros da campanha de 2022, entre os quais está a falta de assertividade para se comunicar com a população das cidades pequenas.
“Uma coisa é falar para o cidadão que vive na capital e nas grandes cidades, outra coisa é se comunicar e falar com o cidadão, com a cidadã que mora na zona rural de uma cidade pequena do interior da Bahia”, assinala.
Abaixo, leia os principais trechos da entrevista:
Política Livre – O seu nome foi colocado nos últimos dias para compor uma espécie de conselho político que o ex-prefeito ACM Neto está montando com lideranças do interior da Bahia. Como surgiu o convite e como estão as conversas?
Eu tive a oportunidade de conversar recentemente em Salvador com o ex-prefeito ACM Neto e no nosso diálogo ele demonstrou interesse de que eu sentasse e batesse um papo, fizesse uma reunião eu, ele, Bruno Reis para que juntos eles pudessem falar comigo sobre aquilo que eles pensam sobre o nosso futuro, como eu poderia ajudar o grupo. Se em alguma missão política ou em alguma missão de gestão. E eu deixei meu nome à disposição dele e estou aguardando para a gente poder fazer essa reunião. Então, na verdade, eu me sinto honrado pelo fato de ser lembrado pelos líderes do grupo e estou aguardando essa convocação para a gente poder discutir juntos e avaliar aquela missão que eles acham que mais se encaixa na necessidade do grupo nesse momento.
Reinaldinho Braga – Mas o senhor é filiado ao MDB, que hoje está na base do governador Jerônimo. Como é que vai ficar essa relação com o partido?
Olhe só, eu sou do MDB desde o meu primeiro mandato. Estou finalizando agora o quarto mandato. Em todos os momentos eu sempre vi o MDB como um partido extremamente democrático e plural na diversidade de ideias dentro do próprio partido. Todas as vezes, portanto, que eu estava como gestor em Xique-Xique, em Salvador também, na gestão do prefeito ACM Neto, sempre fui filiado ao MDB. E todas as vezes que o MDB teve candidaturas próprias relacionadas a cargos majoritários, eu sempre acompanho o partido. Então, eu creio que a partir do momento que nós vamos nos distanciando do pleito que acabou de ser findado, vai distensionando essas questões políticas. Eu não vejo nenhum empecilho, até porque a gente sabe que a política é extremamente dinâmica. O MDB já esteve na base do PT na Bahia, depois o MDB rompeu com a base do PT na Bahia. Hoje estão novamente unidos, mas a política é muito dinâmica. Eu não acredito que a filiação partidária possa causar nenhum tipo de constrangimento e também eu não acredito que o MDB tenha nenhuma posição mais rígida quanto aos seus filiados porque é uma tradição realmente do MDB da Bahia, que sempre foi extremamente aberto, democrático e aceitando a pluralidade e a divergência de opinião dentro do próprio partido.
Semanas atrás o MDB fez um encontro com prefeitos eleitos, que teve a presença do governador numa tentativa também de aproximar os gestores que não votaram com o petista em 2022. Seu sucessor, Renanzinho, estava lá e foi pessoalmente apresentado a Jerônimo. Como é que o senhor está vendo esse movimento da legenda, Renanzinho segue na oposição?
Observe, foi um evento do MDB a que infelizmente eu não pude estar presente porque tinha uma agenda da prefeitura no município de Xique-Xique, mas fiz questão de ligar para o presidente de honra do MDB, Lúcio (Vieira Lima), e pedir a ele para recepcionar o prefeito eleito Renanzinho, para apresentar ele aos outros colegas do MDB e também às autoridades presentes, como o governador Jerônimo. Renanzinho foi com uma parte da equipe, com o vice-prefeito eleito, participando do evento. Assim como sempre busquei fazer, tenho certeza que vai ter o melhor relacionamento possível com o governador do estado. Se vocês forem buscar pela memória, eu tive a oportunidade de receber o governador da Bahia à época, Jaques Wagner, várias vezes em Xique-Xique, fiz inauguração de obras juntos, fui recebido na Governadoria sem problema algum, agora semana passada em Brasília fomos recebidos pelo ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, sem problema algum. Todas as vezes que o governador Jerônimo precisou de qualquer tipo de parceria com Xique-Xique, Xique-Xique sempre esteve de portas abertas. Acho que a partir do momento que as eleições acabam, os palanques são desmontados. Questões políticas para 2026 vão ser discutidas no momento oportuno. Entretanto, no nosso grupo, a gente não tem motivo nenhum para sair do nosso campo de atuação na oposição, haja vista que a gente faz parte de um projeto. Agora, repito, isso também não impede que nós estejamos de portas abertas para qualquer diálogo, para qualquer tipo de parceria com o governo do estado. Isso nunca foi empecilho para que Xique-Xique deixasse de receber absolutamente nada. E todas as vezes também que o governo do estado nos convocou, nós nos colocarmos à disposição. Então, é uma parceria sempre institucional, muito respeitosa, mas respeitando principalmente o direito político de cada um. O governador Jerônimo fez campanha para os nossos adversários, entendemos isso perfeitamente, é um direito dele, é da democracia, e nós também temos o nosso campo político e tenho certeza que ele entende isso.
Esse movimento de ACM Neto de agrupar as principais lideranças regionais parece ser a correção de um erro de 2022 de concentrar as atenções nas grandes cidades. Que resultados essa mudança começa a produzir a partir de agora?
Olhe só, as eleições de 2022 nos deixaram lições. A gente percebeu claramente a influência da política nacional no estado da Bahia e principalmente nos municípios menores. Mas se a gente for fazer uma leitura, dos 417 municípios, 85% são pequenos. A gente não tem na Bahia cinquenta municípios com mais de 50 mil habitantes. Então, eu creio, independente de quem venha a ser o candidato da oposição ao governo da Bahia, acho que os líderes ACM Neto, Bruno Reis, deputados federais, têm que ter essa preocupação de se movimentar, principalmente nas cidades menores, com menos de 50 mil habitantes, haja vista que foram essas que deram a vitória de Jerônimo. Então, na minha opinião, é natural que eles tenham agora um olhar mais voltado para os municípios menores. A gente percebe que nas grandes cidades, no entorno de Salvador, na região metropolitana, existe uma tendência de se votar na oposição, mas isso precisa ser espalhado para cidades mais distantes da capital baiana. Então eu acho que eles estão se movimentando no sentido correto, de corrigir aquilo que foi feito de modo equivocado ou não foi feito nas eleições de 2022. Eu tenho certeza que as oposições também aprenderam com essa derrota, até porque a gente aprende muito mais nas derrotas do que com vitórias. Óbvio que a gente não sabe o que acontecerá em 2026, mas também não pode ficar esperando, tem que fazer a sua parte para, tendo a oportunidade, saber agarrar ela no momento oportuno.
Além desse aspecto do interior, quais são os outros pontos que a oposição precisa corrigir para ampliar suas chances em 2026?
Acho que a oposição tem que ter um discurso mais assertivo em relação às questões sociais do estado da Bahia. A gente vê os números do Brasil, eles são bem destoantes dos da Bahia. Você vê que hoje, por exemplo, a gente tem um índice de desemprego caindo como um todo no Brasil, mas a Bahia ainda está no topo dos estados com mais pessoas desempregadas e desalentadas. A gente percebe muitos estados da federação conseguindo melhorar os seus índices nas questões relacionadas à segurança e a Bahia infelizmente ainda continua lá no topo do ranking dos estados mais violentos da federação. Então, acho que a gente tem que ter um discurso mais assertivo, conseguir se comunicar melhor com o homem e a mulher do interior. Uma coisa é falar para o cidadão que vive na capital e nas grandes cidades, outra coisa é se comunicar e falar com o cidadão, com a cidadã que mora na zona rural de uma cidade pequena do interior da Bahia. Além disso, acho também que tem que se ter, do ponto de vista de organização da campanha, um trabalho mais voltado a se concentrar na qualidades daqueles que vão realmente marchar nesse projeto, do que simplesmente se buscar quantidade. O que é que eu quero dizer com isso? Você precisa fazer um trabalho com dez, quinze partidos políticos? Muito melhor você ter talvez menos, cinco, seis partidos, mas que sejam realmente afinados com aquilo que as oposições pensam para o futuro do povo da Bahia. Então, se nós perdemos, é óbvio que cometemos erros. Sabemos da influência nacional na política da Bahia, mas também não podemos deixar de fazer o dever de casa, aceitar os nossos erros e corrigi-los. Eu tenho certeza que os líderes da oposição têm a sabedoria necessária para conduzir esse processo.
Dias atrás a pesquisa Quaest mostrou queda de nove pontos na aprovação do governador Jerônimo. Que avaliação faz da gestão dele, especialmente aí da sua região?
A gente percebe claramente que nos grandes núcleos urbanos a avaliação do governador do estado é pior do que nos municípios menores. E a gente percebe claramente que o governo do estado continua mantendo uma forte dinâmica de comunicação, de propaganda, redes sociais, pequenas inserções de rádio, muitas entrevistas. Isso tem uma influência. Mesmo assim, o que eu percebo conversando com as pessoas é que não existe uma boa avaliação da atual gestão do governo do estado. Acho que talvez existia uma expectativa de que a Bahia fosse avançar muito mais no que diz respeito a questões relacionadas à educação, saúde, segurança e geração de emprego e renda, mas a população não tem percebido isso. Óbvio, está finalizando o segundo ano de governo, ainda tem todo 2025 e o primeiro semestre de 2026 para tentar se recuperar e chegar bem para pleitear a reeleição. Mas hoje, eu não percebo um sentimento de boa avaliação da atual gestão do governo do estado. E na nossa região, na microrregião de Irecê, aqui Xique-Xique, Barra, às margens do Rio São Francisco, a gente percebe muito a população se queixando principalmente das questões relacionadas à segurança pública, porque o problema da segurança pública não é mais restrito hoje apenas à capital e aos grandes centros urbanos, infelizmente chegou aos municípios pequenos, e também a gente percebe um descontentamento grande relacionado às questões da regulação. As pessoas reclamam e muito da regulação na área da saúde. Todos os dias em Barra, Xique-Xique, Irecê, cidades vizinhas aqui, nós temos dezenas de pacientes que ficam aguardando por dias e dias e dias na fila da regulação e até o momento não houve a resolução desse problema que foi prometido em campanha. Então a segurança e essa questão principalmente da regulação, que revela a concentração da alta complexidade de resolutividade na saúde na capital, sem a descentralização para o interior efetiva. Então tudo de alta complexidade acaba indo para Salvador. Então a gente percebe que esses dois pontos são bem criticados aqui na nossa região e até o momento não houve correção de rumo.
E o senhor acredita que o governador vai ter tempo para corrigir essas coisas antes da eleição?
Tempo existe. Apesar de parecer pouco, mas um ano na gestão pública é tempo possível para corrigir muitos dos erros e para mostrar, inclusive, resultados à população. A população percebe quando as coisas são corrigidas e começam a dar bons resultados. A questão aí é se o governo vai ter capacidade de fazer essas mudanças, fazer essas correções e fazer entregas de resultados que as pessoas vejam, que as pessoas sintam, não só resultados que as pessoas ouçam falar em propaganda. Além disso, tem também a questão fiscal, que é algo que o governo deve ter sempre uma preocupação. A gente vê que nos últimos anos e dias foram vários pedidos de empréstimos aprovados pela Assembleia Legislativa do Estado para o governo. Esses empréstimos estão sendo utilizados para obras, para investimentos, para deixar legados para o povo baiano? Isso melhora a aprovação de qualquer gestor. Ou esses empréstimos estão sendo utilizados para custeio, para despesas já existentes, correntes? Isso não melhora a vida de ninguém e só aumenta o endividamento público estadual. Então eu acho que tempo existe, agora depende muito da capacidade de gestão do governo de fazer essas entregas, principalmente no ano de 2025, que eu creio que é um ano chave para qualquer um que vai buscar ter êxito no pleito eleitoral de 2026.
E que avaliação faz sobre o governo Lula 3?
A gente percebe claramente, principalmente quando a gente vai a Brasília e tem a oportunidade de ir em alguns locais do Sul e do Sudeste, que Lula tem uma avaliação do Nordeste e tem uma avaliação diferente no Sul, no Sudeste e na região central no país. O que eu quero dizer com isso? A gente percebe que grande parte do apoio que o presidente conta é na região Nordeste. Mas as últimas pesquisas que têm saído, eu acho que refletem bem o sentimento geral do povo brasileiro, um terço a prova a gestão do presidente Lula, um terço não aprova e um terço está ali no meio, acha que é uma gestão regular. Essa gestão que a imprensa que coloca como Lula 3 ainda não conseguiu atender às expectativas da população e do ponto de vista dos moradores das pequenas cidades, a maior reclamação é sempre em relação a questão de geração de emprego e renda e de eventuais cortes dos benefícios do Bolsa Família, haja vista que constantemente o governo tem feito alguns trabalhos de recadastramento, de revisão desses cadastros. Isso sempre causa um tensionamento com a opinião pública. Então, diferente dos outros dois primeiros mandatos, onde no interior da Bahia Lula era quase que uma unanimidade, hoje a gente já percebe pessoas que inclusive votaram com o presidente fazendo a ele críticas, talvez por essa questão da expectativa de que ele, pela experiência, pela vitória que obteve nas urnas, chegasse e conseguisse fazer com que os programas sociais do governo federal chegassem realmente lá na ponta, que o desemprego nas cidades pequenas fosse reduzido, que a inflação realmente ficasse dentro do centro da meta e que não houvesse descontinuidade em determinados pagamentos do Bolsa Família. Então a gente percebe que hoje já existe, sim, uma crítica contra isso. Hoje no interior da Bahia ele obviamente ainda tem uma grande força eleitoral, mas não é nada perto daquela força que ele tinha, imbatível, nos seus dois primeiros mandatos.
Semana passada a gente viu uma cena inusitada do governador Jerônimo correndo, literalmente, depois de ser perguntado sobre a onda de assaltos na zona rural de Nova Ibiá. Como enxerga o desafio da segurança pública na Bahia?
Nós no interior enquanto cidadãos ficamos extremamente preocupados quando a gente percebe que o governo está perdendo essa guerra contra as facções criminosas, que a segurança na Bahia não está bem. E o que nos preocupa é essa sensação de impotência, quando a gente não vê o governo assumir o problema, assumir o erro, porque para resolver um problema, o primeiro passo é você admitir que ele existe. Se você ficar negando e ficar sempre trazendo desculpas, você fica sempre desviando do assunto, mudando o foco, você não vai resolver o problema. Entretanto, você pode até conseguir esconder eles, em parte, da mídia, mas o cidadão lá na ponta ele percebe. Eu vou dar um exemplo desta última semana em Xique-Xique, foram quatro veículos furtados aqui na semana passada, quatro veículos furtados, um caminhãozinho, duas D20 e um Jeep Renegade que era até do Conselho Tutelar. Graças a Deus, três desses veículos, as pessoas, a população até de outras cidades acabaram reconhecendo, avisando à polícia e foram recuperados. Mas quatro furtos numa cidade com cinquenta mil habitantes em sete dias é muita coisa. Não tem como uma cidade do interior trabalhar com dupla de policiais, não tem como. Porque quando você for ouvir a versão oficial e aí é que eu falo de não admitir os problemas, vai dizer ‘não, mas Xique-Xique na quinta companhia da PM tem sessenta policiais’. Verdade.
Sessenta policiais para cinco cidades, quando você divide são doze policiais para cada cidade, quando você divide por seis pela questão do turno de trabalho, pela questão do policial ter férias, tem o descanso, ficam apenas duplas de policiais trabalhando com uma única viatura para um município com mais de cinco mil e quinhentos quilômetros quadrados. Xique-Xique tem uma área territorial oito vezes maior do que a cidade de Salvador e tem apenas uma viatura e em cada turno uma dupla de policiais. Eu sei das dificuldades, eu entendo que existam limitações financeiras, mas tem que ter um cronograma para corrigir isso ao longo do tempo. Acho que existem muitos pontos a avançar na área de segurança pública. Algumas questões de curtíssimo prazo, alguns de curto, alguns de médio e alguns de longo prazo. Mas o que nos deixa com essa sensação um pouco de impotência, meio incrédulos com uma solução, é a questão das autoridades que são responsáveis não admitirem o problema e buscarem soluções.
Na minha opinião e principalmente como cidadão é que tem sim que colocar esse problema da segurança pública hoje na Bahia ali no topo das prioridades e o governador realmente colocar isso como algo principal do seu dia a dia, porque com a insegurança piora tudo nos municípios. Além da gente ver pessoas sendo mortas, a dificuldade do trabalho policial pelo pequeno número de policiais, isso também afugenta, afasta os investimentos, principalmente num momento como esse, onde Xique-Xique, Barra estão recebendo muitas pessoas de fora pela questão do agronegócio. Xique-Xique e Barra estão virando uma fronteira do agronegócio, nós somos sede aqui do projeto do Baixio, que é um projeto de irrigação. A gente percebe que as pessoas que estão vindo do Sul, do Centro-Oeste, a maior preocupação deles é a questão da segurança pública. Então, o sentimento que a gente fica é de impotência diante de um problema tão grande, mas que tem que ser admitido para a partir daí cumprir metas, ter uma agenda de trabalho que resolva o problema ou melhore o problema da segurança pública no estado da Bahia.
E a imagem do governador correndo? Qual o simbolismo disso?
Eu vi, viralizou. Óbvio que isso hoje ganha uma proporção ainda maior com a questão das redes sociais. Foi algo que acabou sendo bastante criticado, não só no meio político das cidades do interior, mas também pela própria população. Uma coisa é alguém falar, outra coisa é ter a imagem. E hoje tudo viraliza. Minha opinião pessoal, acho que todo gestor público tende a se sair melhor tendo um pouco mais de paciência e respondendo, mesmo que aquela resposta não agrade a todos nem agrade ao repórter. Entretanto, você deixar de atender a imprensa, não dar a resposta e simbolicamente fugir, ali foi materializado a questão de sair do local, transmite uma imagem de pouca importância para com o tema. Se eu fosse uma pessoa próxima a ele, meu conselho é que sempre desse as respostas. Tenho certeza que ouvindo, falando, você vai inclusive materializando melhor possíveis soluções para esse problema. Fácil não é, caso contrário não existiria problema de segurança em lugar nenhum do Brasil e do mundo, mas a gente percebe que alguns estados estão conseguindo melhorar, avançar e a Bahia não tem conseguido êxito nesse quesito da segurança pública.
Para fechar, em caso de o ex-prefeito ACM Neto não encaminhar sua candidatura, o senhor é entusiasta do nome de Bruno Reis?
Eu acho que é natural que, em o nome de ACM Neto não sendo mais uma vez aproveitado pela oposição como alternativa ao governo do estado, Bruno Reis seja o nome mais forte a ser ventilado. Ele é prefeito de uma grande capital do país, é muito bem avaliado, acabou de ser reeleito com a expressiva votação e é natural que seja lembrado hoje para qualquer cargo público a nível estadual e até comece a ser cogitado para questões relacionadas a Brasília. Bruno Reis é sem dúvida alguma, dessa nova geração, um dos melhores quadros da gestão pública. E com uma vantagem, consegue um bom equilíbrio entre gestão e política. Isso é o mais difícil. A gente às vezes vê gente que é craque na gestão, mas não consegue fazer política. E a gente vê outros que conseguem ganhar as eleições, são excepcionais políticos, mas não fazem gestão, não conseguem melhorar a vida da população. E Bruno, do modo dele, com o carisma dele, com a competência dele, tem conseguido trabalhar bem tanto a gestão como a política. Eu, sem sombra de dúvida, acho que, em o nome de ACM Neto por algum motivo não sendo o colocado, o nome de Bruno Reis é extremamente forte para liderar a oposição e tentar ganhar o governo do estado da Bahia.
Política Livre