26 dezembro 2024
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz, do PSDB, disse nesta sexta-feira (13) a este Política Livre que, se dependesse apenas dele, o partido devolveria o comando da Secretaria de Gestão (Semge) ao prefeito Bruno Reis (União). Para o tucano, o tamanho da pasta não condiz com o crescimento da legenda nas eleições deste ano, com a eleição de cinco vereadores e mais uma do Cidadania – as duas agremiações formam uma federação.
“Eu digo a você que, se fosse apenas por mim, e não estou falando pelo partido, até porque não conversei isso no partido, eu devolveria (a Semge). É muito pouco para o tamanho do PSDB. Podemos ajudar muito mais o prefeito”, declarou. O atual secretário da Semge é Rodrigo Alves, ligado ao deputado federal Adolfo Viana (PSDB).
Muniz participou na manhã de hoje de um café da manhã com a imprensa no qual fez um balanço do ano na Câmara e tratou de temas políticos, inclusive o espaço que o PSDB terá no segundo mandato de Bruno Reis. Ele garantiu que a legenda não fará exigências, mas quer colaborar mais.
“Vamos aguardar o convite (do prefeito). Não faremos exigência nenhuma, mas também não vamos aceitar qualquer pasta. Estaremos do lado do prefeito, até porque seria ruim para a cidade se o presidente da Câmara estivesse contra o Executivo. Mas espero que, pelo crescimento do PSDB, que ele (Bruno) enxergue o partido como uma instituição que pode colaborar ainda mais. Mas a decisão é do prefeito. O partido tem vários quadros para indicar”, frisou.
Carlos Muniz não confirmou que o PSDB pleiteia o comando da Secretaria Municipal de Educação (Smed). Mas, nos bastidores, fontes tucanas garantem que não só essa é a pedida, como teria havido um acordo entre Bruno Reis e a cúpula da sigla antes da campanha para que essa mudança fosse feita. Como já revelou com exclusividade a coluna Radar do Poder, o indicado para a Smed seria o próprio Rodrigo Alves.
Ontem, durante a confraternização organizada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), no Comércio, Adolfo Viana também cobrou um maior reconhecimento de Bruno Reis em relação à “lealdade” do PSDB (clique aqui para ler).
Política Livre