Cacá Leão diz que avanço das negociações para federação com União Brasil dificulta aproximação do PP com o governo do Estado

Secretário municipal de Governo e presidente do PP de Salvador, Cacá Leão reafirmou nesta quinta-feira (20), em conversa com este Política Livre, ser a favor da criação de uma federação entre o partido e o União Brasil, que pode resultar na bancada na Câmara Federal, com quase 110 parlamentares. Esta semana, as negociações avançaram quando a Executiva nacional pepista deu o sinal verde para que o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), siga com as tratativas com a sigla que tem como vice-presidente nacional o ex-prefeito de capital ACM Neto (clique aqui para ler).

Embora pondere que as conversas ainda não foram concluídas, Cacá frisou que, caso a federação saia do papel, caberá ao União Brasil assumir o comando na Bahia, como já havia antecipado o site e também foi colocado pelo deputado federal Cláudio Cajado (PP). O secretário apontou este elemento como dificultador para a retomada da aliança com o PT no plano estadual, movimento defendido pela maioria dos deputados e prefeitos pepistas e do qual Cacá é contrário.

"É óbvio que a federação acontecendo, ainda mais no critério definido, com as presidências estaduais ocupadas no formato de rodízio, caberá ao União Brasil comandar neste início, pelo tamanho da agremiação, por ter mais deputados federais do que o Progressista", pontuou.

"Agora sobre essa questão (apoio do PP ao governo do Estado), essa discussão cabe ao presidente do partido na Bahia, deputado federal Mário Negromonte Júnior, que vem fazendo um grande trabalho desde que assumiu o cargo. Sempre coloquei minha posição contrária a essa tese. E sempre fui respeitado pela minha posição. Então, respeitarei a posição de Mário e a decisão dos correligionários progressistas", acrescentou.

Ontem, em conversa com o site, Mário Júnior reafirmou a posição contrária à federação com o União Brasil e apontou como motivo o fato de, na Bahia, a maioria dos pepistas quer aderir à base do governo Jerônimo Rodrigues (PT).