Cajado admite que federação do PP com o União Brasil seria comandada por ACM Neto na Bahia, mas ressalta que decisão não foi tomada

Em conversa com o Política Livre, na manhã desta quarta-feira (19), o deputado federal Cláudio Cajado, do PP, disse que a criação de uma federação entre o partido dele e o União Brasil está 50% adiantada após a reunião de ontem (18) da Executiva nacional pepista, da qual participou.

O parlamentar admitiu que, caso se concretize, o comando da federação na Bahia ficaria com o União Brasil, que tem mais deputados federais do que o PP. “É o único Estado, entre os mais fortes do país, que nós não ficaríamos à frente. Por isso a ideia ganhou força”, pontuou.

Cajado explicou que a Executiva nacional do PP voltará a se reunir para deliberar sobre a federação asssim que houver uma proposta concreta sobre a mesa. Cabe agora ao União Brasil, sigla que tem como vice-presidente no país o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, se manifestar.

“O que aprovamos na reunião de ontem foi a autorização para que o nosso presidente nacional, o senador Ciro Nogueira (PI), continue as negociações com o União Brasil. Ainda não houve a aprovação de federalizar. Caso avance, vamos ainda deliberar na Executiva, inclusive tratando de assuntos como o estatuto, a definição dos comandos dos estados onde não houver consenso e as outras questões pertinentes”, ressaltou o deputado, que preferiu não dizer se é contra ou a favor da proposta.

Questionado sobre como fica a situação do PP na Bahia, que se aproximava de forma institucional do governo Jerônimo Rodrigues (PT), Cláudio Cajado afirmou que “cada agonia no seu tempo”. “Precisamos esperar o resultado final dessas conversas no plano nacional”, frisou.

Ele afirmou, ainda, que a simples formação de uma federação não garante a saída de integrantes do PP na Bahia sem risco de perda do mandato por infidelidade partidária. Mais cedo, o site mostrou que deputados estaduais da legenda já falam em saída para outra agremiação da base governista (clique aqui para ler). “Não estamos falando de fusão, mas sim de federação. Então, não se abre janela partidária”, argumentou.