Pastor Henrique Vieira cobra CBF após fala do presidente da Conmebol sobre Brasil

O deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) enviou um ofício à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) cobrando da entidade medidas de combate ao racismo e um posicionamento "mais contundente" contra as recentes falas do presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Alejandro Domínguez.

Na terça-feira (18), o dirigente disse que uma edição da Copa Libertadores sem clubes do Brasil seria como "o Tarzan sem a Chita".

No documento enviado, Vieira diz que "as atitudes de torcedores racistas nas competições da Conmebol não serão apenas toleradas, como também incentivadas pelo seu representante maior".

Ele se refere à repercussão do recente caso de racismo envolvendo o jogador Luighi, do Palmeiras, atacado por torcedores do paraguaio Cerro Porteño em jogo da Libertadores sub-20.

A confederação aplicou uma multa de US$ 50 mil (R$ 285 mil) —a presidente do alviverde, Leila Pereira, então sugeriu que os clubes do país trocassem a Conmebol pela Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).

A CBF não emitiu uma nota oficial sobre a recente fala de Domínguez —o presidente da entidade brasileira, Ednaldo Rodrigues, não foi ao sorteio dos grupos da Libertadores e da Sul-Americana na segunda-feira em forma de protesto.

"A CBF precisa ter uma posição mais contundente diante da gravidade e reincidência dos casos de racismo [no futebol] ao longo dos anos. A fala do presidente é um absurdo, não pode ser tratada como uma piada de mau gosto", afirma o parlamentar à coluna.

O ofício pede que a entidade tome as "medidas necessárias" e assuma o compromisso de combater o racismo. "A CBF precisa pedir a saída do atual presidente. É caso de destituição de cargo", diz ainda.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e os governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, prestigiaram a festa de cinco anos da CNN Brasil, na noite de segunda (17), no Fasano Itaim, em São Paulo. O fundador e sócio-controlador da emissora, Rubens Menin, recebeu os convidados, assim como o presidente-executivo do conselho da CNN Brasil, João Camargo, que estava acompanhado da mulher, a conselheira do Grupo Esfera Ana Funaro.