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Oposição na Assembleia impede homenagem a Júnior Marabá em dia de votações de projetos de deputados
Oposição na Assembleia impede homenagem a Júnior Marabá em dia de votações de projetos de deputados
Por Política Livre
08/04/2025 às 17:40
Foto: Política Livre/Arquivo

Após uma manobra do deputado Alan Sanches (União), o projeto de resolução que confere o título de cidadão baiano ao prefeito de Luís Eduardo Magalhães, o goiano Júnior Marabá (PP), não foi incluído entre as propostas de autoria dos parlamentares votadas e aprovadas na tarde desta terça-feira (8) no plenário da Assembleia Legislativa, por acordo entre os blocos da maioria e da minoria e com dispensa de formalidades.
Alan, que estava à frente da bancada de oposição durante a sessão, na ausência do titular do posto, deputado Tiago Correia (PSDB), se recusou a assinar a dispensa de formalidade para o projeto, de autoria do deputado Antonio Henrique Júnior (PP). O deputado Pedro Tavares (União) também adotou o mesmo posicionamento.
Os dois parlamentares do União Brasil são ligados ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto, criticado recentemente por Júnior Marabá. Em entrevistas à imprensa, o pepista, que tem feito elogios ao governo Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que o líder da oposição na Bahia não dá atenção às lideranças do interior e não telefonou para agradecer por uma carreata organizada em Luís Eduardo Magalhães na campanha de 2022.
Alan admitiu que as críticas de Marabá a ACM Neto justificaram a decisão de se colocar, neste momento, contra o projeto de cidadania baiana. O deputado classificou os ataques do pepista como fruto de uma "pequenez" política. "Eu gostaria de saber realmente se essas pessoas teriam a mesma coragem de levantar qualquer tipo de questionamento da personalidade de Neto se o ex-prefeito estivesse sem mandato", salientou.
"Em 2022, ele (Marabá) não fez carreata porque achava ACM Neto bonitinho. Ele fez carreata porque achava que ACM Neto era o candidato que virtualmente ganharia aquelas eleições. E a região dele é preferencialmente da direita, da centro-direita. Então, da mesma forma que ele ajudou ACM Neto, ACM Neto ajudou ele para que mais uma vez, em 2024, ele fosse eleito prefeito", acrescentou Alan. O deputado recomendou ainda aos que fazem o mesmo tipo de crítica ao ex-prefeito que procurem "uma mulher" ou um "abraço de um irmão".
Projetos aprovados
A Assembleia aprovou na tarde de hoje quatro projetos de autoria dos deputados, dentro da estratégia definida pela nova presidente da Casa, deputada Ivana Bastos (PSD), de pautar proposições dos colegas de forma rotineira, e não apenas nos finais de ano.
Entre as proposições aprovadas, houve dois projetos de lei: um de autoria do deputado Alex da Piatã (PSD), que obriga os estabelecimentos a fixarem placas em locais visíveis informando a lotação máxima em recinto fechado; e o outro do deputado licenciado Angelo Almeida (PSB), atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, que trata do direito de toda mulher a ter acompanhante nas consultas e exames em geral.
Os demais textos foram honrarias, a exemplo dos que concedem a Comenda Dois de Julho ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, proposto pela Mesa Diretora da Assembleia, e ao deputado federal Antonio Brito (PSD), sugerido pelo deputado Patrick Lopes (Avante).
Também foi aprovado o título de cidadão baiano ao delegado da Polícia Federal Leandro Almada da Costa, por iniciativa do deputado Adolfo Menezes (PSD).
Tumulto no final
No final da sessão, houve um tumulto quando o deputado Euclides Fernandes (PT) tentou impedir a votação do projeto de Angelo Almeida por meio de um pedido de vistas. Ele alegou que a proposta não havia tramitado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que era uma premissa para o acordo. Esqueceu, no entanto, que o texto foi aprovado na semana passada com o voto favorável dele, como lembrou, em plenário, o deputado Vitor Azevedo (PL), que conduziu a sessão ao lado de Ivana.
Depois, Euclides alegou que os projetos de honraria deveriam ser votados de forma secreta, e não como um "pacotão". Ivana lembrou que houve um acordo de dispensa de formalidades, encerrando a sessão após um rápido bate-boca com o colega.
