8 junho 2025
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), reuniu a imprensa na manhã desta terça-feira (27), no Palácio Thomé de Souza, para falar sobre o reajuste dos professores e a greve da categoria, que já dura mais de 20 dias. Ele afirmou que os docentes do município tiveram o maior aumento salarial do país, e fez um apelo pelo fim da paralisação.
O projeto aprovado na semana passada na Câmara de Vereadores, após a invasão e os atos de violência na Casa patrocinados por sindicalistas e manifestantes, assegurou um reajuste escalonado aos professores da rede municipal que varia de 6,27% a 9,25%, a depender do nível, além de um aumento geral aos servidores de 4,83%. Bruno Reis disse que em Recife (PE) e Fortaleza (CE) os percentuais aos dados aos docentes foram de 3% e de 6,27%, respectivamente.
“Estamos dando o maior reajuste do Brasil, maior que o concedido pelo governo do estado e pelo governo federal. É também o maior dos quatro anos da minha gestão”, disse Bruno Reis. Ele acrescentou, ainda, que a Prefeitura está pagando o piso salarial com a incorporação das gratificações, rebatendo a principal crítica feita pela APLB-Sindicato.
“Sempre dei remunerações aos professores acima dos demais servidores. Nesse período (da atual gestão), a inflação foi de 27,6% e a gente chega no magistério a um ganho real de 45,03%. O aumento deste ano vai elevar a folha para R$1,3 bilhão. Nosso orçamento para este ano é de R$12,6 bilhões. Isso significa que 11% de todo dinheiro que arrecadamos, que é do povo, é destinado para pagar esses importantes profissionais, e agente vê isso como investimento”, declarou o prefeito.
Bruno Reis salientou que a Prefeitura está concedendo um aumento “além do possível”. “Estamos fazendo um esforço grande diante das condições em que vive o Brasil. Entendo que as pessoas estão passando dificuldades com o preço do ovo, do café, da laranja. Mas a arrecadação das prefeituras por meio das transferências diretas da União também está patinando, andando de lado. Aproveito para fazer um apelo no sentido de que os professores retornem às salas de aula. Crianças estão em casa sem estudar”, ressaltou.
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