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Presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Manuel Suzart 28 de maio de 2025 | 11:49

Presidente do Sinpojud diz que invasão ao plenário da Assembleia foi realizada por membros de sindicato concorrente

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O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Manuel Suzart, negou que a invasão ao plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), na tarde desta terça-feira (27), tenha sido orquestrada por filiados à entidade.

A categoria pede a aprovação do Projeto de Lei 25.491/2024, que reestrutura o Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A matéria chegou à Casa ainda na gestão do ex-presidente Adolfo Menezes (PSD), mas ficou paralisada por nove meses até ser publicada no Diário Oficial do Legislativo, na última semana, após determinação da presidente Ivana Bastos (PSD). O projeto de Lei, entretanto, ainda não tem previsão de entrar na pauta de votação.

Perguntado por este Política Livre o porquê dos ânimos acirrados, já que a presidente Ivana Bastos e outros deputados estaduais estavam tentando dialogar com a categoria, Manuel Suzart acusou integrantes do Sintaj (Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia) de serem os responsáveis pela invasão ao plenário, que acabou impedindo a sessão de ser realizada. A Assembleia Legislativa emitiu nota repudiando o ato.

“O pessoal afiliado da minha entidade não invadiu. Eu acho que essa pergunta não é para ser respondida por mim. Quais são os sindicatos envolvidos? Sempre é o Sintaj, o outro sindicato. Nós somos do Sinpojud. Nós temos cerca de 7 mil servidores filiados em toda a Bahia, e eu sempre digo para os servidores filiados para a gente ter o respeito, respeitar os poderes e nós vamos ter aprovado esse plano de cargos, carreiras e vencimentos, mas dentro de uma negociação, a gente fez de tudo para não chegar à greve”, frisou.

Ainda de acordo com Manuel Suzart, houve uma sequência lógica de diálogo, mobilização e paralisação até a deflagração da greve, que segue sem previsão de ser interrompida enquanto o PCCV não for votado. Ele também informou que já é de conhecimento da categoria que a presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Resende, está em negociação com o Governo do Estado para fazer novos ajustes no projeto enviado à Assembleia Legislativa.

“É preciso informar esses ajustes para a gente debater com a categoria. Então, teremos uma assembleia geral dos servidores no dia 30 de maio, o que tiver de informação de sexta-feira passada, que houve essa reunião, que fomos chamados de urgência lá no Tribunal, de segunda-feira dessa semana para quinta-feira, vamos passar para os servidores”, adiantou.

Além da aprovação final do projeto, sem alteração do seu conteúdo original, os servidores do Judiciário pedem as correções inflacionárias dos últimos oito anos, entre outras reivindicações.

Carine Andrade
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