18 julho 2025
A potra de Zé Fulgencio
Mordeu a porca de Simeão.
Quanto mais carinho eu faço,
Mais recebo ingratidão.
— Zé Limeira, o poeta do absurdo
Oxe! Quem está dizendo que a atual direção estadual do PT está distante da base, que não vai aos municípios, não dialoga, não dá assistência aos diretórios e desprestigia as lideranças petistas ao desmarcar reuniões agendadas e não comparecer aos compromissos assumidos?
A atual direção estadual do PT é criticada por estar distante da base, não dialogar e não dar assistência aos diretórios. Nos diretórios do interior, há um sentimento de abandono e reclamações sobre a gestão do fundo eleitoral, que não favoreceu candidaturas femininas e não potencializou disputas em cidades onde o PT tinha força eleitoral. Isso foi ouvido na recente rodada inacabada de encontros territoriais e ainda se escuta em qualquer plenária de militantes e dirigentes do PT.
O desastre político em Salvador, onde o PT obteve apenas 10% dos votos, levou o PT a um profundo fracasso eleitoral — amargando o 3º lugar com vexatórios 10% dos votos na capital —, e a falta de protagonismo e de uma estratégia eleitoral condizente com a importância da disputa resultou na não vitória do PT em quase todas as maiores cidades do Estado, com exceção de Camaçari. Soma-se a isso as posturas acanhadas e retraídas ou a ausência de diálogo proativo com aliados em cidades como Ilhéus, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Irecê e Jacobina.
Entre 2010 e 2012, o PT chegou a ser o maior partido da coalizão de governo em número de prefeituras, deputados federais e estaduais no Estado; o importante é que todos os aliados também cresceram em bancadas e prefeituras, e fomos nós que estávamos na presidência. É essencial que o PT recupere sua essência e articule vínculos diretos com as lutas sociais e sindicais.
O PT conquistou a hegemonia política na Bahia com Wagner, que derrotou o carlismo e democratizou o Estado em parceria com Lula, tirando-o da pobreza. Rui Costa, por sua vez, chegou e liderou um programa de obras que transformou a Bahia, apesar da perseguição do governo Bolsonaro. Atualmente, Jerônimo, em parceria com Lula, está modernizando a infraestrutura e a logística do Estado e promovendo avanços nas áreas de saúde e educação. Ele também desenvolveu um programa de agroindústrias alimentares que competem com grandes empresas, fortalecendo a agricultura familiar.
Mas, mesmo com tantas conquistas, a atual gestão do partido segue reproduzindo práticas políticas negativas, como a perseguição e intimidação de militantes que divergem e desejam discutir a superação do estado atual do PT. Isso gera represálias e tentações de criar adversários internos, o que se distancia da renovação que o partido precisa.
Não podemos perder de vista que o PT é uma instituição com um legado de transformação e luta, mantido por militantes históricos e novas gerações, que buscam renovação sem abrir mão das conquistas. Mulheres negras das periferias estão se unindo e despertando na militância o desejo de manter o legado do PT.
Neste PED, a Bahia deverá escolher entre manter a gestão atual ou optar por um partido mais forte e ativo, que una experiência com a juventude, a resistência e a sensibilidade feminina.
Enquanto alguns recuam e cedem ao medo, nós cultivamos a esperança com objetivos claros: unir o PT em uma missão vibrante e transformadora: reeleger Jerônimo Rodrigues e garantir a liberdade e a democracia no Brasil, com a reeleição de Lula em 2026. E a Bahia será nossa retaguarda estratégica nessa vitória!
Vamos trabalhar incansavelmente para tornar o PT ainda mais forte, com os diretórios funcionando de forma ativa e mobilizados. Estamos prontos para escrever um novo capítulo de conquistas e vitórias para o partido que nunca deixou que a estrela fosse o norte! E será ela que seguirá nos guiando…
* Jonas Paulo é ex-presidente do PT da Bahia e candidato a presidente do partido.