Hamilton Assis diz que está sofrendo racismo na Câmara de Salvador
Por Política Livre
20/06/2025 às 16:04
Atualizado em 20/06/2025 às 16:14
Foto: Divulgação/Arquivo

Apontado como uma das lideranças do protesto que culminou com a invasão da Câmara de Vereadores de Salvador, no dia 22 de maio, durante a votação do reajuste salarial dos professores e de outros servidores municipais da capital baiana, o vereador Hamilton Assis (PSOL) afirmou que está sendo vítima de racismo na casa legislativa soteropolitana.
“Nessa Casa, em razão do meu apoio aos professores e professoras, além da minha posição contra um PL que destroçaram nosso Plano de carreira, foi levantada a possibilidade de eu ser um drogado, mentiroso, dentre outras ofensas. Um parlamentar chegou a afirmar que tinha medo de sentar ao meu lado. Sei que sou atacado pelo que represento. Também sei que a imputação de um estereótipo do homem negro violento é próprio do racismo. A professora baiana Meire Reis, em ‘A cor da notícia’, trata como esse modo contribui para legitimar a violência do Estado contra a população negra”, afirma o psolista.
Ainda segundo o edil, os adjetivos que lhe são atribuídos representam uma clara tentativa de enquadrá-lo em uma imagem de controle comum no racismo, em que homens negros e mulheres negras são considerados raivosos, agressivos e violentos.
“As professoras e os professores, nesse espaço, também foram desrespeitados, até a capacidade intelectual dos profissionais foi questionada. Não vamos aceitar esses ataques, não vão silenciar o nosso mandato, que é socialista, popular e está ao lado dos interesses da população”, acrescenta o edil.
Na terça-feira (17), durante a última sessão ordinária do primeiro semestre de 2025, a Câmara Municipal de Salvador aprovou a criação de um Conselho de Ética, que vai apurar, dentre outros assuntos, a suposta participação do psolista na invasão da Casa.
