28 junho 2025
Dez dias após a invasão à Câmara de Vereadores por sindicalistas, durante a votação do projeto de lei que reajustou os salários de professores e servidores municipais de Salvador, o episódio segue repercutindo e gerando debates na Casa.
Enquanto os vereadores da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) apontam o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) como uma das principais lideranças a promover o “quebra-quebra” na Câmara, a oposição discorda e acusa o Poder Executivo soteropolitano pelo “caos” instalado no dia da votação e aprovação do projeto.
Em entrevista exclusiva a este Política Livre, a líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), saiu em defesa do psolista e culpou o prefeito Bruno Reis.
“Estão querendo desviar o foco do problema. A culpa é de Bruno Reis e de seus secretários. Havia uma negociação com os professores e servidores em momentos separados. Mas a mesa foi interrompida. O prefeito jogou para a Câmara um projeto sem terminar as conversas. Nós não sabíamos do teor, não tínhamos os dados para saber se aquele projeto era o mais adequado ou se podia ser melhorado”, afirma.
A comunista acrescentou que é uma matéria “delicada”, que trata da política salarial de todos os servidores e que não teve a devida discussão.
“Tinha que fazer audiência pública, a gente tinha que ouvir os secretários aqui na casa para mostrar os dados, para abrir as contas e mostrar se cabia ou não cabia no orçamento, para que os vereadores pudessem se convencer e formar sua opinião e votar de maneira segura. Mas, isso nós fomos impedidos”, finalizou a vereadora.
Reinaldo Oliveira