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Moraes marca interrogatórios de Bolsonaro e outros 7 réus da trama golpista

Moraes marca interrogatórios de Bolsonaro e outros 7 réus da trama golpista

Por Ana Pompeu, Folhapress

02/06/2025 às 17:17

Foto: Antônio Augusto/Divulgação/STF/Arquivo

O ex-presidente Jair Bolsonaro, no primeiro dia de julgamento no STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou os interrogatórios do primeiro núcleo da trama golpista de 2022 para a próxima semana. A partir de segunda-feira (9), os oito réus serão ouvidos presencialmente no plenário da Primeira Turma, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A definição foi feita pelo relator ao final da audiência desta segunda (2), quando a última testemunha foi ouvida, o senador Rogério Marinho (PL-RN). O ex-presidente acompanhou a sessão por videoconferência.

O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid será o primeiro a ser ouvido por ser delator. Os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética.

Assim, Moraes vai interrogar Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

O ministro determinou que todos os interrogatórios serão presenciais, com exceção de Braga Netto, preso preventivamente no Rio de Janeiro.

Moraes definiu horários para toda a semana, a partir de segunda, para acomodar todos os depoimentos.

"O horário do término das audiências para interrogatório poderá ser prorrogado caso ainda estejamos com o interrogatório em andamento. se houver necessidade, após toda a semana e essas datas previstas, se ainda assim houver necessidade, serão agendadas novas datas para finalizarmos os interrogatórios", disse o ministro.

O relator afirmou ainda que a etapa faz parte da possibilidade de autodefesa.

"Os réus, após responderem, como determina a legislação, sobre sua vida pessoal, sua vida pregressa, serão indagados sobre se são ou não verdadeiras as acusações que lhes são feitas, se não foram verdadeiras as acusações, se tem algum motivo particular atribuído, por que delas, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, onde estava o tempo que foi cometida a infração e se teve notícia desta", enumerou o ministro.

A Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o grupo em 26 de março.

Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado. Somadas, as penas máximas podem passar de 40 anos de prisão.

A decisão do Supremo abre caminho para julgar o mérito da denúncia contra o ex-presidente até o fim do ano, em esforço para agilizar o julgamento e evitar que o caso seja contaminado pelas eleições presidenciais de 2026.

O recebimento da denúncia também impacta a situação política de Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023. Com o avanço no Supremo do processo que pode levá-lo à prisão, aliados do ex-presidente se dividem sobre a antecipação da escolha de um candidato para a corrida eleitoral do próximo ano.

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