Foto: Marlon Diego/Arquivo/PCR
João Campos, prefeito de Recife 27 de junho de 2025 | 12:01

PSB diz que se mantém parceiro de Lula e que informou governo sobre posições contra IOF

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O PSB afirma que o posicionamento majoritário de sua bancada na Câmara contra o governo Lula na votação que derrubou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não significa afastamento do partido da atual gestão federal.

“Somos do governo desde o momento em que emprestamos o vice-presidente [Geraldo Alckmin] e seguimos acreditando no projeto que é conduzido pelo presidente Lula. Nosso desejo sempre foi e continua sendo o de contribuir”, diz o líder do partido na Câmara, Pedro Campos (PE).

Na última quarta-feira (25), foram nove votos do partido pela derrubada do decreto e apenas três a favor, incluindo o do líder. Outros três parlamentares não votaram.

A postura da bancada gerou críticas de pessoas próximas ao presidente Lula, tendo em vista que o PSB é parceiro de chapa do presidente e almeja manter Alckmin na posição de vice na eleição de 2026.

Segundo Campos, o governo sabia que havia posições divergentes na bancada, e que os deputados seriam liberados para votar como quisessem.

“Temos uma bancada heterogênea, que tem convergência em diversos assuntos, mas que tem visão de atuação diferente nesse ponto do aumento da carga tributária”, diz ele, que é irmão do novo presidente da legenda, o prefeito do Recife, João Campos.

Segundo o líder, existe uma visão de que a carga tributária no governo Lula já foi recomposta com relação ao que ocorria no governo Jair Bolsonaro (PL) e que novos aumentos não são mais necessários.

“Havia uma erosão da carga tributária até 2022. O governo vem recompondo, mas a gente chegou num patamar onde temos uma arrecadação maior que o governo anterior. Essa discussão precisa ser feita”, afirmou.

Fábio Zanini/Folhapress
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