Ausência de baianos do PSD em votação do IOF foi “para alertar” o governo Lula, mas não representa saída da base, diz Paulo Magalhães

A ausência unânime dos seis deputados federais do PSD na votação que derrubou o decreto presidencial que previa o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foi uma espécie de alerta ao governo Lula, mas não pode ser vista como um afastamento da base de sustentação ao Palácio do Planalto. A avaliação é do deputado federal Paulo Magalhães, para quem o governo cometeu um equívoco ao propor a elevação do imposto.

“Na Câmara nós temos que ter muito cuidado e alertar o governo para erros que possam ser cometidos. Essa posição do nosso partido foi para alertar o governo para o equívoco que está se perpetrando. É por isso que nós tomamos essa posição, mas ninguém é mais aliado do governo Lula do que o PSD, principalmente o PSD da Bahia comandado por Otto Alencar”, disse o parlamentar durante participação no desfile cívico do 2 de Julho nesta quarta-feira (2).

Segundo o pessedista, a legenda continua “acreditando” no governo Lula, a despeito dos resultados das pesquisas de intenção de votos.

“Eu acho que isso é motivação inclusive para nós darmos a demonstração de que nós estamos afinados e acreditando em Luiz Inácio Lula da Silva. Ora, quem tem 40% em qualquer circunstância nas pesquisas, com a caneta na mão ele vai ter 11% rapidinho”.

Magalhães comentou os rumores de que o PSD poderá ficar com a vaga de vice na chapa majoritária de 2026 na Bahia, e não com o espaço para a reeleição do senador Angelo Coronel.

“O PSD é o maior parceiro do governo. Então, o PSD tem o direito a ser tratado de uma maneira diferenciada. E eu tenho certeza que Jerônimo, o ministro Rui e o presidente Lula não faltarão com o PSD, principalmente o PSD da Bahia, que ajudou na vitória de Lula”.

Com informações do repórter Reinaldo Oliveira.