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Capitão Alden critica anuário que aponta Bahia como estado com polícia mais letal do país
Capitão Alden critica anuário que aponta Bahia como estado com polícia mais letal do país
Por Redação
24/07/2025 às 14:46
Foto: Divulgação

O deputado federal Capitão Alden (PL), vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, criticou os dados divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Anuário da Segurança Pública de 2025, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que apontam a Bahia como o estado com a polícia mais letal do país pelo terceiro ano consecutivo.
De acordo com o relatório, 1.556 pessoas foram mortas em ações envolvendo policiais civis e militares baianos ao longo de 2024. Apesar de representar uma queda de 8,6% em relação aos 1,7 mil casos registrados no ano anterior, o Estado segue liderando o ranking em números absolutos. Em termos proporcionais, a Bahia aparece como a segunda mais letal, com 10,5 mortes por 100 mil habitantes — atrás apenas do Amapá, que registrou 17,1 mortes por 100 mil habitantes. O anuário também aponta que um a cada quatro homicídios ocorridos na Bahia no ano passado teve participação policial.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Capitão Alden rebateu os números e questionou a forma como os dados são apresentados, criticando a cobertura de parte da imprensa e a atuação de organizações da sociedade civil. “Mais uma vez, a narrativa tenta inverter a lógica da verdade. Mas eu pergunto: quantas dessas mortes ocorreram em legítima defesa? Quantas dessas mortes foram no estrito cumprimento do dever legal? Quantos policiais foram efetivamente denunciados por uso inadequado ou irregular da força?”, questionou o parlamentar.
Segundo Alden, os números não levam em conta o contexto das ocorrências policiais e acabam deslegitimando o trabalho das forças de segurança. “Classificar friamente toda a ação policial como homicídio é uma covardia, é ignorar o contexto, as circunstâncias e a realidade brutal que enfrentamos todos os dias em nosso Estado”, afirmou.
O deputado baiano também criticou a falta de destaque, segundo ele, aos casos de agentes mortos ou feridos em serviço. “Por que não divulgam também, com o mesmo destaque, o número de policiais mortos e feridos em serviço? Onde está a indignação com os policiais assassinados em emboscadas? Onde estão os dados sobre os que ficaram mutilados? Os que nunca mais puderam vestir a farda? Os que morreram defendendo pessoas que nem conheciam?”, voltou a perguntar.
Para Alden, há uma tentativa de “criminalizar quem combate o crime”, e ele defendeu uma postura mais firme do Estado no enfrentamento da violência. “Querem inverter papéis, transformar o mocinho em vilão e o bandido em vítima. Mas nós não vamos aceitar isso calados”, disse. “Aos bravos policiais da Bahia, minha admiração, meu respeito e minha continência, vocês não estão sozinhos”, completou Alden.
O Anuário da Segurança Pública de 2024 aponta que, em todo o país, 6.243 pessoas morreram em decorrência de intervenções policiais no ano passado, número 3,1% menor que o de 2023.
