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Demissões e retaliação: disputa pelo PT de Itabuna vira arena de assuntos mal resolvidos de 2024

Demissões e retaliação: disputa pelo PT de Itabuna vira arena de assuntos mal resolvidos de 2024

Por Política Livre

08/07/2025 às 11:01

Foto: Divulgação/Arquivo

Nina Rosa

O apoio à candidatura do deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade) para prefeito de Itabuna em 2024, contrariando a cúpula do PT da Bahia que decidiu por apoiar a reeleição do prefeito Augusto Castro (PSD), custou caro ao ex-prefeito Geraldo Simões (PT) e ao grupo ligado a ele, que mantinha o controle sobre a direção da legenda no município.

Jackson Moreira, atual presidente do PT, teve apenas 124 votos na tentativa de reeleição contra 1.589 de Nina Rosa, eleita no Processo de Eleição Direta (PED) neste domingo (6).

Nina é ligada ao presidente da Câmara Municipal, o vereador Manoel Porfírio, que, a propósito, foi um dos defensores do apoio à reeleição do prefeito Augusto Castro, excluindo a possibilidade do PT ter candidatura própria, que naquele momento residia no nome de Geraldo Simões (Clique aqui para ler). No jogo de compensação política, Porfírio se tornou o presidente da Câmara de Vereadores.

Sem respaldo da legenda naquela ocasião, Simões foi obrigado a retirar a pré-candidatura, mas não aderiu a Castro, preferindo declarar apoio a Pancadinha, e consequentemente dividir o palanque com ACM Neto, que também validava a candidatura do parlamentar. Menos de um ano após a derrota de 2024, Pancadinha deixou o grupo do ex-prefeito de Salvador e se juntou à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Para interlocutores da legenda, o resultado eleitoral do PED, dada a ampla vantagem de votos de Nina Rosa, dá sinais de que Simões sofreu uma espécie de retaliação em razão da posição divergente de 24, opondo-se frontalmente, inclusive, à vontade do governador Jerônimo.

A percepção do rebote está numa nota pública em que o presidente Jackson Moreira aponta ter ocorrido ameaças e demissões de filiados, que tinham cargos na estrutura do Estado, mão não apoiavam a candidatura concorrente.

“Em Itabuna, ser petista ligado à determinada tendência virou risco. Não apenas risco de ser demitido sumariamente - como vimos com os companheiros Flávio Barreto, Edilson Guimarães e Beto Galego, que acabam de ser demitidos da Biofábrica, por serem ligados à CNB no município. Outros seguem ameaçados de demissão lá e em diversos órgãos ligados, de alguma forma, ao Governo do Estado. Pois é: petistas sendo perseguidos no governo de um petista”, diz trecho da carta.

Ele também mostrou estranhamento com as mudanças de última hora promovidas pela direção nacional do PT.

“Outro ponto de insegurança é a posição dúbia do Diretório Nacional, que embora tenha editado uma resolução eleitoral impedindo a participação daqueles filiados que, sendo obrigados a tal, não realizaram suas contribuições financeiras ao Partido, voltou atrás e permitiu a participação da candidata inadimplente. Sem falar na mudança do local de votação às 18:30 da véspera do pleito”, descreve.

Moreira diz ainda que “diante do clima que se instalou na eleição do PT, das ameaças - inclusive à integridade física de adversários eleitorais”, desaconselhou seus eleitores a irem votar no PED do último domingo (6).

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