Eduardo Bolsonaro pede sanção a Moraes e diz que Lula e magistrado do STF estão ‘sem controle’

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu novamente nesta quinta-feira, 17, por anistia “ampla geral e irrestrita” para os condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro. Em declarações no X (antigo Twitter), o parlamentar disse que “Lula e Moraes estão sem controle” e que atua para “brecar o ditador juiz da Suprema Corte”, se referindo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o deputado, o presidente americano Donald Trump participa da ação. O deputado afirmou que o líder norte-americano “tem trabalhado no projeto para frear a lawfare, resgatar a democracia e liberdades no Brasil”.

Eduardo, que se autoexilou nos EUA para pedir sanções contra Moraes, defende a sobretaxa de 50% sobre os produtos nacionais nos EUA como uma forma de pressionar o perdão dos envolvidos na tentativa de golpe, incluindo seu pai, Jair Bolsonaro (PL).

Inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e em julgamento por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro pode ser condenado a até 43 anos de prisão, de acordo com as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontam esforços do ex-presidente para se manter no poder por vias antidemocráticas após derrota nas urnas.

Para o Eduardo, no entanto, os processos que apontam os possíveis crimes de seu pai são “a estratégia dos progressistas para não permitir que opositores políticos cheguem ao poder. E se necessários os censuram também”.

Ele acusa de Moraes de perseguir seu pai e, por isso, diz que buscaria sanções. “A única possibilidade do Brasil voltar a ter uma mínima normalidade democrática é com os EUA sancionando Moraes”, declarou em seu X.

Eduardo também afirmou que participou de “reunião de altíssimo nível com 8 integrantes do State Departament” na terça-feira, 15, e publicou foto com Jason Miller, ex-conselheiro do presidente Donald Trump que já classificou Moraes como uma “ameaça à democracia”. “Política não se faz somente no trabalho cartorário dentro do gabinete em Brasília”, defendeu na legenda da publicação.