Jerônimo afirma que conversas sobre chapa ao Senado estão em andamento, mas decisões só serão tomadas em 2026

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a pregar a unidade da base no imbróglio que se tornou a composição da chapa ao Senado Federal em 2026, após a polêmica declaração do senador Jaques Wagner (PT) que, de forma reiterada, defendeu em entrevistas à imprensa uma chapa puro-sangue composta por ele e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

Em entrevista à rádio Sociedade, nesta terça-feira (23), o chefe do Palácio de Ondina deu a entender que conversas com o objetivo de estancar a sangria causada no PSD, maior partido do arco de alianças do seu governo, com a hipótese da retirada do candidato natural à reeleição, senador Angelo Coronel, já estão em andamento.

Perguntado sobre o assunto, Jerônimo Rodrigues afirmou que “tem a certeza de que haverá um consenso”. Ele também pontuou que o seu papel enquanto governador é o de unificar o grupo e que está “trabalhando em cima disso”.

“Primeiro dizer que nós estamos em 2025 e nós tivemos em outros momentos também tensões para a vaga de vice ou a vaga de senador. Uma chapa majoritária, na montagem dela, quando tem um grupo forte, é sempre assim. Nós temos um grupo forte e meu papel enquanto governador é criar as condições para que a gente possa unificar o grupo, e nós estamos trabalhando em cima disso”, frisou.

Ainda de acordo com Jerônimo, a maratona de viagens e entregas pelo interior da Bahia fazem parte da estratégia de reeleger o presidente Lula em 2026. “Estamos correndo a Bahia, fazendo política pública, mas daqui a pouco a gente vai começar a tratar desses temas. Na hora correta, eu tenho certeza que a gente vai tratar para ter uma chapa de federal boa”, completou.

A entrevista do mandatário do governo estadual ocorreu dois dias após a do cacique do PSD da Bahia, Otto Alencar, também à rádio Sociedade. Na última segunda-feira (21), o senador reafirmou o nome de Angelo Coronel para reeleição e citou que o colega de bancada tem amplo apoio do partido na empreitada.

“Na política só se toma decisão quando o momento exige. Quando toma antes é precipitado, quando toma depois é retardado, ou toma na hora certa. E a hora certa é março de 2026”, declarou Otto Alencar.