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João Campos quer palanque único com Lula e faz incursões por PE mirando 2026

João Campos quer palanque único com Lula e faz incursões por PE mirando 2026

Por José Matheus Santos/Folhapress

27/07/2025 às 09:40

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula durante encontro com o prefeito do Recife, João Campos, e aliados no Palácio da Alvorada, em Brasília

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), busca ser o candidato único do presidente Lula (PT) nas eleições de 2026 em Pernambuco. O cenário eleitoral foi discutido durante encontro entre eles em Brasília na quarta-feira (23). João Campos deverá deixar o cargo de prefeito no início de abril do próximo ano para disputar o governo estadual contra a governadora Raquel Lyra (PSD).

Nome do PSB para a disputa, Campos quer afastar rumores de que Lula poderia estar presente em dois palanques em Pernambuco, como aconteceu em 2006, quando seu pai, o ex-governador Eduardo Campos (1965-2014), venceu a eleição, na qual Lula também fez atos junto com Humberto Costa (PT) no primeiro turno.

Raquel tem boa relação com o governo federal e costuma agradecer publicamente as parcerias de Lula com sua gestão, mas não tomou posição ainda acerca da próxima disputa para a Presidência. Em 2022, a governadora apoiou Simone Tebet (MDB) no primeiro turno e não se posicionou no segundo.

Aliados de Lula em Pernambuco estão concentrados no entorno de João Campos, à exceção do PSOL e de uma ala minoritária do PT que é próxima ao governo estadual.

O PSB tem Pernambuco como uma de suas prioridades no próximo ano, enquanto o PT precisa da aliança com pessebistas para Lula, que não deve ter apoio de partidos do centrão na possível candidatura à reeleição.

Em 2024, João Campos foi reeleito com 78% dos votos válidos no primeiro turno no Recife. A avaliação do PSB é que sua popularidade alta na capital se irradia pela região metropolitana. Por isso, o prefeito iniciou incursões pelo interior do estado a fim de ampliar a presença.

Em junho, esteve em dois municípios do interior para eventos do PSB que serviram para marcar o posicionamento do partido. O tom crítico a Raquel dominou os eventos.

Neste mês, Campos visitou o Festival de Inverno de Garanhuns, tradicional evento cultural do interior do estado, e esteve também em exposição em Serra Talhada, maior cidade governada pelo PT em Pernambuco, e na Missa do Vaqueiro, evento religioso tradicional do Sertão, em Serrita, onde dividiu holofotes com Raquel, também presente. A intenção do PSB é fazer novas agendas no interior até o fim do ano.

Em discurso após o desfile a cavalo, Raquel teceu críticas que foram interpretadas como direcionadas a Campos. "Aqui não é palanque político. É tempo de celebrar nossa cultura e nossa história. Isso não se faz pelo Instagram, se faz no chão, na terra, em cima de um cavalo, de mãos dadas com o nosso povo", disse Raquel, que chegou a cumprimentar o rival em Serrita. Campos externou a interlocutores que não pretende responder às críticas de Raquel e aliados.

No encontro com Lula no Palácio da Alvorada, na quarta-feira passada, também estavam presentes a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O PSB quer manter Alckmin na chapa de Lula.

A montagem da possível aliança de Campos para 2026 também esteve em discussão. No momento, ele tem um arco de apoio (PT, PCdoB, União Brasil, MDB, PSDB, Republicanos) maior que o da governadora, que conta com Podemos e PP. Já PL e PSOL devem ter candidatura própria, e o PDT tende a apoiar o prefeito.

Em paralelo, Campos tem algumas questões para resolver. Há quatro pré-candidatos para duas vagas ao Senado na sua chapa: o atual senador Humberto Costa, a ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade), o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil) e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos).

O entorno de João Campos avalia que a vaga de Costa é dada como certa na chapa. A outra tende a ser de Silvio ou Miguel, com Marília sendo candidata a deputada federal.

Um dos critérios de escolha do segundo nome para o Senado serão as pesquisas de intenção de voto. Isso porque há um receio quanto à pré-candidatura de Gilson Machado (PL), que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apareceu bem colocado nos levantamentos realizados pelos partidos. Quem estiver à frente ou mais próximo de Machado pode ganhar a vaga na chapa.

Aliados de Raquel acreditam que haverá sequelas nessa discussão e que quem ficar insatisfeito pode se aliar à governadora. Um possível candidato ao Senado na chapa dela é o deputado federal Eduardo da Fonte (PP).

O PSB também monitora os movimentos de Dudu da Fonte e não descarta a possibilidade de ele voltar a se aliar a João Campos se o cenário eleitoral estiver como agora, com o prefeito líder das pesquisas.

Campos quer turbinar a gestão no Recife com entregas entre setembro e março. Até renunciar e passar o cargo para o vice Victor Marques (PC do B), quer inaugurar o Hospital da Criança e entregar a ponte que liga Areias à Imbiribeira que pode melhorar o trânsito na cidade.

Na semana passada, o prefeito lançou um programa no qual a prefeitura vai pagar até R$ 600 de aluguel para famílias que ganham até três salários mínimos.

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