Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
O presidente Lula (PT) 07 de julho de 2025 | 14:45

Lula rebate presidente americano e afirma não aceitar interferência de quem quer que seja

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O presidente Lula (PT) afirmou, nesta segunda-feira (7), que a defesa do Brasil compete aos brasileiros e que o país não aceita interferência de quem quer que seja. A declaração foi uma resposta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez uma publicação em apoio a Jair Bolsonaro (PL).

“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, afirmou Lula em nota.

Pouco depois, durante uma coletiva de imprensa após a cúpula do Brics, Lula foi perguntado sobre a publicação de Trump, mas disse que tinha “coisa mais importante para comentar”.

“Eu não vou comentar essa coisa do Trump e do Bolsonaro. Eu tenho coisa mais importante para comentar do que isso. Este [Brasil] país tem lei, tem regra. Este país tem um dono, chamado povo brasileiro. Portanto, [Trump]: ‘dê palpite na sua vida e não na nossa'”.

Em publicação nas redes, Trump afirmou que o Brasil está perseguindo o ex-presidente, e criticou o tratamento dado ao brasileiro que é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento envolvendo uma trama golpista após as eleições de 2022.

Bolsonaro, por sua vez, afirmou ter recebido com “muita alegria” a nota de Trump. O ex-presidente citou a convivência com o republicano nos anos em que esteve no poder e disse sofrer uma perseguição que classificou como uma “aberração jurídica”.

“Agradeço ao ilustre presidente e amigo. [Vossa Excelência] passou por algo semelhante. Foi implacavelmente perseguido, mas venceu para o bem dos Estados Unidos e dezenas de outros países verdadeiramente democráticos”, escreveu Bolsonaro. “Obrigado por existir e nos dar exemplo de fé e resiliência”, concluiu.

Bolsonaro, por sua vez, afirmou ter recebido com “muita alegria” a nota de Trump. O ex-presidente citou a convivência com o republicano nos anos em que esteve no poder e disse sofrer uma perseguição que classificou como uma “aberração jurídica”.

“Agradeço ao ilustre presidente e amigo. [Vossa Excelência] passou por algo semelhante. Foi implacavelmente perseguido, mas venceu para o bem dos Estados Unidos e dezenas de outros países verdadeiramente democráticos”, escreveu Bolsonaro. “Obrigado por existir e nos dar exemplo de fé e resiliência”, concluiu.

Na sequência, o advogado-geral da União, Jorge Messias, escreveu em sua conta que a soberania não se negocia e que o governo brasileiro não aceita tutela ou pressões externas.

“Qualquer tentativa de interferência em nossos assuntos internos —venha de onde vier— será firmemente rechaçada. Essa diretriz é ainda mais relevante quando se trata de preservar a independência do Poder Judiciário contra qualquer forma de pressão externa voltada a interferir em suas decisões”, disse.

Na publicação feita na rede social Truth Social, Trump também se comparou a Bolsonaro e apontou perseguição pelo fato do brasileiro ser um oponente político do governo brasileiro.

“Eu tenho assistido, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano. Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, afirmou Trump.

Ainda na publicação, o americano afirmara que pôde conhecer Bolsonaro e o classificou como um líder forte que “realmente amava seu país”.

A mensagem de Trump ocorre em meio à pressão e expectativa de bolsonaristas para que os Estados Unidos apliquem uma sanção ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

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Mariana Brasil/Folhapress
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