Militante que foi expulso da Câmara por psolista rompe com MBL e se diz vítima de chantagem

Alvo de agressão do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), o militante Gabriel Costenaro deixou o MBL e, através de vídeos nas redes sociais publicado nesta terça-feira (29), diz que vem sendo difamado e ameaçado pelos ex-pares, sobretudo Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei.

"Vim pedir ajuda para vocês, porque o MBL vem me ameaçar com um contrato antigo que eles me obrigaram a assinar e tem uma multa de R$ 100 mil", diz Costenaro, no vídeo.

Costenaro afirma que vinha sendo criticado por Mamãe Falei desde que perdeu a eleição para vereador no Rio de Janeiro em 2024 —na ocasião, ele concorreu pelo Novo.

Em uma live na tarde desta terça, Mamãe Falei e Renan Santos, coordenador do MBL, responderam ao vídeo de Costenaro. "Eu e a instituição nunca chamamos ele de traidor. Ele não foi ameaçado, tinha uma relação profissional e política conosco e decidiu nos atacar", disse Renan Santos, presidente do MBL.

Mamãe Falei admitiu que o contrato é público e é oferecido para os novos membros, que ficam reconhecidos graças ao MBL e, a partir de então, cientes de que não podem falar mal ou revelar bastidores do movimento sob pena de multa.

Mamãe Falei aponta que Costenaro age de acordo com interesses eleitoreiros e, ao elogiar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), tenta se fortalecer entre os eleitores bolsonaristas. "O Costenaro está fazendo o que todo mundo faz, ele precisa pagar os pedágios para o [Jair] Bolsonaro", afirmou.

Em abril de 2024, Costenaro ganhou holofote após a confusão com Braga na Câmara dos Deputados. O psolista chutou o então membro do MBL, e o expulsou das dependências da Câmara.

As cenas podem resultar na cassação de Braga.