Foto: Fellipe Sampaio/STF/Arquivo

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), não viaja aos Estados Unidos desde 2022. É o que mostra o registro da alfândega americana sobre a entrada e a saída do passaporte do juiz.
A última viagem ocorreu em novembro de 2022. Moraes desembarcou em Nova York no dia 12 e deixou o território americano três dias depois.
De 2016 a 2025, os dados da alfândega mostram que o ministro do Supremo viajou aos Estados Unidos somente seis vezes, com passagens por Orlando, Dallas e Nova York.
Moraes tem dito a interlocutores no Supremo, nos últimos meses, que não possui bens, imóveis ou investimentos nos Estados Unidos. Até mesmo o visto do ministro venceu há alguns anos e não foi renovado, segundo relatos feitos à reportagem.
O ministro foi alvo de duas represálias do governo Donald Trump. Em uma delas, os Estados Unidos decidiram revogar os vistos de oito dos 11 ministros do Supremo —foram salvos das medidas Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques.
Em uma escalada da crise, o governo americano anunciou nesta quarta-feira (30) a aplicação de sanções financeiras contra Moraes, por meio da lei Magnitsky —legislação usada contra ditadores e terroristas.
Com a decisão, o governo Trump determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que Moraes tenha nos Estados Unidos, e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com uma pessoa sancionada. Isso inclui as bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo.
